quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA no Auditório Carlos Paredes - Benfica

A Ditirambus apresenta de 17 a 27 de Novembro a peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA, de António Manuel Revez, no Auditório Carlos Paredes, em Benfica - Lisboa.

Os espectáculos, que acontecerão de quinta a sábado às 21h30 e domingos às 17 horas, marcam o regresso desta peça a Lisboa após uma digressão que tem vindo a fazer desde o mês de Fevereiro e que vai continuar até ao final do ano, tendo já conquistado uma excelente aceitação pelo público e pela crítica.

O FRIO QUE FAZ NA CAMA leva-nos a acompanhar os encontros e desencontros destas personagens movidas pela procura do que os afectos lhes podem oferecer. Esta peça propõe uma reflexão sobre as relações afectivas, num retrato duro, actual e sem tabus da busca pela satisfação sexual e amorosa.

O texto é de António Manuel Revez, a encenação de Marco Mascarenhas. Interpretações de Onivaldo Dutra, Célia Figueira, Carlos Alves e Joana Lourenço.

A Ditirambus é uma associação de Pesquisa Teatral sedeada em Lisboa, em actividade desde 1994, com dezenas de espectáculos produzidos, sendo esta a mais recente produção. O espaço na Internet está situado em http://ditirambus-teatro.blogspot.com

A estreia nacional de O FRIO QUE FAZ NA CAMA aconteceu nas Caldas da Rainha, em Fevereiro passado.

Para mais informações:
ditirambus@gmail.com
916041447/ 919097077



Ficha técnica do espectáculo:

Autor: António Manuel Revez
Encenação: Marco Mascarenhas
Elenco: Onivaldo Dutra, Célia Figueira, Joana Lourenço, Carlos Alves
Locução - Jorge Évora
Técnico de Audio - José Lourenço
Iluminação - Tiago Fonseca
Sonoplastia - Ricardo Fernandes
Cenário - Marco Mascarenhas
Figurinos - Célia Figueira
Produção - Onivaldo Dutra/ Carlos Alves
Assistente de Produção - Leonor Leitão
Apoios:
Câmara Municipal de Lisboa
Gebalis

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Buraco

O buraco ganhou estatuto de termo corrente nos meios de comunicação social. E não estou a falar só da Casa dos Segredos. Desde que a Grécia e Portugal se armaram em pedintes internacionais que o buraco anda na boca de jornalistas, analistas, economistas e outros mais ou menos especialistas.

Antes só se falava de buracos em círculos mais restritos e em contextos menos formais. Mas o buraco generalizou-se e já não é preciso esperar pelo Quim Barreiros para abordar a questão. Qualquer pivô de telejornal o faz com o ar mais sério e compenetrado.
Com a descoberta do buraco da Madeira, passámos ainda a ter mais buracos com que nos entreter. E colocar Alberto João Jardim a falar de buracos é sempre um risco de consequências imprevisíveis. Felizmente não é sempre Carnaval.

Associado ao buraco está sempre um conjunto de zeros que pecam por terem outros números atrás. São dívidas, contratos incríveis, fortunas luxuosamente esbanjadas, calotes que os portugueses terão de abater com o suor do trabalho e desapego da poupança. Já lá vão os tempos em que os impostos constituíam um verdadeiro assalto à mão armada. Agora, tendo em conta o número de buracos envolvidos e o sofrimento provocado, estaremos mais perante um cenário de violação. Sem lubrificante porque o tempo é de poupança.

Olhamos para os homens e poucas mulheres que nos governaram nas últimas décadas, e para Alberto João Jardim que os acompanhou a todos, e vemos o que deixaram à sua passagem. Na essência, deixaram buracos. Evidentemente, os políticos portugueses são já conhecidos como umas autênticas retroescavadoras da vida nacional.
Primeiros-ministros, ministros, secretários de Estado, autarcas e outros que tais permitiram-se esbanjar à grande e à portuguesa. Agora, se tivessem mais um buraco onde se meter deviam esconder-se lá dentro.