quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Terças-feiras no Almirante com Romeu e Julieta

Depois da estreia, na terça-feira, tivemos a oportunidade de ouvir os espectadores e colegas que assistiram ao «Romeu e Julieta - A Revolta». Era importante fazer isso, num trabalho que vai estar sempre em crescimento. De semana para semana vamos acrescentando pontos, desenvolvendo ideias, reforçando as atuações. É um espetáculo carregado de pequenas referências (personagens literárias e do cinema, músicas, História e questões do quotidiano) que podem expandir-se à medida que vamos trabalhando, num processo contínuo. É uma oportunidade de luxo poder trabalhar assim, com um pensamento claro de realizar um trabalho de excelência e oferecer o melhor ao nosso público.
Ao longo destes dias temos recebido várias reações por parte de quem nos assistiu, fosse através da página do Almirante (https://www.facebook.com/pages/AlmiranteBar/177862315584987?fref=ts), fosse por meio das nossas.
Na próxima terça-feira estamos de volta à revolta e assim vai ser todas as semanas. No final de março, levamo-la também à ilha de São Miguel, nos Açores.

Não deixem de vir às noites de café teatro no Almirante!

Fotografia: Cristina Delgado

Almirante
R. Comandante Sacadura Cabral, 106

Ponte De Frielas, Loures (Santo António dos Cavaleiros)

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Amanhã é dia de estreia!

Amanhã é dia de estreia. Mais uma estreia, mais um desafio a ser concretizado, mais um espetáculo a vir à luz. Todos são especiais, todos envolveram muito trabalho e todos valeram a pena. Com este também é assim.
«Romeu e Julieta - A Revolta» é o resultado de um processo iniciado há cerca de três meses. Passou por vários momentos, alguns de dúvida, mas essencialmente um processo que permitiu agora, dia 27, apresentar uma peça de café teatro e desenvolver um projeto que o espaço Almirante decidiu aceitar e apoiar.
Temos tudo pronto. Começamos às 22 horas. O único que ainda não entrou neste processo foi o público. Vai ser o último a fazê-lo. O último mas essencial para que o espetáculo existe.

Romeu e Julieta têm outra história para viver. Querem partilhá-la convosco!



Fotografias: Cristina Delgado

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

ROMEU E JULIETA - A REVOLTA

SINOPSE

William Shakespeare condenou Romeu e Julieta a um amor impossível. Agora, os dois jovens dizem “basta”. Depois de alguns séculos, Romeu e Julieta revoltam-se contra o autor que lhes deu vida e forçam uma viragem na sua história, vergados, porém, às regras que lhes estão impostas pelo texto universal de Shakespeare. Esta é uma comédia em torno da história de amor mais famosa do Teatro, uma desconstrução completa dos dois protagonistas.

Criação de Carlos Alves e Ana Campaniço

Estreia dia 27!



quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Um livro em fúria

Uma pessoa no meu estado não fode um mecânico ou um futuro Nobel porque se esqueceu de um cabrão, ou para o esquecer. Uma pessoa no meu estado fode um mecânico ou um futuro Nobel por se lembrar de um cabrão, e lembrando-o. Um dia, um pouco antes do apocalipse, alguém há-de calcular o dispêndio de tempo com cabrões na cabeça de quem fode.

Este excerto resume o percurso da personagem central do mais recente livro de Alexandra Lucas Coelho, um caminho feito para matar um homem. «O Meu Amante de Domingo» é uma história de rancor, ódio, desilusão e sexo, narrada numa linguagem dura e hostil, não só na forma das palavras como no próprio substrato. As viagens entre o Alentejo e Lisboa são pautadas por viagens paralelas ao mundo igualmente violento, cru e erótico de autores como Nelson Rodrigues, Balzac e James Joyce.

«O Meu Amante de Domingo» é essencialmente um texto cru, um grito de raiva pontuado por pormenores de grande qualidade e marcado por apontamentos de um humor negro sublime e extremamente bem conseguido.



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Estreia dia 27!

Recordamos que este mês estreamos a peça de café teatro no espaço AlmiranteBar (Sto. António dos Cavaleiros). Estamos a trabalhar numa produção cuidada, com todos os elementos necessários para fazer deste um interessante espetáculo de entretenimento para o nosso público.

Por ser este um projeto inteiramente novo e por querermos vê-lo arrancar com o máximo de afinação possível, decidimos, em acordo com a gerência do espaço Almirante, adiar a estreia por uma semana. É uma semana que vemos como crucial para amadurecer o trabalho e apresentá-lo tal como queremos. Preferimos todos esperar uma semana em vez de correr contra o tempo e contra o perfecionismo que queremos imprimir. Esperamos que entendam e esperamos por vós!

Até dia 27!



Gustavo!

Gustavo Santos, estou seriamente preocupado contigo. As redes sociais hoje falam muito de ti, Gustavo. O que aconteceu, Gustavo? Pessoas morreram ontem, Gustavo, e hoje é a ti que te atacam. Também não entendo, Gustavo. Eu sei que nada tens a ver com os hediondos crimes em França. Mas então porque é que as pessoas não gostam de ti, Gustavo? Talvez tenhas usado esta situação trágica para vingar os teus fantasmas, para enviar uma mensagem de alerta aos que um dia te caricaturizaram. É isso, não é, Gustavo? E todos perceberam isso e por isso estão chateados contigo, Gustavo. Mas, Gustavo, as pessoas são más! As pessoas encontram no dia a dia coisas para fazer piada, encontram motivos para rir, para lançar olhares irónicos sobre os assuntos que mexem connosco e, no teu caso, o assunto que mexe contigo és tu porque tu estás acima... ou no centro, tu és o mais importante da tua vida, e isso que, com clarividência, ensinavas nos teus vídeos. Obrigado, Gustavo! Obrigado também por nos quereres fazer perceber que o humor é coisa má e leva à morte. Ou, no mínimo, a um bom par de estalos. Cada pessoa devia estar quietinha no seu sítio, calada na sua vidinha, que já não teria pouco com que se ocupar, pagar os impostos e ir à Feira Popular ao domingo. Assim ninguém se chateava, Gustavo, e todos os dias amanheceriam tranquilos, inclusivamente para ti, que não te verias obrigado a publicar pensamentos radicais, proto-fascistas e ameaças encapuçadas. Eu sei que o fizeste só para os assustar, fizeste-o com sentido pedagógico, fizeste-o com um paternalismo terno que, ingratos!, não reconhecem e ainda desprezam. Perdoa-lhes se puderes, Gustavo!