segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Dia Mundial da Rádio

Hoje é o 1º Dia Mundial da Rádio, instituído pela UNESCO. Aqui fica a minha homenagem ao mundo da rádio.

 

O FRIO QUE FAZ NA CAMA em Festival Internacional de Teatro

A peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA foi selecionada para o Festival Internacional de Teatro "CALE-se", de Vila Nova de Gaia. O espetáculo será apresentado no dia 25 de fevereiro, na Associação Recreativa de Canidelo - Vila Nova de Gaia, às 22 horas.

Esta participação no festival ocorre exatamente um ano após a nossa estreia nacional (em 25 de fevereiro de 2011, nas Caldas da Rainha). Assim, O FRIO QUE FAZ NA CAMA conta já com um ano de representações. Desta vez, preparamo-nos para viajar até ao norte.


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Normal é não ser Vulgar


São diferentes as pessoas normais das pessoas vulgares. Por vezes, diz-se que um tipo é normal, vulgar. Está errado. Só pode ser uma coisa ou outra. A maior parte das pessoas são vulgares, algumas são normais e poucas são extraordinárias. Mas o normal não devia ser como é a maioria das pessoas? Não, porque o normal seria não ser vulgar. Dificilmente uma pessoa extraordinária convive bem com uma vulgar, podendo contudo dar-se com uma normal. A normalidade aqui não tem em conta aspetos físicos, mentais ou intelectuais. Esta categorização baseia-se apenas em quadros comportamentais.

Ir a um centro comercial, podemos dizer, é uma ação vulgar, da mesma forma que comer é vulgar, ou dormir ou tomar banho. Todas as pessoas vulgares o fazem e as pessoas extraordinárias também. Mas podemos estar no centro comercial e falar alto ao telemóvel, atirar piropos às mulheres ou aos homens que lá andam, dar encontrões também aos que lá andam ou envergar um fato de treino. No entanto, podemos não fazer nada disso no centro comercial, isto é, podemos ser normais. Dir-me-ão, mas a maior parte das pessoas não faz isso. Pois não, mas isto é apenas um exemplo e a vulgaridade tem vários patamares, este é dos mais baixos.

Mas mesmo as pessoas vulgares podem ser especiais para alguém. Há sempre alguém que vai adorar a forma como és capaz de fazer cem quilómetros em 40 minutos, num carro cujas peças sabes de cor e que, se for preciso, desmontas, montas e rebocas, também em 40 minutos (já agora, para ficar bem). Alguém gostará da vulgaridade que é ocupar três horas do teu dia a mexer em máquinas de um ginásio. Terás quem seja capaz de ficar contigo, todos os dias, a ver a mesma telenovela de 400 episódios, que só vai terminar no próximo ano. Ou seja, para teu consolo, és um tipo vulgar, mas alguém te vai achar especial.

Não podes esperar, contudo, que muita gente te ache assim. É difícil encontrar compatibilidade fora da vulgaridade e, na vulgaridade, como já vimos, a concorrência é muita. Já aqueles que flutuam acima da vulgaridade, conseguem ficar na retina de mais gente. É fácil um indivíduo vulgar fascinar-se por um normal, da mesma forma que a todos impressionam as pessoas extraordinárias. Impressionam sempre e causam inveja às vezes, e a inveja é uma coisa tão vulgar, que se torna difícil entender que pessoas que o não são, a sintam.

O que distingue a pessoa normal da vulgar é a vontade de querer ser extraordinária. Poucas hão-de conseguir mas é essa luta que as mantém em cima. E para quem quer ser mais, a vulgaridade queima.