sexta-feira, 25 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 6

1. O Partido Unido dos Reformados e Pensionistas entrou nos espaços de tempo de antena e com vigor. Quer dizer, com algum reumatismo mas ativo. Um pouco mortiço, na verdade. Enfim, não é certo que os candidatos do partido sobrevivam mais quatro anos, pelo que talvez não valha a pena votar.
2. Durante o fim de semana não farei o «Vamos ver os Direitos de Antena». Não fiquem assim porque vocês não os veem nunca.

Até segunda!

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 5

1. Finalmente o "Juntos pelo Povo" apresentou o seu tempo de antena. É um vídeo em que narram a história da sua fundação e tentam explicar mais ou menos o que são. Portanto, o "Juntos pelo Povo" não apela ao voto, para eles já é bom se as pessoas souberem que eles existem. Um pouco na linha de alguém que aceita fazer um estágio não remunerado. Ela não quer ganhar dinheiro, chega-lhe apanhar o transporte público de manhã para se deslocar a uma empresa.
2. O PAN voltou à carga com sete medidas ditas essenciais. Todas elas relevantes. Escolho a de conferir direitos à Natureza como a minha preferida. A Natureza também está eufórica com esta.
3. Por fim, o PNR. Ah, o PNR! É o único partido em cujos programas de direito de antena aparece a polícia. Não porque o PNR apresente uma solução de alto nível para o estatuto das forças de segurança. Acontece é que sempre que há pessoas do PNR juntas convém estarem acompanhadas pela polícia, para evitar espancamentos e isso.

Por hoje é tudo. Até amanhã!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 4

1. Quando iniciei esta tarefa épica de analisar os tempos de antena, não imaginava que fosse tão árdua. É extremamente aborrecido assistir aos espaços reservados aos partidos políticos. Tenho a certeza que nunca ninguém decidiu o seu voto com base nos tempos de antena. Se sim, essa pessoa é doente.
2. Preciso de alguma coragem para entrar na análise dos tempos de direito de antena do PNR. Lá irei. Eles não ficarão magoados por os fazer esperar, julgo eu. Não tenho ideia de no PNR haver pessoas sensíveis.

 Boa campanha para todos e uma palavra amiga para o cabelo do Garcia Pereira!

5 coisas que deve saber sobre praia


Agora que o verão terminou, faz todo o sentido deixar alguns conselhos para quem pretende visitar as praias portuguesas.

1. Que roupas usar

Qualquer tecido é bom para cobrir o corpo. Nas praias de nudismo, qualquer tecido é mau. Em qualquer dos casos, evite aproximar-se de pessoas que enverguem mantos pratos por cima das costas. Têm instintos assassinos ou suicidas, ainda que nunca desejem morrer sozinhos. Estes seres vivos dão muito à costa nesta época do ano, depois de a Direção-Geral do Ensino Superior abrir as portas à entrada de novos elementos para a tribo.

2. Escolha bem o que leva para ler na praia

Estes artigos com listas de coisas que deve saber são idiotas. Mas são bons para ler na praia. Pessoas que andam na universidade há mais de cinco anos, devem levar também o Código Penal. Talvez não saiam de lá sem precisar dele e podem assim poupar dinheiro num advogado.

3. Hidratação é fundamental

Mas não à base de água do mar. Há garrafas de plástico que contêm dentro um líquido que se chama água e que, quando ingerido, hidrata o organismo. Esta informação é útil para alunos de universidade. A cerveja e o vinho não produzem o mesmo efeito.

4. Vigilância e segurança

Verifique sempre se a praia está vigiada por um nadador-salvador. Estes, por norma, vestem camisola amarela e calções vermelhos. Não há nadadores-salvadores com capa preta. Não confie nestes.

5. Planeie o seu tempo na praia

Aproveite cada momento na praia para aproveitar ao seu gosto. Nas praias não há roteiros estabelecidos. Se lhe disserem para se enterrar na areia e aguardar que a maré suba ou para comer dejetos de animais, isso não faz parte de nenhum roteiro turístico. Provavelmente estará envolvido numa praxe académica.


quarta-feira, 23 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 3

1. E, ao terceiro dia de campanha eleitoral, não notei nenhuma falta na entrega de material para os tempos de direito de antena. Joana Amaral Dias também não apareceu de faca na mão. Uf!
2. O PAN - Pessoas, Animais e Natureza proporcionou a xaropada do dia. Um avião de papel sobrevoava algo que podia ser um mapa mundi ou um pedaço de papel de parede ilustrado aqui e acolá com belos cãezinhos e outras imagens com aspeto tumblr. Uma voz feminina de quem está sob efeitos de antidepressivos apelava ao sonho, ao são convívio entre os vários reinos animais e a uma felicidade suprema. Conclui o PAN que tal não é utopia, pode ser realidade.
3. Ficou por esclarecer o regime fiscal que se propões para as baratas, bem como as propostas para sustentabilidade da Segurança Social, se é que ela faz falta. Os gatos vivem sem Segurança Social desde sempre e muitos conseguem ter whiskas à mesa.
4. O PAN não apresentou qualquer pessoa, perdão, qualquer animal no seu tempo de antena, pelo que desconheço as individualidades que se candidatam. O Inspetor Max já não tem capital político, na minha opinião, e as sardinhas do Atlântico estão mais preocupadas em não desaparecer todas antes dos próximos Santos Populares. Se optarem por uma pessoa (enfim, é uma ideia...), pode ser qualquer uma menos a que faz a voz do programa. Até o António Costa fazia melhor.

Divirtam-se, assistam a marketing político rudimentar!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 2 (hoje com vídeo)

1. Prometi falar hoje do "Juntos pelo Povo". Nasceu na Madeira e concorre agora em 14 círculos eleitorais - nos quais os Açores não estão incluídos - sob o lema "Para Portugal, Contamos Todos". Aparentemente, Todos os que se encontram nesses 14 círculos; os outros não podem contar lá grande coisa para o "Juntos pelo Povo".
2. Mas voltando aos tempos de antena propriamente ditos, hoje foi o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas a faltar à escola e a não entregar o programa às televisões. É normal, são reformados, querem é estar sossegados. Ainda não vi nenhuma ação de campanha do Reformados e Pensionistas mas também não tenho andado muito pelos jardins de Lisboa.
3. O destaque de hoje, porém, vai para o trabalho do Agir - PTP/ MAS. Joana Amaral Dias aparece, surpreendentemente nesta campanha, com bastante roupa mas com uma faca na mão. "Os Portugueses têm a FACA e têm o queijo na mão". Foi esta a frase que me fez ter medo de Joana Amaral Dias. A forma como a candidata diz FACA faz crer que ela está prestes a espetá-la em qualquer coisa menos no queijo que tem ao lado. Fiquei arrepiado e receio que Joana Amaral Dias possa não estar bem.

Até amanhã!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 1

1. Já assisti aos primeiros "direitos de antena" desta campanha eleitoral - os "direitos de antena" são o meu vinil na política. Gostei especialmente do grito de guerra "Morte aos traidores!" por parte do PCTP-MRPP. Apelar à morte na televisão é corajoso, eriçou-me os pelinhos dos braços (e acho que os do ânus também) mas é muito 1974, sem cravo nem agravo.
Boa sorte para o MRPP, espero que possam rever essa parte da morte no programa!
2. O "Juntos pelo Povo" não facultou o respetivo programa. O que é o "Juntos pelo Povo? Já que eles não facultam programas para os direitos de antena, eu vou, com os meus recursos, descobrir o que é o "Juntos pelo Povo" e amanhã trarei os resultados da investigação.
Devo fazer notar que só soube da existência do "Juntos pelo Povo" pelo facto de o "Juntos pelo Povo" não ter entregue o programa para o espaço de emissão nas televisões. Como estratégia, está bem visto não entregar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

"Caídas em Desgraça" estreia em novembro

Nova produção a estrear em novembro. "Caídas em Desgraça" é uma comédia inédita, no seio de uma família a quem a crise não poupou. A partir de 12 de novembro no Auditório Carlos Paredes.



O RISCO DE UMA CAPA SEXY



A imagem que ilustra este artigo foi o melhor cartaz de campanha que já vi a propósito das próximas eleições legislativas. O melhor porque o que transmite a mensagem mais verdadeira. “O Risco”. É exactamente isso que os Portugueses vão fazer no dia 4 de outubro. Correr um grande risco. É abundantemente arriscado dar mais quatro anos para Passos Coelho e Paulo Portas brincarem aos contabilistas com uma sociedade que não vive só dos números do INE nem se aguenta só a exportar. Há-de haver quem gostasse também de consumir alguma coisa cá dentro. Um antigo lema do Turismo de Portugal dizia “Vá para fora cá dentro”. O lema económico da coligação assemelha-se a um “Vai para fora, não é para comer cá dentro”. (Não quero com isto dar ideias para novos cartazes, já basta o que basta). Ninguém questionará o bom que é ter uma economia exportadora mas o discurso deste Governo sempre foi o de uma cozinheira que prepara um banquete mas não deixa ninguém provar os rissóis na cozinha. Já em relação a António Costa, estamos perante um risco incalculável, de tal forma que nem o INE será capaz de prever a dimensão da catástrofe. É tudo um risco e só a gravidez de Joana Amaral Dias, exposta na revista de Cristina Ferreira, nos alerta para isso. Fiquei muito tempo atento a esse risco até achar que estava há tempo demais a olhar para o corpo de uma mulher grávida.

Eu não sei quanto vale eleitoralmente uma capa sexy numa revista. A julgar pela carreira política de Cavaco Silva, vale muito pouco. No entanto, é bom lembrar que a coligação que Joana Amaral Dias representa nestas eleições é o Agir. A menos que no boletim de voto apareça esta capa desenhada, ninguém se vai lembrar de votar no Agir. Aliás, só há um motivo para votar no Agir que é: depois de votar, tira-se uma fotografia ao boletim com o telemóvel e depois mostra-se aos amigos. Vai dar muitas horas de gargalhadas e diversão! Mas não alinho de forma nenhuma nas críticas ao facto de uma candidata a um cargo político posar sem roupa para uma revista. Em todos os que se candidatam a cargos políticos, a questão da roupa tem sido o menos.


Volto a escrever-vos depois do dia 4 de outubro. Boa sorte! (Ou deixem lá isso da sorte, aceitem só…)

(Crónica publicada no semanário A Voz de Trás-os-Montes, edição de 10 de setembro de 2015)