quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Arte e Educação

Texto que reflecte sobre a importância do ensino da arte dramática nas escolas e o papel do professor no processo de representar e trabalhar a espontaneidade.

A minha questão é...

As pessoas nas empresas adoram começar as frases por "a minha questão é". Isso já se torna irritante. Porque essa expressão tem de fazer sentido na frase, não é para utilizar independentemente do que se vai dizer a seguir.

Utilização correcta (exemplo): «A minha questão é: quanto é que isso nos vai custar?». Muito bem, assim faz sentido.

Utilização incorrecta e enervante: «A minha questão é: eles vão lá amanhã». Onde é que está a "questão", raios.

«A minha questão é: eu não sei».
«A minha questão é: mudei o número de telemóvel».
«A minha questão é: vou lanchar».

E por aí fora...

domingo, 22 de novembro de 2009

RTP: o pior volta a ser possível

A RTP1 está a voltar ao pior do que já foi. Na década de 90, éramos presenteados com autênticos castigos televisivos em forma de televisão comercial. Vejamos só um exemplo: Tudo às Escuras . Para uma televisão de serviço público não estava mal... não estava bem.

Foi um período triste na programação da RTP. A SIC, que tinha aparecido, crescia a um ritmo muito veloz. A televisão pública esmerava-se em acompanhar, não o ritmo de crescimento mas a má qualidade.

A partir do meio da presente década muita coisa melhorou. O principal canal generalista público dava sinais, na sua programação, de desprezar formatos que envergonhassem quem, naquela casa, pronunciasse a expressão "serviço público". Apostou em concursos no horário nobre, diminuiu a ficção nacional, desenvolveu uma marca na informação. Obviamente que é, e será sempre, discutido se realizou ou não - se esteve lá perto ou nem por isso - o tanto aclamado serviço público de televisão. É um conceito complexo e sempre discutível. Mas não importa agora indagar do seu cumprimento ou não nestes anos a que me refiro. Porque, fosse lá o que fosse, a programação da RTP à data não contemplava aberrações e programas sem o mínimo de conteúdo do teor dos que referi atrás e das reencarnações - diria, assombrações - que surgem agora.

Família, Família e O Último Passageiro são dois casos actuais de pura perda de tempo televisivo. O último então é bem evidente. Repare-se na descrição que a própria apresentadora faz do "concurso" ou lá o que é: "O objectivo é que os 18 elementos de cada uma das três famílias a concurso entrem no respectivo autocarro [...] Depois ligar a ignição e irem todos de férias". Acho que não preciso de dizer mais nada.

Aqui chegados, estes até nem eram maus tempos para a televisão portuguesa.