segunda-feira, 30 de maio de 2011

Globos de Ouro

Apenas algumas notas breves e soltas sobre a Gala dos Globos de Ouro de ontem.
Como muito positivo, a entrega do Globo para Melhor Actor a Miguel Guilherme pelo seu trabalho em "O Senhor Puntila e o seu Criado Mati". Uma consagração merecida e das mais justas da noite.
Como positivo, a presença de representantes das três estações televisivas. Para além da SIC, que transmitiu a gala, estavam representadas a RTP e a TVI, o que contribui para o alcance mais alargado e integrado destes prémios, que sendo desde sempre uma festa da SIC, devem homenagear toda a classe artística e cultural da sociedade portuguesa.
Como menos positivo, as tentativas humorísticas por parte de Bárbara Guimarães. Normalmente falharam e não eram necessárias, já que o humor na gala estava garantido por outros momentos bem assegurados pelo João Ricardo, Custódia Gallego, Marco Horácio, os Homens da Luta e Paulo Futre, que também entrou nesse registo, já que antes da célebre "conferência do chinês" o ex-futebolista não entregava Globos de Ouro.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA na Moita

Continuamos em digressão com a peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA. Uma produção da Ditirambus. Esta semana estaremos dois dias na Baixa da Banheira - Moita, para dois espectáculos no Fórum José Manuel Figueiredo. Sexta-feira e sábado às 21h30 passem por lá. O preço dos bilhetes não é muito elevado e, pelo feedback que vamos tendo do público, vale a pena.
Se quiserem fazer reservas, podem fazê-lo através dos contactos que estão no nosso site e também podem falar connosco na nossa página no Facebook.

Venham ver Teatro!

domingo, 15 de maio de 2011

O Último a Servir



O programa da RTP "O Último a Sair" estreou no domingo passado e já motivou dezenas de queixas tanto ao Provedor da estação como à Entidade Reguladora para a Comunicação. Queixam-se os telespectadores de que o formato do programa não encaixa no cumprimento de serviço público.
Vamos ver, então. "O Último a Sair" é um programa de humor. E se há coisa em que a RTP às vezes dá um ar da sua graça é nos programas de amor que emite. Portanto, um programa de humor não cabe no conceito de serviço público? A BBC diria que sim, e com bons resultados.
Além disso, o programa promove uma visão crítica sobre a própria televisão actual e, nomeadamente, sobre a reality TV. Não pode o Serviço Público fazer isso?
Então vamos lá ver o que é realmente serviço público feito pela RTP e que não incomoda os telespectadores.
Programas extremamente barulhentos em que pessoas têm que adivinhar preços de coisas, no meio de alheiras, chouriças, presuntos, garrafas de vinho e sabe-se lá que mais oferecidos ao apresentador. Entra bem como serviço público?
Um horário nobre preenchido com concursos que na verdade não enriquecem ninguém, nem material nem intelectualmente. Entra bem como serviço público?
Noticiários exactamente iguais aos das estações privadas, quando acontece não serem mais fracos. Entram bem como serviço público?
Filmes de acção norte-americanos dos anos 90, com Steven Seagal e outros que tais, que toda a gente já viu ou, se não viu, é porque não quer ver, em horário nobre. Entram bem como serviço público?
E, já agora, apostemos na comparação. O que é que "Quem Tramou Peter Pan?", programa de Catarina Furtado e mais uns miúdos, tem de serviço público que "O Último a Sair" não tenha? Eu tenho uma resposta. Não sei se é certa, mas eu também não sou Provedor nem trabalho na ERC. O programa dos miúdos não chateia ninguém. É bom para amorfos. Nada melhor do que estar no sofá e ver o riso das crianças dos outros na televisão sem que nada nos afecte.
Já um programa de humor tende a dizer alguma coisa, a tocar em alguns sacrários ou em simplesmente reproduzir aqueles que não tocam em nada e com isso mostrar a sua insignificância. Os telespectadores não gostam disso. Não gostam que lhes digam que têm andado a ver porcaria, e quando lhes mostram a porcaria que têm andado a ver ficam chateados e acham que não têm de pagar isso.
Se chorassem mais o dinheiro que é gasto em coisas intragáveis, sem qualidade nenhuma e que envergonhariam qualquer televisão da Europa, talvez tivessem menos ressabiamento agora e estivessem mais preparados para distinguir entre qualidade e o que lhes têm servido.
Os telespectadores não têm culpa. Eles só clamam por um serviço público. Mas será que eles sabem o que isso é? É que nunca ninguém lhes mostrou bem.