segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Afterschool - Um mundo muito pouco irreal


A partilha de violência, sexo e humilhações públicas povoa o mundo da Internet. O Youtube banalizou a difusão de imagens. Qualquer momento captado por um simples telemóvel passou a poder figurar no rol de vídeos disponíveis online. É este o mundo projectado no filme do ítalo-brasileiro Antonio Campos, Afterschool (Depois das Aulas). O que é que os jovens fazem quando não estão na escola? Assistem a humilhações sexuais, cenas de pancadaria e mortes ao vivo. Os jovens deste filme são estudantes, adolescentes, com os problemas e as questões da sua idade. A descoberta da sexualidade, o álcool, as drogas. E também o YouTube. Tudo se precipita quando duas alunas morrem por overdose em frente a uma câmara... ou mais do que uma. Rapidamente as imagens aparecem na Net e rapidamente um clima de paranóia e terror se espalha pela escola. A obra de estreia de Antonio Campos é extremamente realista e uma afinada visão cinematográfica sobre a escola, os jovens e a omnipresença das câmaras de filmar. Os vídeos a que assistimos na Internet estão fora das nossas vidas e, no entanto, estão perto delas e constituem um mundo bem real embora pareça um mundo à parte. Complicado? O filme mostra isso claramente.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

William Shakespeare no Teatro Ibérico (vídeo)

No próximo domingo, dia 20, às 18h30, vamos apresentar, no Teatro Ibérico, um pequeno espectáculo, em jeito de exercício, com textos de William Shakespeare. É o culminar de vários meses de trabalho. Vai ser uma abordagem contemporânea. Estamos a trabalhar para oferecer aos espectadores um espectáculo elegante, rigoroso e, no mínimo, interessante. Serão aproximadamente 40 minutos com algumas das mais conhecidas personagens criadas por Shakespeare. Aqui fica o vídeo promocional:

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Pensar o Ambiente a brincar na Internet

Em semana de Cimeira de Copenhaga aqui fica uma divertida e inteligente forma de abordar as questões ambientais, pensada para os mais novos e seus educadores. Todos estão convocados, nos tempos que correm, a atentar no meio ambiente e nas alterações climáticas. Neste sentido, o site Planeta Energia é uma criação que merece todos os aplausos. Respondendo a um desafio lançado pelo Centro de Informação Europeia Jacques Delors, intermediário no Quadro de Parceria de Gestão estabelecida entre o Governo Português e a Comissão Europeia, foi desenvolvido pela Gobius Comunicação e Ciência.

O site recorre à interactividade e à animação para dialogar com as crianças, num espaço verdadeiramente didáctico na Internet. Um conjunto de personagens guiam o visitante pelo mundo da Energia, do Clima e dos problemas ambientais. A visita engloba animações digitais sobre os temas, jogos e actividades e ainda materiais didácticos, que podem ser úteis para professores e encarregados de educação. A página contém também uma sugestão e materiais para a concepção de uma peça de teatro de intervenção e chamada de atenção para as questões levantadas. O resultado é uma viagem engraçada mas muito séria e rigorosa e, acima de tudo, extremamente útil na ajuda à imperiosa reflexão sobre este planeta e a sua energia.

Não deixem de entrar, aqui.

Parabéns aos criadores!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Arte e Educação

Texto que reflecte sobre a importância do ensino da arte dramática nas escolas e o papel do professor no processo de representar e trabalhar a espontaneidade.

A minha questão é...

As pessoas nas empresas adoram começar as frases por "a minha questão é". Isso já se torna irritante. Porque essa expressão tem de fazer sentido na frase, não é para utilizar independentemente do que se vai dizer a seguir.

Utilização correcta (exemplo): «A minha questão é: quanto é que isso nos vai custar?». Muito bem, assim faz sentido.

Utilização incorrecta e enervante: «A minha questão é: eles vão lá amanhã». Onde é que está a "questão", raios.

«A minha questão é: eu não sei».
«A minha questão é: mudei o número de telemóvel».
«A minha questão é: vou lanchar».

E por aí fora...

domingo, 22 de novembro de 2009

RTP: o pior volta a ser possível

A RTP1 está a voltar ao pior do que já foi. Na década de 90, éramos presenteados com autênticos castigos televisivos em forma de televisão comercial. Vejamos só um exemplo: Tudo às Escuras . Para uma televisão de serviço público não estava mal... não estava bem.

Foi um período triste na programação da RTP. A SIC, que tinha aparecido, crescia a um ritmo muito veloz. A televisão pública esmerava-se em acompanhar, não o ritmo de crescimento mas a má qualidade.

A partir do meio da presente década muita coisa melhorou. O principal canal generalista público dava sinais, na sua programação, de desprezar formatos que envergonhassem quem, naquela casa, pronunciasse a expressão "serviço público". Apostou em concursos no horário nobre, diminuiu a ficção nacional, desenvolveu uma marca na informação. Obviamente que é, e será sempre, discutido se realizou ou não - se esteve lá perto ou nem por isso - o tanto aclamado serviço público de televisão. É um conceito complexo e sempre discutível. Mas não importa agora indagar do seu cumprimento ou não nestes anos a que me refiro. Porque, fosse lá o que fosse, a programação da RTP à data não contemplava aberrações e programas sem o mínimo de conteúdo do teor dos que referi atrás e das reencarnações - diria, assombrações - que surgem agora.

Família, Família e O Último Passageiro são dois casos actuais de pura perda de tempo televisivo. O último então é bem evidente. Repare-se na descrição que a própria apresentadora faz do "concurso" ou lá o que é: "O objectivo é que os 18 elementos de cada uma das três famílias a concurso entrem no respectivo autocarro [...] Depois ligar a ignição e irem todos de férias". Acho que não preciso de dizer mais nada.

Aqui chegados, estes até nem eram maus tempos para a televisão portuguesa.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ditirambus estreia novo espectáculo este fim-de-semana

A Ditirambus - Associação de Pesquisa Teatral está a estrear, este sábado, dia 31, um espectáculo infantil. CHUVA DE CORES vai estar em cena em Benfica, no Auditório Carlos Paredes, aos sábados e domingos às 16 horas. Uma boa proposta para os fins-de-semana com crianças.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Prémio Nobel por antecipação

Barack Obama não ganhou um Prémio pelo que já fez. É a partir de agora que vai ter de o merecer.

Obama vai ter que se comportar como se quisesse ser o próximo Nobel da Paz. Até porque já o é.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Paraíso Filmes e a filosofia RTP2

A reposição, ontem à noite na RTP2, da série "Paraíso Filmes" teve uma audiência bastante abaixo dos níveis que "5 para a Meia-Noite" vinha conseguindo nas últimas semanas. A série protagonizada por José Pedro Gomes e António Feio não segurou a quota alcançada pelo talk-show. Não deixa de ser uma boa notícia a recuperação de um programa que a RTP tratou tão mal no passado. Seria de esperar, e julgo que a equipa de Jorge Wemans também assim o pensou, que "Paraíso Filmes" caberia no target de "5 para a Meia-Noite". Mas talvez as coisas não sejam tão lineares.

Em TV, não basta atender aos alvos, há que imitar os sucessos. O bom senso comercial apelaria a que "5 para a Meia-Noite" fosse substituído por um "5 e meio para a meia-noite qualquer", com um cenário meio renovado e um apresentador com um penteado diferente. Mas a RTP2 não é um canal comercial. E por isso a opção de substituir um programa por outro diferente mas com um target de recepção coincidente é altamente positiva e reveladora da filosofia que a RTP2 tem seguido ao nível da programação.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

CPT Fase 4 - Teatro Ibérico

O Teatro Ibérico promove um Curso de Teatro que leva o aluno a passar por diversas linguagens e formas na prática da Arte Teatral. Por ser um Curso Permanente, as pessoas podem frequentá-lo em qualquer altura.

Início em Outubro.

Horário:

Domingos às 15h00
Segundas-feiras às 19h30

As inscrições estão abertas. Contactos: 218682531 ou 913202005

Ver link abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=XQW9ul9qBSM



FASE 3 - trabalhos baseados na obra de Bertolt Brecht
Formadores da fase 3
Encenação
Célia Figueira
Trabalho de Corpo
Céu Neves
Dramaturgia / Voz
Marco Mascarenhas
Maquilhagem
Manuela Gomes
Elementos de Psicologia
Ana Rebelo
CoordenaçãoMarco Mascarenhas
Formandos aprovados na fase 3
Teresa Barbosa, Jorge Madeira, Diana Nobre de Melo, Dulce Marques, Carlos Alves, Sara Sequeira, Helena Miranda

terça-feira, 15 de setembro de 2009

DIGAM-ME ASSUNTOS QUE GOSTASSEM DE VER NUMA REPORTAGEM NUM TELEJORNAL. PODEM SER COISAS SÉRIAS, PARVAS OU SERIAMENTE PARVAS. NÃO SE VÃO EMBORA SEM FAZER ISSO.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sócrates teve nível

O programa dos Gato Fedorento para as eleições legislativas estreou esta noite, tendo como convidado José Sócrates. Foi um programa curto, com uma primeira parte constituída por três pequenas rábulas muito boas. Seguiu-se uma conversa divertida, elegante e acutilante. Estes três elementos colocam este momento de Ricardo Araújo Pereira, na minha opinião, ao nível dos melhores shows humorísticos internacionais. Para isto muito contribuiu também a performance do primeiro-ministro, exemplar na relação com as provocações e na classe com que assumiu o desafio. Um belo momento de televisão em plena campanha eleitoral, uma deliciosa lufada na forma de ver e fazer política portuguesa. Porque a política também é espectáculo.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

«G.I. Joe - O Ataque dos Cobra» estreia quinta-feira

G.I. Joe é um comando de elite militar suportado por um conjunto de países. Está preparado para intervir em acções de alto risco e máxima importância. No "Ataque dos Cobra" a importância resume-se a salvar o mundo. Salvar o planeta de três ogivas que contêm um composto com propriedades cem por cento destrutivas. Essas armas foram criadas por um vilão empenhado em tornar-se o líder mundial, acabando para isso com tudo o que existe. Este é o ponto de partida para um filme pleno de acção e efeitos visuais. Tudo começa quando a NATO adquire aquelas ogivas e o exército que as transportava é atacado e elas são roubadas. É então que o G.I. Joe entra, contando com dois novos elementos, dois soldados do exército da NATO. E começam as correrias, tiros, explosões, roupas e meios de transporte futuristas, quartéis-generais escondidos nos mais remotos sítios. Mas até chegar aqui, o filme tem a virtude de dar a conhecer um pouco das personagens e do seu passado. São criadas relações para conferir humanidade àqueles indivíduos, a quem o poderio tecnológico foi capaz de equiparar a máquinas. No fundo, o filme começa a construir para depois destruir. Só quando deixa de haver história para explorar é que começam as sequências infindáveis e sucessivas de cenas de acção.
Os cenários e máquinas são pouco realistas ficando ao nível do conseguido em qualquer bom filme 3D, ficando-se o investimento pela espectacularidade dos efeitos de explosões, combates e perseguições. Aliás, «G.I. Joe» consegue uma sequência de longos minutos em que junta tudo isto pelas ruas de Paris com a Torre Eiffel a desfazer-se. É esta a melhor sequência do filme, tornando-se interessante que os automóveis que vão aparecendo e sendo destruídos sejam modelos realistas de marcas franceses e cujos logotipos aparecem no meio da destruição. As sequências de «G.I. Joe» decorrem na terra, no fundo do mar e no ar. As mais bem conseguidas são, sem dúvida, as terrenas.
«O Ataque dos Cobra» tem os condimentos para um filme de acção explosivo e de puro espectáculo visual. E Stephen Sommers, o realizador da trilogia «A Múmia» e «Van Helsing», deixa tudo em aberto para a sequela, já que uma nova situação aparece no final. Também por isso, a adaptação portuguesa do subtítulo "Ataque dos Cobra" não se percebe, já que no original em inglês é "Rise of Cobra", que é o que faz sentido uma vez que os "Cobra" não têm qualqer acção, havendo apenas referência à sua origem. A tradução literal aqui aconselhava-se.

domingo, 2 de agosto de 2009

A Verdade e só a Verdade



"Um erro como invadir a Rússia no Inverno"


A Verdade e só a Verdade (Nothing but the Truth, no original) é um filme sobre uma jornalista presa por se recusar a revelar uma fonte. A trama torna-se sobremaneira complexa a partir do momento em que o "furo" que a repórter publicou atinge a Segurança Nacional dos EUA, através da divulgação da identidade de uma agente secreta da CIA. A jornalista não quer quebrar uma questão de princípio, os serviços secretos pretendem conhecer o "traidor" e puni-lo. Todo o filme está assente nesta dialéctica sigilo profissional do jornalista/ Defesa do Estado. Porém, vai mais além. Reflecte perfeitamente o que pode acontecer quando o Estado deixa de olhar a meios em nome da sua própria Segurança e a facilidade com que os direitos e garantias sucumbem a uma ameaça à Defesa da Nação. Mas, mais ainda, a película chama a atenção para o perigo que esse corte na liberdade pode representar. Perante a ameaça que a notícia publicada gera, os serviços de segurança podiam investigar quem andou a trair a organização. Mas preferiram prender o repórter, prender quem fala em nome do interesse público (e o interesse jornalístico neste caso reside no facto de o marido da agente da CIA denunciada ser um dos principais opositores ao governo para o qual ela trabalha). Uma atitude que pode ser cara aos sistemas democráticos e que nas palavras de uma das personagens, não é um erro como vestir de vermelho num funeral, é um erro como invadir a Rússia no Inverno. Pode bem ser um tiro no pé.

Num dos melhores momentos do filme, um advogado faz um discurso em que chama a atenção para duas questões fundamentais na actividade dos jornalistas. A primeira tem a ver com o sigilo. O advogado argumenta que nunca ninguém mais informaria a repórter se desta vez ela quebrasse o segredo. O segundo aspecto respeita à atitude do Poder com a comunicação social, sendo esta um meio de denúncia e controlo do próprio Poder. Quem iria questionar o governo em nome do Povo, quem iria denunciar situações de corrupção ou de mau aproveitamento do aparelho do Estado se os jornalistas fossem presos quando o fizessem?

A Verdade e só a Verdade consegue uma trama coerente e capaz de trazer a lume um conjunto de questões sem nunca assumir um tom fabuloso. É um caso ficcional apresentado com enorme realismo, algo que se mantém do princípio ao fim. Vemos muitas vezes histórias baseadas em factos reais com mais fugas para a fantasia do que esta. Uma grande interpretação de Kate Beckinsale. E um filme que surpreende pela inteligência com que narra uma história que não é mas podia ser verdade e só verdade.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Festival para as noites de Agosto ainda sem férias

O Festival dos Oceanos parece-me um evento a seguir na primeira quinzena de Agosto. Abre com concertos de James Morrisson, Rita Rdeshoes e Klepht. Mas depois há aqui umas coisas programadas que podem ser bem interessantes. Desde logo, são ao ar livre, nos jardins de Belém. E temos: no dia 7, um concerto de música clássica (à noite, à beira-rio); no dia 8, Ópera Susana e Ópera o Mestre da Música (esta não é representada desde 1883, por isso é uma oportunidade a não desperdiçar).
Agora não em Belém mas no largo do S. Carlos, um espectáculo de música, teatro, cinema, efeitos especiais, humor e poesia - não sei no que isto pode dar mas não custa experimentar, dias 11 e 12.

Há muitas mais coisas mas estas são as que quero ver. Já que ainda não pude ir de férias.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Bruno e a ambição de chocar


Aquilo que primariamente se espera de "Bruno" é assistir às loucuras e provocações de um actor - Sacha Baron Cohen - ao serviço de uma personagem. Contudo, o trabalho de Cohen explora, pela provocação, os sentimentos e preconceitos mais genuínos da sociedade americana. Isso aconteceu com Borat e com Ali G. Em "Bruno", esse objectivo é cumprido em muitos momentos do filme, sem dúvida. Mas noutros, fica muito aquém e aí tudo se resume a uma exibição de risco e exploração da surpresa alheia.
A cena no ringue de luta, as conversas com os pastores religiosos são um bom exemplo em que o trabalho interventivo de Baron Cohen é conseguido. A sequência nocturna com os caçadores, a outra na produtora de televisão com um júri que analisa uma proposta de programa de Bruno são alguns exemplos opostos.
Em ambos os casos somos guiados por uma personagem com uma personalidade e propósitos bem vincados. A diferença é que nos primeiros casos, a sua actuação desperta reacções noutras pessoas, que as revelam. Nos segundos exemplos, o trabalho do actor não consegue despoletar nada e aí ficamos a assistir a uma contracena de uma personagem inquietante com pessoas comuns e nada mais. Pode ser mais ou menos engraçado, mas não é melhor do que qualquer comédia ligeira.
O resultado global é uma história com um fio condutor bem orientado, um excelente trabalho de interpretação e bons momentos de pura adrenalina cómica. Com um pouco menos de rendição ao espectáculo puro e duro, "Bruno" seria uma obra mais genial e mais cinematográfica também.
Há, ainda assim, lugar a algumas pequenas pérolas ao longo do filme que merecem ser descobertas por quem o quiser ver. Vale a pena.
BERNARDO
Quem vive?
FRANCISCO
Não, responde-me tu. Descobre-te e apresenta-te.
BERNARDO
Que viva o Rei!
FRANCISCO
Chegas mesmo em cima da hora.
BERNARDO
Deu mesmo agora a meia-noite. Vai para a cama, Francisco.
FRANCISCO
Fico-te grato por me renderes. Está um frio de morrer, E sinto um aperto no peito.
BERNARDO
Tiveste um turno tranquilo?
FRANCISCO
Nem um rato se mexeu.
BERNARDO
Bem, então boa noite.
Se encontrares Horácio e Marcelo, Os confederados do meu turno, diz-lhes que se apressem.

E bom, resolvi abrir aqui a casa com o início do "Hamlet" de Shakespeare. Parece-me bem. Por três razões: gosto do "Hamlet" - não exactamente do início mas precisava aqui de um paralelismo -, esta cena decorre de noite e eu iniciei o blog à noite.
Está dado o pontapé de saída. Espero ter algum tempo para escrever sobre coisas que valham a pena e não ter tempo nenhum para falar de coisas que não interessem. Vamos!