G.I. Joe é um comando de elite militar suportado por um conjunto de países. Está preparado para intervir em acções de alto risco e máxima importância. No "Ataque dos Cobra" a importância resume-se a salvar o mundo. Salvar o planeta de três ogivas que contêm um composto com propriedades cem por cento destrutivas. Essas armas foram criadas por um vilão empenhado em tornar-se o líder mundial, acabando para isso com tudo o que existe. Este é o ponto de partida para um filme pleno de acção e efeitos visuais. Tudo começa quando a NATO adquire aquelas ogivas e o exército que as transportava é atacado e elas são roubadas. É então que o G.I. Joe entra, contando com dois novos elementos, dois soldados do exército da NATO. E começam as correrias, tiros, explosões, roupas e meios de transporte futuristas, quartéis-generais escondidos nos mais remotos sítios. Mas até chegar aqui, o filme tem a virtude de dar a conhecer um pouco das personagens e do seu passado. São criadas relações para conferir humanidade àqueles indivíduos, a quem o poderio tecnológico foi capaz de equiparar a máquinas. No fundo, o filme começa a construir para depois destruir. Só quando deixa de haver história para explorar é que começam as sequências infindáveis e sucessivas de cenas de acção.
Os cenários e máquinas são pouco realistas ficando ao nível do conseguido em qualquer bom filme 3D, ficando-se o investimento pela espectacularidade dos efeitos de explosões, combates e perseguições. Aliás, «G.I. Joe» consegue uma sequência de longos minutos em que junta tudo isto pelas ruas de Paris com a Torre Eiffel a desfazer-se. É esta a melhor sequência do filme, tornando-se interessante que os automóveis que vão aparecendo e sendo destruídos sejam modelos realistas de marcas franceses e cujos logotipos aparecem no meio da destruição. As sequências de «G.I. Joe» decorrem na terra, no fundo do mar e no ar. As mais bem conseguidas são, sem dúvida, as terrenas.
«O Ataque dos Cobra» tem os condimentos para um filme de acção explosivo e de puro espectáculo visual. E Stephen Sommers, o realizador da trilogia «A Múmia» e «Van Helsing», deixa tudo em aberto para a sequela, já que uma nova situação aparece no final. Também por isso, a adaptação portuguesa do subtítulo "Ataque dos Cobra" não se percebe, já que no original em inglês é "Rise of Cobra", que é o que faz sentido uma vez que os "Cobra" não têm qualqer acção, havendo apenas referência à sua origem. A tradução literal aqui aconselhava-se.
Sem comentários:
Enviar um comentário