sábado, 10 de dezembro de 2011

Consumo de Rádio cresce na última década

De acordo com os últimos dados da Marktest, o consumo de rádio em Portugal tem vindo sempre a aumentar desde pelo menos 2003. E, no primeiro trimestre deste ano, registavam-se quatro milhões e 700 mil ouvintes diários, um acréscimo de 100 mil em relação ao ano passado.
O aumento de consumo, desde 2000, verifica-se sobretudo entre a população das classes alta e média e das faixas etárias compreendidas entre os 25 e os 54 anos.
O estudo indica também que a maioria dos ouvintes fazem-no no carro (58%), quando, por exemplo, em 2000, o faziam mais em casa (61%). 13% dos portugueses ouvem rádio através do telemóvel e 7% em leitores digitais.
Em 2003, a percentagem de ouvintes de rádio pela Internet ficava-se pelos 4,1%, alcançando os 20,6% em 2011.

Estes números relativos à última década, em que se massificaram largamente outros suportes de media, desde o aumento da oferta televisiva, a explosão das redes sociais e o fortalecimento da Internet em geral, mostram que a rádio continua a impor-se fortemente no dia-a-dia das pessoas e soube adaptar-se às novas formas e potencialidades, superando-se a si própria, mantendo-se essencial para os ouvintes que tinha e para os que foi captando.
De resto, as principais estações do país e aquelas que mais têm crescido nos últimos anos são exactamente as que cobrem a faixa de população que mais tem ouvido rádio. As camadas etárias mais velhas e igualmente as mais jovens são as que mais se têm afastado deste meio, a par das classes sociais mais baixas. Não espanta, por isso, que seja para as outras e não para estes que as rádios que têm (maior) sucesso falem. Ou vice-versa. Será pelo facto de haver um público definido para quem falar que o outro acaba por se desinteressar? Fica a questão.
Acima de tudo, a rádio não perdeu a força.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

RTP em Estado de Graça

A evolução das audiências do "Estado de Graça" mostra que foi uma excelente decisão a passagem para exibição ao domingo, em vez de sexta-feira. No primeiro episódio transmitido ao domingo quase triplicou a audiência e duplicou o share. E, desde aí, tem mantido uns resultados regulares. Uma boa opção da direcção da RTP sobre este que é um dos melhores programas da televisão generalista. Eu ia dizer o melhor programa de humor, mas é o único (mais coisa menos coisa).


Fonte: Marktest.com

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA - Últimas representações

Esta é a última semana de cartaz de "O Frio que Faz na Cama" no Auditório Carlos Paredes. As últimas representações acontecerão entre quinta-feira e domingo, nos horários habituais (quinta a sábado, 21h30 e domingo, às 17 horas). Há, portanto, ainda quatro oportunidades para conhecerem esta peça.
Estou à vossa espera por lá.

Carlos Alves


O Teatro segundo Vasco Pulido Valente

Considero exageradas as reacções à crónica que Vasco Pulido Valente achou por bem escrever sobre Teatro. Elas não fazem mais do que dar valor a um texto e uma reflexão que absolutamente o não têm.
Não se pode dizer que um homem que só se lembra do "Frei Luís de Sousa" tenha lido muito teatro. E, depois de o próprio afirmar que já não entra no Teatro Nacional há vários anos, é claro que se queremos falar sobre Teatro com alguém, Vasco Pulido Valente não é a pessoa a escolher.
Eu, por exemplo, nunca assisti a nenhum combate de boxe e, seguramente por isso, nunca escrevi sobre boxe. E se alguma vez, por profunda falta de assunto ou loucura momentânea, eu escrever uma crónica sobre esse desporto, peço-vos que não lhe presteis atenção. Neste caso, peço que façais o mesmo à crónica de Pulido Valente.
Ele manifestamente não entende muito de Teatro mas também não queiramos instruí-lo. Aliás, nem sabemos se ele quer aprender. Deixem o homem!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Noite de Estreia!

Estreia esta noite, 17 de Novembro, em Lisboa, a peça "O Frio que Faz na Cama". Com Carlos Alves, Joana Lourenço, Onivaldo Dutra e Célia Figueira. Encenação de Marco Mascarenhas. O texto é de António Manuel Revez. A partir das 21h30, no Auditório Carlos Paredes. Estaremos em cena até 27 de Novembro.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA - ESTREIA A 17 DE NOVEMBRO

Estreamos esta semana, no Auditório Carlos Paredes. Já é possível reservar bilhetes através do site do Auditório, bastando para tal seguir este link. É muito fácil e prático.



Também podem entrar em contacto com a nossa produção através da nossa página oficial no Facebook ou visitando o site da Ditirambus.


O FRIO QUE FAZ NA CAMA tem estado em digressão desde Fevereiro e agora assenta em Lisboa para uma temporada de duas semanas, em Benfica. A peça propõe uma reflexão sobre as relações afectivas, num retrato duro, actual e sem tabus da busca pela satisfação sexual e amorosa.

De 17 a 27 de Novembro, de quinta a sábado às 21h30 e aos domingos às 17 horas, estaremos no Auditório Carlos Paredes. Venham ao Teatro e aproveitem para conhecer uma peça já vista por muitas centenas de espectadores!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA no Auditório Carlos Paredes - Benfica

A Ditirambus apresenta de 17 a 27 de Novembro a peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA, de António Manuel Revez, no Auditório Carlos Paredes, em Benfica - Lisboa.

Os espectáculos, que acontecerão de quinta a sábado às 21h30 e domingos às 17 horas, marcam o regresso desta peça a Lisboa após uma digressão que tem vindo a fazer desde o mês de Fevereiro e que vai continuar até ao final do ano, tendo já conquistado uma excelente aceitação pelo público e pela crítica.

O FRIO QUE FAZ NA CAMA leva-nos a acompanhar os encontros e desencontros destas personagens movidas pela procura do que os afectos lhes podem oferecer. Esta peça propõe uma reflexão sobre as relações afectivas, num retrato duro, actual e sem tabus da busca pela satisfação sexual e amorosa.

O texto é de António Manuel Revez, a encenação de Marco Mascarenhas. Interpretações de Onivaldo Dutra, Célia Figueira, Carlos Alves e Joana Lourenço.

A Ditirambus é uma associação de Pesquisa Teatral sedeada em Lisboa, em actividade desde 1994, com dezenas de espectáculos produzidos, sendo esta a mais recente produção. O espaço na Internet está situado em http://ditirambus-teatro.blogspot.com

A estreia nacional de O FRIO QUE FAZ NA CAMA aconteceu nas Caldas da Rainha, em Fevereiro passado.

Para mais informações:
ditirambus@gmail.com
916041447/ 919097077



Ficha técnica do espectáculo:

Autor: António Manuel Revez
Encenação: Marco Mascarenhas
Elenco: Onivaldo Dutra, Célia Figueira, Joana Lourenço, Carlos Alves
Locução - Jorge Évora
Técnico de Audio - José Lourenço
Iluminação - Tiago Fonseca
Sonoplastia - Ricardo Fernandes
Cenário - Marco Mascarenhas
Figurinos - Célia Figueira
Produção - Onivaldo Dutra/ Carlos Alves
Assistente de Produção - Leonor Leitão
Apoios:
Câmara Municipal de Lisboa
Gebalis

terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Buraco

O buraco ganhou estatuto de termo corrente nos meios de comunicação social. E não estou a falar só da Casa dos Segredos. Desde que a Grécia e Portugal se armaram em pedintes internacionais que o buraco anda na boca de jornalistas, analistas, economistas e outros mais ou menos especialistas.

Antes só se falava de buracos em círculos mais restritos e em contextos menos formais. Mas o buraco generalizou-se e já não é preciso esperar pelo Quim Barreiros para abordar a questão. Qualquer pivô de telejornal o faz com o ar mais sério e compenetrado.
Com a descoberta do buraco da Madeira, passámos ainda a ter mais buracos com que nos entreter. E colocar Alberto João Jardim a falar de buracos é sempre um risco de consequências imprevisíveis. Felizmente não é sempre Carnaval.

Associado ao buraco está sempre um conjunto de zeros que pecam por terem outros números atrás. São dívidas, contratos incríveis, fortunas luxuosamente esbanjadas, calotes que os portugueses terão de abater com o suor do trabalho e desapego da poupança. Já lá vão os tempos em que os impostos constituíam um verdadeiro assalto à mão armada. Agora, tendo em conta o número de buracos envolvidos e o sofrimento provocado, estaremos mais perante um cenário de violação. Sem lubrificante porque o tempo é de poupança.

Olhamos para os homens e poucas mulheres que nos governaram nas últimas décadas, e para Alberto João Jardim que os acompanhou a todos, e vemos o que deixaram à sua passagem. Na essência, deixaram buracos. Evidentemente, os políticos portugueses são já conhecidos como umas autênticas retroescavadoras da vida nacional.
Primeiros-ministros, ministros, secretários de Estado, autarcas e outros que tais permitiram-se esbanjar à grande e à portuguesa. Agora, se tivessem mais um buraco onde se meter deviam esconder-se lá dentro.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA no Auditório Carlos Paredes



Em Novembro, voltamos a Lisboa, depois da digressão no primeiro semestre, para uma temporada de duas semanas no Auditório Carlos Paredes, em Benfica. Entre os dias 17 e 27 de Novembro, de quinta a sábado, às 21h30, e matinés aos domingos, às 17 horas.
Com uma excelente recepção pelo público e pela crítica, o espectáculo O FRIO QUE FAZ NA CAMA prossegue a sua carreira agora em Lisboa. Podem saber mais sobre a peça no blogue oficial da Ditirambus, a companhia que produz o espectáculo.
Podem igualmente acompanhar todas as novidades, agenda, fotos e vídeos na página oficial no Facebook e também na minha página, em facebook.com/carloalves, que vai estando sempre actualizada sobre o assunto.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Jornadas Mundiais da Juventude e o Apelo à Esperança para as Novas Gerações

A Igreja Católica prepara com grande intensidade as Jornadas Mundiais da Juventude 2011, que vão decorrer em Madrid, entre 16 e 21 de Agosto. A capital espanhola vai receber milhares de jovens cristãos de todo o mundo, numa ocasião que a Igreja já prometeu ser “uma grande festa”.
As Jornadas da Juventude foram instituídas pelo beato Papa João Paulo II, pelo que este ano em especial, ano da beatificação do anterior Chefe da Igreja, contarão certamente com um forte sentimento de alegria em torno da memória do Papa que conquistou o entusiasmo dos jovens. Também Bento XVI já caracterizou este evento como um impulsionador da nova evangelização das novas gerações.
Serão as Jornadas de Madrid uma alavanca para renovar o amor dos jovens por Jesus Cristo e pela Sua Mensagem? Estarão os jovens cristãos de todo o mundo despertos e entusiasmados para se juntar a Bento XVI e à sua Igreja num novo processo de evangelização que devolva valores, renove esperanças e abra o pensamento e a acção ao Homem na sua condição de criatura de Deus? Qual o papel das novas tecnologias de informação e comunicação neste trabalho?
Todas estas questões estarão presentes nas múltiplas actividades que os jovens vão desenvolver em Madrid no próximo mês de Agosto. A presença do Papa poderá ser um incentivo maior para a resolução destas questões e para a busca de soluções. O convívio, a festa, a reflexão e a oração têm animado a juventude na preparação destas Jornadas, em Portugal e por todo o mundo.
O apelo à reunião da Juventude para celebrar a Fé foi feito por João Paulo II. Os jovens corresponderam à chamada, no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. Nesse dia, o Papa falou da Esperança em Jesus Cristo Ressuscitado como a esperança que não sairá frustrada, lembrando as palavras de S. Paulo. E, completou João Paulo II, “as gerações que sempre se renovam necessitam desta esperança”.

É também este o apelo de hoje. O apelo à renovação da Fé e da Esperança por meio da evangelização das novas gerações.
Bento XVI, na alocução que proferiu dedicada à Jornada Mundial da Juventude, assegurou que “uma relação de profunda confiança, de autêntica amizade com Jesus” é capaz de dar aos jovens aquilo que precisam para encarar a vida: “serenidade e luz interior, predisposição para o pensamento positivo, largueza de ânimo para com os outros” e disponibilidade para “o bem, a justiça e a verdade”. O Papa assumiu como “contra-corrente” esta proposta. A proposta de querer estar “enraizados em Cristo” e firmes na fé”. Vivemos, diz o Papa, numa “cultura indecisa quanto aos valores de fundo, aos princípios basilares segundo os quais se orienta e define a própria vida”, que gera “incerteza, mobilidade e volubilidade”. Pelo que a esperança dos jovens continua a ser o móbil destas Jornadas e o depósito dessa esperança em Cristo permanece como o apelo da Igreja às novas gerações.

A evangelização dos jovens é uma prioridade da Igreja actual. Apesar da laicização das sociedades e de algum afastamento dos mais jovens relativamente à mensagem da Igreja, o próprio Papa Bento XVI considera que há, nestas gerações, ainda muita gente disposta a ouvir. Podemos dizer que as Jornadas Mundiais da Juventude são prova disso. Mas há muitos mais sinais demonstrativos de que os jovens têm ideais e trabalham por eles. Os jovens, diz Bento XVI, “não são tão superficiais como se diz deles”. “Eles querem saber o que é a Vida”, resume o Papa.
É neste sentido que tem grande relevância a iniciativa recentemente concluída pela Igreja de Roma de lançar em diversos países do mundo, incluindo Portugal, um Catecismo para os jovens, o YOUCAT. É um projecto que já provem de toda a dinâmica de juventude lançada por João Paulo II e que agora apresenta um modo de compreender a Igreja, os seus fundamentos e a sua doutrina numa linguagem renovada e enriquecida com a participação de todos. Este Catecismo é um texto único, coeso, fiel à Igreja mas que contou com a participação na sua elaboração de pessoas dos cinco continentes, ganhando assim em riqueza cultural e intelectual, mas mantendo a linha espiritual e os valores que a Igreja fielmente preserva e transmite.

Esta obra será por isso, este ano, o Catecismo oficial das Jornadas da Juventude de Madrid, esperando-se que ele seja a ferramenta para o desenvolvimento da espiritualidade, do espírito de missão e evangelização e do conhecimento aprofundado do papel e da mensagem que a Igreja tem no e para o mundo.
O YOUCAT, dividido em quatro partes fundamentais, apresenta a Fé cristã e os seus fundamentos. Posteriormente apresenta os mistérios e os sacramentos da Igreja. Nas terceira e quarta partes, direcciona o cristão para a sua vivência da Fé e encaminha-o para a acção e também para a oração.
Compreende-se assim a relevância que este documento pode ter nas próximas Jornadas.
Relevante será também a utilização que será feita das novas tecnologias de comunicação, nomeadamente as redes sociais. É um assunto a que o Papa dedica a Mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais deste ano. Bento XVI sublinha que estas tecnologias devem ser postas “ao serviço do bem integral da pessoa e da humanidade inteira”. Mas, para os cristãos, elas podem ser veículo de comunicação do Evangelho, não só pela partilha de conteúdos mas também pela partilha de perfis e valores.

O encontro de Madrid é aguardado com enorme expectativa e está a ser preparado com muito rigor, sobretudo pelos jovens que nele vão participar, mas também pela Igreja espanhola, que trabalha para criar as condições para uma grande festa cristã.
Também o cuidado financeiro e o momento difícil que a Europa vive neste momento estão a ser levados em conta. A restrição orçamental já foi garantida pela organização como algo que deverá ser tomado em conta neste momento, sem que isso afecte os propósitos do evento.
A par da consciência económica, está a consciência ecológica para estas Jornadas. Como qualquer evento que reúna milhares de pessoas acaba por criar um desgaste ecológico. A companhia Zeroemissions vai compensar esses danos com a compra créditos de carbono. Esta é uma prática prevista no Protocolo de Quioto e que permite que a emissão de gases com efeito de estufa seja compensada com a contribuição para projectos ambientalmente sustentáveis. Desta forma, conseguir-se-á fazer com que as Jornadas Mundiais da Juventude sejam cem por cento não poluentes.
Estas são questões laterais ao sentido real do acontecimento mas envolvem preocupações e responsabilidades que não deixam de ser relevantes para o mundo cristão e para os jovens, em particular, que têm a missão de assegurar o futuro.
Porque é também de futuro que se espera que se fale e se pense nas Jornadas de Madrid. A mensagem e a vida cristã estão sempre direccionadas para o futuro e é isso que os jovens procuram sentir e a Igreja pretende transmitir. Assim, as próximas Jornadas Mundiais da Juventude serão um momento de renovação da esperança num futuro e numa vida com Cristo e em Cristo.

domingo, 24 de julho de 2011

Os Últimos são os Primeiros

Chega ao fim, na próxima semana, a primeira série de O Último a Sair, o programa que está entre os primeiros do meu top ten da televisão portuguesa de 2011. Ainda só estamos a meio do ano mas arrisco a considerar que dificilmente o nosso previsível panorama audiovisual conseguirá arranjar alguma coisa para alterar muito as minhas preferências até Dezembro.
O Último a Sair foi controverso, sofreu críticas, queixas ao Provedor da RTP e também aplausos. Sobra que foi um programa refrescante na programação nacional, bem produzido, com muito talento envolvido e que soube criar surpresa. Muitas vezes proporcionou momentos de televisão tão inócuos quanto os dos reality shows que satirizava mas até nesse vazio de conteúdo foi genial.
Foi também um acto de coragem da parte da RTP e dos seus responsáveis assumir este programa, que obviamente seria fortemente atacado por tudo e mais alguma coisa. Mas é mesmo dessa coragem que a televisão do Estado precisa ainda mais. Porque se a RTP, pelo facto de ser pública, tem de andar sempre a pedir desculpa por existir, é preferível então que ou deixe de ser pública ou deixe de existir.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Casting Rock in Rio SIC RFM - The End

É com pena e com o nariz entupido, mas isso deve ser sinusite, que vos informo que abandonei o Casting Rock in Rio SIC RFM no final da 3ª fase. Ainda fiquei triste durante 40 segundos mas depois tinha mais que fazer. Aguardo, claro, um pedido de desculpas formal por esta falha na selecção mas não quero que ninguém seja despedido.
Obrigado a todos pelo apoio ao longo destas últimas duas semanas! Valeu!

Carlos Alves

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Casting Rock in Rio SIC RFM - 3ª fase

E enfim, terminam hoje as votações desta 3ª fase do casting. Acabam assim duas semanas de campanha de divulgação do meu vídeo e angariação de apoio. Até à meia-noite de hoje ainda podem votar e amanhã aguardaremos pelos resultados.
Obrigado a todos pelo apoio e, se hoje ainda quiserem ajudar num forcing final, partilhem esta informação com os vossos conhecidos.

Abraços,
Carlos Alves

Para votar no casting Rock in Rio cliquem aqui. Obrigado!

E ainda ficam automaticamente habilitados a ganhar bilhetes para o Rock in Rio.




Até Sempre!

Faleceu hoje a minha caderneta de recibos verdes. Passámos bons momentos juntos... mas a vida é mesmo assim. A partir de amanhã só passo facturas electrónicas (talvez compre uma caixa registadora).

Enfim, não me importarei de preencher milhares de euros em recibos. Seria bom para mim e para todos, nomeadamente para o Estado que levaria quase metade, afinal somos como irmãos.


(2008-2011)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Crítica da peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA

O site de informação Rostos.pt publicou recentemente uma crítica de O FRIO QUE FAZ NA CAMA, a peça que estou a fazer. Podem lê-la aqui.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Globos de Ouro

Apenas algumas notas breves e soltas sobre a Gala dos Globos de Ouro de ontem.
Como muito positivo, a entrega do Globo para Melhor Actor a Miguel Guilherme pelo seu trabalho em "O Senhor Puntila e o seu Criado Mati". Uma consagração merecida e das mais justas da noite.
Como positivo, a presença de representantes das três estações televisivas. Para além da SIC, que transmitiu a gala, estavam representadas a RTP e a TVI, o que contribui para o alcance mais alargado e integrado destes prémios, que sendo desde sempre uma festa da SIC, devem homenagear toda a classe artística e cultural da sociedade portuguesa.
Como menos positivo, as tentativas humorísticas por parte de Bárbara Guimarães. Normalmente falharam e não eram necessárias, já que o humor na gala estava garantido por outros momentos bem assegurados pelo João Ricardo, Custódia Gallego, Marco Horácio, os Homens da Luta e Paulo Futre, que também entrou nesse registo, já que antes da célebre "conferência do chinês" o ex-futebolista não entregava Globos de Ouro.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA na Moita

Continuamos em digressão com a peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA. Uma produção da Ditirambus. Esta semana estaremos dois dias na Baixa da Banheira - Moita, para dois espectáculos no Fórum José Manuel Figueiredo. Sexta-feira e sábado às 21h30 passem por lá. O preço dos bilhetes não é muito elevado e, pelo feedback que vamos tendo do público, vale a pena.
Se quiserem fazer reservas, podem fazê-lo através dos contactos que estão no nosso site e também podem falar connosco na nossa página no Facebook.

Venham ver Teatro!

domingo, 15 de maio de 2011

O Último a Servir



O programa da RTP "O Último a Sair" estreou no domingo passado e já motivou dezenas de queixas tanto ao Provedor da estação como à Entidade Reguladora para a Comunicação. Queixam-se os telespectadores de que o formato do programa não encaixa no cumprimento de serviço público.
Vamos ver, então. "O Último a Sair" é um programa de humor. E se há coisa em que a RTP às vezes dá um ar da sua graça é nos programas de amor que emite. Portanto, um programa de humor não cabe no conceito de serviço público? A BBC diria que sim, e com bons resultados.
Além disso, o programa promove uma visão crítica sobre a própria televisão actual e, nomeadamente, sobre a reality TV. Não pode o Serviço Público fazer isso?
Então vamos lá ver o que é realmente serviço público feito pela RTP e que não incomoda os telespectadores.
Programas extremamente barulhentos em que pessoas têm que adivinhar preços de coisas, no meio de alheiras, chouriças, presuntos, garrafas de vinho e sabe-se lá que mais oferecidos ao apresentador. Entra bem como serviço público?
Um horário nobre preenchido com concursos que na verdade não enriquecem ninguém, nem material nem intelectualmente. Entra bem como serviço público?
Noticiários exactamente iguais aos das estações privadas, quando acontece não serem mais fracos. Entram bem como serviço público?
Filmes de acção norte-americanos dos anos 90, com Steven Seagal e outros que tais, que toda a gente já viu ou, se não viu, é porque não quer ver, em horário nobre. Entram bem como serviço público?
E, já agora, apostemos na comparação. O que é que "Quem Tramou Peter Pan?", programa de Catarina Furtado e mais uns miúdos, tem de serviço público que "O Último a Sair" não tenha? Eu tenho uma resposta. Não sei se é certa, mas eu também não sou Provedor nem trabalho na ERC. O programa dos miúdos não chateia ninguém. É bom para amorfos. Nada melhor do que estar no sofá e ver o riso das crianças dos outros na televisão sem que nada nos afecte.
Já um programa de humor tende a dizer alguma coisa, a tocar em alguns sacrários ou em simplesmente reproduzir aqueles que não tocam em nada e com isso mostrar a sua insignificância. Os telespectadores não gostam disso. Não gostam que lhes digam que têm andado a ver porcaria, e quando lhes mostram a porcaria que têm andado a ver ficam chateados e acham que não têm de pagar isso.
Se chorassem mais o dinheiro que é gasto em coisas intragáveis, sem qualidade nenhuma e que envergonhariam qualquer televisão da Europa, talvez tivessem menos ressabiamento agora e estivessem mais preparados para distinguir entre qualidade e o que lhes têm servido.
Os telespectadores não têm culpa. Eles só clamam por um serviço público. Mas será que eles sabem o que isso é? É que nunca ninguém lhes mostrou bem.

domingo, 24 de abril de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA em digressão - Pinhal Novo

Esta semana continua a digressão da peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA. Desta vez, vamos estar no Pinhal Novo, nos dias 29 e 30 (sexta-feira e sábado), no Auditório Municipal. Os espectáculos vão acontecer nos dois dias às 21h30. É a primeira vez que levamos O FRIO QUE FAZ NA CAMA à margem sul do Tejo, depois de termos já passado pela zona Oeste do país e por Lisboa.

Para conhecerem tudo sobre este espectáculo, visitem o site da Ditirambus - Pesquisa Teatral ou a página oficial no Facebook.

domingo, 27 de março de 2011

Dia Mundial do Teatro

Celebramos também aqui hoje o Dia Mundial do Teatro, transcrevendo a Mensagem para o Dia Mundial do Teatro. Este ano, a mensagem foi escrita pela dramaturga e actriz Jessica Atwooki Kaahwa, do Uganda. Para além do trabalho no teatro, Kaahwa é reconhecida pela acção humanitária que defende e promove. Na sua mensagem para o dia de hoje, ela aponta exactamente o Teatro como um veículo de reconciliação, resolução de conflitos e instrumento para a construção de uma paz mundial. Exalta o Teatro como uma ferramenta de diálogo universal a ser melhor aproveitada pela Humanidade.

MENSAGEM DO DIA INTERNACIONAL DO TEATRO DE 2011
«Este é o momento exacto para uma reflexão sobre o imenso potencial que o Teatro tem para mobilizar as comunidades e criar pontes entre as suas diferenças. Já, alguma vez, imaginaram que o Teatro pode ser uma ferramenta poderosa para a reconciliação e para a paz mundial? Enquanto as nações consomem enormes quantidades de dinheiro em missões de paz nas mais diversas áreas de conflitos violentos no mundo, dá-se pouca atenção ao Teatro como alternativa para a mediação e transformação de conflitos. Como podem todos os cidadãos da Terra alcançar a paz universal quando os instrumentos que se deveriam usar para tal são, aparentemente, usados para adquirir poderes externos e repressores? O Teatro, subtilmente, permeia a alma do Homem dominado pelo medo e desconfiança, alterando a imagem que têm de si mesmos e abrindo um mundo de alternativas para o indivíduo e, por consequência, para a comunidade. Ele pode dar um sentido à realidade de hoje, evitando um futuro incerto. O Teatro pode intervir de forma simples e directa na política. Ao ser incluído, o Teatro pode conter experiências capazes de transcender conceitos falsos e pré-concebidos. Além disso, o Teatro é um meio, comprovado, para defender e apresentar ideias que sustentamos colectivamente e que, por elas, teremos de lutar quando são violadas. Na previsão de um futuro de paz, deveremos começar por usar meios pacíficos na procura de nos compreendermos melhor, de nos respeitarmos e de reconhecer as contribuições de cada ser humano no processo do caminho da paz. O Teatro é uma linguagem universal, através da qual podemos usar mensagens de paz e de reconciliação.Com o envolvimento activo de todos os participantes, o Teatro pode fazer com que muitas consciências reconstruam os seus conceitos pré-estabelecidos e, desta forma, dê ao indivíduo a oportunidade de renascer para fazer escolhas baseadas no conhecimento e nas realidades redescobertas. Para que o Teatro prospere entre as outras formas de arte, deveremos dar um passo firme no futuro, incorporando-o na vida quotidiana, através da abordagem de questões prementes de conflito e de paz. Na procura da transformação social e na reforma das comunidades, o Teatro já se manifesta em zonas devastadas pela guerra, entre comunidades que sofrem com a pobreza ou com a doença crónica. Existe um número crescente de casos de sucesso onde o Teatro conseguiu mobilizar públicos para promover a conscientização no apoio às vítimas de traumas pós-guerra. Faz sentido existirem plataformas culturais, como o [ITI] Instituto Internacional de Teatro, que visam consolidar a paz e a amizade entre as nações. Conhecendo o poder que o Teatro tem é, então, uma farsa manter o silêncio em tempos como este e deixar que sejam "guardiães" da paz no nosso mundo os que empunham armas e lançam bombas. Como podem os instrumentos de alienação serem, ao mesmo tempo instrumentos de paz e reconciliação? Exorto-vos, neste Dia Mundial do Teatro, a pensar nesta perspectiva e a divulgar o Teatro, como uma ferramenta universal de diálogo, para a transformação social e para a reforma das comunidades. Enquanto as Nações Unidas gastam somas colossais em missões de paz com o uso de armas por todo o mundo, o Teatro é uma alternativa espontânea e humana, menos dispendiosa e muito mais potente. Não será a única forma de conseguir a paz, mas o Teatro, certamente, deverá ser utilizado como uma ferramenta eficaz nas missões de paz.» Jessica Atwooki Kaahwa

sábado, 12 de março de 2011

Porque é que tenho de ir protestar hoje?

Muito simples. Porque faço parte da agora chamada mas há muito assumida Geração à Rasca. Porque nasci nos anos 80, sem culpa nenhuma disso. Porque a minha geração parece ser um problema para a geração que me antecedeu enquanto eu acho que não devia ser. Enquanto eu acho, aliás, que devia ser aproveitada como solução. Não se pode dizer que a geração que nasceu antes da minha e que agora dirige este país tenha sido um sucesso. Julgo que não têm assim tanto de que se orgulhar. Conquistaram muitos direitos para si, é verdade, foram bem sucedidos nesse aspecto, mas perderam-se neles. Contentaram-se em ganhá-los e em usufruir deles, com direito exclusivo de uso e propriedade. Recusam-se a passá-los aos outros ou então fazem-no a conta-gotas. Só isso explica que se ache normal pedir a um jovem que trabalhe e não lhe pagar por isso. Qualquer pessoa no mundo diria que isto é escravatura mas em Portugal não podemos dizer isso porque os mais velhos não gostam e, por respeito à idade, não o vou dizer.
Também só uma interpretação senhorial dos direitos conquistados pode explicar que os jovens que têm trabalho, devidamente remunerado, estejam todos os dias na iminência de ficar sem ele e todos os dias saibam que, se isso acontecer, não vão ter qualquer cobertura. Não vão ter, no fundo, nenhuma segurança social, a mesma que quando lhes sente algum dinheiro no bolso, lhes leva um quarto dos rendimentos.

Não vou usar, para este protesto, o argumento de sermos a geração mais qualificada de sempre. A gabarolice não ajuda o país. Mas a qualificação ajudaria.
Não vou usar, para este protesto, a cantiga do coitadinho que não consegue arranjar emprego ou que passa a vida a ser despedido ou que trabalha mais e melhor que os outros e, não só não ganha quase nada por isso como ainda tem de contribuir para as garantias sociais dos outros.
Não vou usar, para este protesto, a ameaça de que a qualquer altura, nós jovens, poderemos ir embora para muitos sítios que não se importariam de nos receber e deixar um país, mal gerido e desqualificado, abandonado e a envelhecer cada vez mais triste e mais pobre.
Na verdade, nem sequer vou usar, para este protesto, o protesto.

Esta não é, para mim, uma manifestação contra ninguém em particular. Não é uma manifestação contra o Governo, não é uma manifestação contra os patrões, não é uma manifestação contra os sindicatos, que tanto bradam por direitos mas apenas para aqueles que já os têm, nem mesmo é uma manifestação contra as gerações que nos antecederam.
É uma manifestação de alerta. Queremos dizer aos portugueses que não estarão hoje connosco e até a alguns que nos olham com notório mal-estar e crítica afiada, que estão equivocados. Que estão a ver mal o futuro. Queremos dizer-lhes que o mundo como o conheceram mudou, que os estilos de vida que construíram acabaram, que os direitos que conseguiram têm de ser repartidos e adaptados aos novos tempos e que provavelmente todos vamos ficar com menos mas o país vai ganhar mais.
Queremos dizer, neste protesto, que acabou o tempo do carro melhor que o do vizinho e do emprego para toda a vida mas pode começar um tempo de coisas novas e, se quisermos, melhores. Basta que saibamos aproveitar a iniciativa, a criatividade, a inovação que as novas gerações têm para dar.
Queremos dizer que podem espernear e gritar à vontade mas vão ter que mudar de vida. Connosco ou sem nós, vão ter que mudar de vida. Uma crise é isso, uma oportunidade e uma ordem para mudar. E queremos assegurar que connosco vai ser mais fácil.
Queremos, hoje, afirmar que estamos aqui para ajudar, para criar, para desenvolver um país, para trabalhar por um futuro feliz.

Não contem comigo na Avenida da Liberdade para carpir lágrimas de amargura, para lamentar a sorte ou para cuspir raiva contra quem quer que seja. Só lá estarei para dizer que vou ficar cá, não vou para o estrangeiro, vou ficar e retribuir o meu país pelo que ele também já me deu. Mas também lá estarei para ratificar a ideia de toda a minha geração de que já não somos parvos, ainda que o tenhamos sido até aqui. Não estamos aqui para servir ninguém, estamos aqui para jogar as regras de todos e mudá-las, porque têm de ser mudadas. A alternativa é a desgraça.

Quero que o Protesto da Geração à Rasca marque o fim da "geração parva" que os Deolinda cantaram. A partir de hoje, contem com a minha geração para reerguer o país da lama de má gestão, de corrupção, de atraso cultural que sujou as últimas décadas, mas não contem com ela para abafar o futuro na alcofa dos direitos adquiridos e do comodismo. A partir de hoje, saibam todos que não estamos contentes com aquilo que nos fazem e que há formas de fazer diferente e vamos lutar por elas. Acreditem que pode doer um pouco ter que mudar algumas coisas na nossa vida mas também pode valer a pena.

Porque é que vou protestar hoje? Não é para pedir mais do que a sociedade pode dar. Afinal acho que a sociedade tem condições para respeitar os jovens, dar-lhes espaço para crescer e contribuir, estar aberta à sua energia. E acho também que a minha geração não merece ser explorada, subaproveitada e quase escorraçada em nome de falsas razões. Como vêem, não pedimos mais do que é possível fazer.
Mas basta de desprezo, basta de criar dificuldades, basta de viver como se os outros não precisassem de comer, basta de desvalorizar o mérito, basta de assumir como ponto assente que a minha geração é que está mal. É disso que basta!

sábado, 5 de março de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA

Depois de uma boa estreia nas Caldas da Rainha, a peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA vai continuar o seu percurso e alguns dos espectáculos confirmados e agendados já foram anunciados. Estão todos na nossa página oficial no Facebook, mas adianto já que os próximos serão em Lisboa, no Auditório do IPJ (Instituto Português da Juventude), no Parque das Nações, nos dias 25 e 26 de Março.
Reservem já um destes dias na vossa agenda para não perderem a oportunidade de ver este espectáculo. Será às 21h30 em ambos os dias e também já e possível reservar bilhetes através dos contactos, telefone ou e-mail, disponíveis no site da Ditirambus - Associação de Pesquisa Teatral.
Façam-no porque só faremos dois espectáculos. Depois temos de ir para outro lado.

Bom Teatro!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Na Luta

Fui um pouco apanhado na Luta. Estava no hotel errado à hora errada, ou nem tanto. De qualquer forma, daqui em diante vou tentar não estar nos mesmos hotéis onde vai o primeiro-ministro.


domingo, 30 de janeiro de 2011

Portugueses pelo Mundo

O "Portugueses Pelo Mundo" é o melhor programa que a RTP tem em grelha neste momento. É bem produzido, tem dinamismo e tem conteúdo. No fundo, é um programa de viagens que se apega àquilo que os portugueses melhor do que ninguém podem dar, a sua diáspora. Se é verdade que há portugueses espalhados por todo o mundo, nada mais inteligente do que mostrar o mundo através dos portugueses. Além disso, é protagonizado por uma geração de jovens activos, aventureiros e abertos à multiculturalidade e à novidade. Afinal, os melhores protagonistas que se podem ter num bom programa de televisão.
As pessoas que conduzem o telespectador ao longo de cada emissão tornam-se anfitriãs nas cidades que as acolheram. Elas representam uma nova geração de emigrantes. A daqueles que saíram para estudar, para investigar ou para alargar as bases de uma carreira. Uma geração ambiciosa e aberta a novas possibilidades. Uma geração assim só pode fazer um bom programa. E o mérito é de quem se lembrou de os procurar, de quem foi ter com eles e de quem soube retratá-los e aos meios onde vivem.
O "Portugueses pelo Mundo" é um dois em um absolutamente bem conseguido. Se para haver produções destas é preciso um serviço público de televisão, então a televisão pública tem de continuar a existir. E é bom quando a RTP mostra que é necessária.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA já está no Facebook

A partir de hoje, a peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA tem uma página no Facebook. Vão até lá, tornem-se "fãs"  e sigam todos os passos desta produção até à estreia, no dia 25 de Fevereiro, no Teatro "Os Pimpões", nas Caldas da Rainha e vão ficando a conhecer todas as actuações que vamos fazer, as datas, os locais e tudo o que precisam de saber sobre este novo espectáculo da Ditirambus - Associação Cultural de Pesquisa Teatral. O texto é da autoria de António Manuel Revez, a encenação de Marco Mascarenhas, com interpretações de Carlos Alves, Onivaldo Dutra, Célia Figueira e Joana Lourenço.

Cliquem aqui para conhecer a página de O FRIO QUE FAZ NA CAMA no Facebook.



sábado, 22 de janeiro de 2011

Nova peça!

Já foi anunciada a data de estreia da peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA. Remeto-vos para o site da Ditirambus, onde encontram toda a informação sobre este espectáculo. De qualquer forma, adianto que vamos começar nas Caldas da Rainha, no dia 25 de Fevereiro.

Por razões óbvias, o Teleponto vai estar sempre informado sobre os passos desta peça nos próximos meses e pode servir como uma banca de informações. Quando precisarem, estará cá sempre uma menina bonita e simpática para vos atender. Ou então estará o ecrã do vosso computador, que também é bonito.

Sugestão

O grupo de Teatro EnsaiArte está hoje em cena, no Cine-Teatro S. João, em Palmela, com a peça "Nós Somos Aqueles de quem os Nossos Pais nos Haviam Prevenido". Com encenação de Célia Figueira.

"Quanto a nós...
Já sabem...Somos a geração do futuro...
Sentamo-nos...
À espera de crescer...
Se calhar...
Somos um bocado...
Incultos...
Analfabetos...
Desligados...
Ordinários...
É a nossa maneira de estarmos vivos...".


O espectáculo começa às 21h30.

A forma como nos tratamos

A presença dos media nas redes sociais está marcada por uma linguagem sempre mais informal e também mais próxima dos seus públicos. Houve uma adequação da comunicação ao ambiente em que ela se desenvolve. Nem todos fizeram isso mas muitos optaram por fazê-lo. Especialmente nos casos das rádios e das televisões. O discurso utilizado pelas estações em redes como o Facebook ou o Twitter é bem diferente do que é oficialmente utilizado nas respectivas emissões. E isto é claro sobretudo na forma de tratamento. As televisões e a maioria das rádios tratam os espectadores ou ouvintes por "você". É a forma de tratamento tradicional. Mas não nas redes sociais. Aqui, o tratamento generalizado é "vocês". Qual a diferença? É uma forma mais jovem de se relacionar com o público. Aliás, esta forma de tratamento é também utilizada em antena quando se tem um público-alvo mais jovem.
O que parece demonstrar que os media vêem o seu público nas redes sociais como um público mais jovem do que aquele que os segue nas emissões regulares. Mas nada impede que o público seja o mesmo. Então porquê a diferença de tratamento?

A questão essencial é: obrigará a comunicação online a uma forma diferente de tratamento entre emissor e receptor? Se sim, porquê?
A questão da juventude não explica tudo. A Internet já não é e será cada vez menos um espaço de jovens. A questão da proximidade é relevante. A forma de tratamento é um importante factor indicativo de distanciamento ou afinidade entre as pessoas. Mas será imperativo que, por estar mais próximo, também tenha de se aumentar a afinidade?

A alteração na forma de tratamento é uma opção que deve ter em conta o alvo, o receptor e não o ambiente, o canal da comunicação. E isto não é apenas relativo às redes sociais, até porque estas são um caso específico em que supostamente as pessoas estão ligadas entre si e também às marcas, empresas e órgãos de media numa lógica de afinidade, bem traduzida pelo termo "amigo" que é aí aplicado. Mas já se discute muitas vezes se sites de informação, por exemplo, devem tratar os seus visitantes por "tu". Neste caso, já estamos perante uma alteração radical da relação entre um meio de comunicação social e o seu público, alteração essa que só acontece pela presença no online e tendo esta como única justificação.

Mas pode acontecer que esta seja uma justificação muito forte. Se a Internet mudou a forma como nos relacionamos porque não poderá mudar a forma como nos tratamos?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Curso Permanente de Teatro

Arranca este mês mais uma fase do Curso Permanente de Teatro do Teatro Ibérico. O início é já dia 30. As inscrições vão manter-se abertas até ao dia 29.
Para mais informações, contactar o Teatro Ibérico:
Telefone: 218682531 ou 913202005

sábado, 15 de janeiro de 2011

SOLIDARIEDADE FOI PALAVRA-CHAVE NA FESTA DE REIS EM VILA VERDE

“Os transmontanos e durienses sabem ser solidários quando é preciso”


O Presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, afirmou, durante o almoço de Reis em Vila Verde, no passado dia 6 de Janeiro, que “a solidariedade é fundamental nos tempos que correm” e viu na concretização desta festa um exemplo disso.
“O povo português de uma maneira geral e os transmontanos e durienses em particular, quando é necessário, quando as dificuldades são maiores, sabem ser solidários, e Vila Verde está, uma vez mais, a dar o exemplo dessa solidariedade”, referiu Artur Cascarejo.
O autarca de Alijó falava de solidariedade para elogiar o empenho da população da aldeia na organização de um evento com a dimensão da tradicional Feira dos Reis.
Esta festa tem já uma longa história e tem sido mantida ano após ano, pela mão do Centro Social e Recreativo Cultural de Vila Verde e de um vasto número de patrocinadores e colaboradores.
Este ano, “o Centro não gastou qualquer verba para que esta festa e feira do Reis se fizesse”, explicou o seu presidente, António Duarte. A instituição atravessa grandes dificuldades e a prioridade é a manutenção da actividade social, pelo que a realização da festa só foi possível com os apoios de algumas empresas e particulares e também da Junta de Freguesia de Vila Verde.

Tradição, festa e chuva

Um dos pontos altos da Feira dos Reis foi o almoço no salão do Centro Social, que mais uma vez se encheu com a população da freguesia e alguns convidados. Estiveram presentes, ao lado do Presidente do Centro e do Presidente da Câmara de Alijó, os vereadores Miguel Rodrigues, Eduarda Sampaio e Goreti Dinis, o Presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde, Domingos Henriques, o Padre Amílcar Sequeira, pároco de Vila Verde. Estiveram também representadas a Federação Distrital de Futebol de Vila Real e a Guarda Nacional Republicana. Os pratos foram os tradicionais, carne de porco, arroz de couve e o sarrabulho para a sobremesa.
Mas a ninguém foi permitido sair do salão sem primeiro ouvir as Janeiras cantadas por um grupo de funcionários do Centro Social.
Quando chegou a hora do almoço, já o dia tinha raiado há muito tempo. Desde cedo, os comerciantes começaram a encher a principal rua da aldeia com as tendas que fizeram a feira ao longo de todo o dia. O tempo não foi uma ajuda ao negócio, pelo contrário. A chuva foi uma constante ao longo do dia, contribuindo até para que os feirantes tivessem começado a preparar a retirada quando a tarde ainda ia a meio.
Mas nada impediu que tudo tivesse seguido como planeado. Nomeadamente, o concurso de gado. Os prémios foram atribuídos aos melhores animais presentes na feira, de acordo com a apreciação de um júri. Ao longo da tarde, a feira continuou e a festa também. Quando a noite chegou, Vila Verde voltou à calma habitual com o sentimento de missão cumprida, porque contra todas as dificuldades, esta pequena aldeia conseguiu, mais uma vez, erguer e perpetuar este grande evento.

(Reportagem publicada no semanário A Voz de Trás-os-Montes, edição de 13 de Janeiro de 2010)











segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Na época em que se mandavam toques para o telemóvel

Tenho saudades dos tempos em que mandávamos toques para o telemóvel uns dos outros. É algo que marca o início do século XXI, pelo pico de inutilidade que o ser humano é capaz de atingir. Para quem já não se lembra, mostrando assim ter um inconsciente bem afinado, falo de uma prática dos adolescentes da minha geração que, após terem recebido o seu primeiro telemóvel, descobriram que aquilo dava para chamar e desligar sem que os outros atendessem. Além disso, o telefone registava o número de onde tinha sido feita a chamada não atendida. Estavam reunidas as condições para um divertido entretenimento e uma bela confraternização. Aquilo era, no fundo, o Facebook e o Twitter da altura. Um jovem estava em casa sem nada para fazer ou estava nas aulas a não fazer nada, lembrava-se de um amigo ou de uma amiga e vai de pegar no Nokia biqueira larga e aí vai disto, deixa tocar uma vez e desliga. O outro, que recebia o desafio, respondia na mesma moeda. E, se calhasse, ficavam uma hora nisto.
Eu não me envergonho de dizer que também entrei nesta onda. Nunca tive um Nokia, preferi sempre marcas alternativas, mas o efeito era o mesmo. Tinha o meu telemóvel a tocar a toda a hora sem que falasse com alguém e a toda a hora ligava aos meus amigos sem que lhes desse hipóteses de eles me atenderem. Olhando para trás, hoje não sei porque o fazia, mas a verdade é que na altura também não.
Todavia era como se, sem dizer nada, dissessemos tudo através do nosso nome a aparecer no visor do telemóvel da outra pessoa. E isto é tão real, que nós interpretávamos o toque que recebíamos e a nossa reacção era diferente, dependendo de quem ligava. Tal e qual acontece quando alguém fala connosco. Aquilo era comunicação! Quando o telefone tocava uma vez e parava, a nossa reacção podia assumir várias formas de expressão: "eh pá, este chato outra vez!" ou "esta gaja não me larga!" ou ainda "olha este palhaço!". O que é certo é que independentemente do que nos viesse à cabeça, de imediato procedíamos à nossa ligação, colocando todo o nosso estado de espírito na tecla verde do telemóvel.
Agora imaginem o que era receber um toque da pessoa por quem estávamos apaixonados, a mulher da nossa vida, a nossa motivação para ir à escola todos os dias (não estou a falar de nenhuma professora)! Bom, receber um toque dessa pessoa era praticamente um pedido de casamento. Era razão para ficarmos eufóricos, razão para já não dormir ou quando muito dormir com o telemóvel na almofada. Aquele telemóvel era, a partir desse momento, o objecto mais valioso do mundo. Não tinha acontecido nada, não tínhamos falado, mas algures a nossa amada tinha-se lembrado de nós e tinha olhado para o nosso nome na lista telefónica!
As novas tecnologias, as redes sociais e os SMS gratuitos vieram acabar com esta dinâmica comunicacional tão incompreensível quanto arcaica. Pois era verdade que nós tínhamos uns aparelhos modernos nas mãos mas aquilo que fazíamos com eles era em tudo idêntico à comunicação por sinais de fumo dos tempos antigos.
Mas agora, olhando para a juventude actual, é pena que eles não tenham adoptado isto e prefiram as mensagens escritas. Porque com a comunicação por toques, evitavam-se os erros ortográficos, uma das maiores pragas dos tempos modernos, que não há acordo que resolva.
Pela minha parte, estou em condições de garantir que hoje em dia seria incapaz de ligar para alguém e desligar sem deixar atender. E se hoje em dia alguém me fizer isso, vou à polícia dizer que ando a ser perseguido.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

OS TEÓRICOS DO PORTUGAL PENSADO

“Portugal” foi a terceira palavra mais procurada no Google, ao longo de 2010, em Portugal. Isto pode ser revelador de um povo que anda à procura de perceber onde está metido. Mas é mais revelador do interesse que o país passou a ter de forma crescente entre os seus cidadãos.
Hoje os portugueses não sabem para onde querem ir mas sabem que não querem ir por aí. É provável que nem percebam como chegaram aqui e o que lhes está a acontecer e, por isso, pesquisam e vão desculpando. Desculpando incompetências, irresponsabilidades, más políticas, corrupção, que nem chega a ser desculpada por nunca se chegar a quem tenha culpa. Até são capazes de desculpar que o país tenha mais uma vez, em poucas décadas de democracia, de ser intervencionado por um organismo estrangeiro para controlar as contas e não cair ao charco. Vão desculpando com complacência mas também com a ameaça de que os responsáveis pelo bonito estado a que chegaram, pelo menos os principais, não contem com novas oportunidades.
Mas uma coisa esta crise e os seus “protagonistas” tiveram de bom. Conseguiram colocar toda a gente a pensar em Portugal. E não falo dos estrangeiros nem dos mercados financeiros, que estes nem devem pensar noutra coisa, tal é a obsessão. Falo mesmo dos próprios portugueses. Políticos, jornalistas, artistas e os inevitáveis economistas, todos passaram a ter Portugal a habitar-lhes o pensamento. Não sei se já chegaram a alguma conclusão mas pelo menos teoria e pensamento sobre o assunto não devem faltar.
Debates na televisão, artigos nos jornais, espectáculos, exposições, performances e bulas de medicamentos, tudo serve para pensar Portugal. É esta a expressão chave deste final de ano e é ela que explica a intensidade da pesquisa sobre o molestado país.
“Pensar Portugal no seu todo”, “traçar um novo rumo para Portugal” são duas frases que os “teóricos sobre Portugal” passaram a utilizar dia e noite, que de tão gastas já nem querem dizer nada.
De facto, chegamos a este fim de ano com Portugal no pensamento e isso é importante. Até porque acredito que da teoria à prática vai ser um pulinho. Não dá para ficar à espera dos políticos, governantes ou não governantes, para desenhar um caminho de sucesso, de empreendedorismo, de afirmação, de capacidade para descolar do limite mínimo, num país que não precisava de ser uma potência mundial mas que tem tudo para ser muito melhor do que o que é. Assim se acabasse com alguns vícios. Se aparecerem políticos e dirigentes para ajudar, será mais fácil. Mas se não aparecerem, os portugueses vão ser capazes de avançar sem eles. 2011 não tem que estar derrotado à partida!

(artigo publicado no semanário A Voz de Trás-os-Montes, de 30 de Dezembro de 2010)