sexta-feira, 3 de julho de 2015

O Festival da Fome

Na semana passada decorreu em Oeiras o Festival de Sushi da Europa. Eu não fui lá mas os que lá foram passaram fome. Ainda bem porque também foi isso que aconteceu sempre que amigos meus me forçaram a ir a um restaurante de sushi. Passei fome. Mas a culpa é minha, atenção! Na mente dos coisinhos do sushi, a culpa de não gostarmos de sushi é nossa. Não é do sushi, é nossa. Alguma coisa não está bem com uma pessoa que não tem prazer em meter coisas viscosas na boca. Mas então, os loucos por sushi que foram ao festival, contando encher o bandulho de peixe cru, passaram a fome dos desgraçados. Isto porque os cozinheiros (não sei se é assim que se chamam os tipos que enrolam postas de peixe) demoraram mais de duas horas até começarem a servir. Imagino o tempo que levariam se tivessem de cozinhar o peixe. Se me tivessem chamado, eu ia lá fazer umas brasas e em quinze minutos tínhamos sardinhada. Preferiram desprezar os tempos de cozedura, tramaram-se. Uma das pessoas, irritada, dizia: “Estive 3 horas na fila para comer sushi quente e com espinhas”. Quente? Vê lá se não estava cozido. É que se estava cozido, vomita. Peixe cozido é que não! Toda a gente sabe que o peixe é para comer cru, aliás o maior erro do Homem foi ter descoberto o fogo, porque isso não serve para nada. Eu gostava de desejar francas melhoras a todos os que se sentiram defraudados pelo festival e faço daqui um apelo à organização para que, no sentido de compensar as pessoas, promovam um grande cozido à portuguesa para todos. Vão ver que um bom fogão com água a ferver nunca desilude ninguém.

Alimentem-se!

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