quinta-feira, 13 de março de 2025

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES, uma criação de Carlos Alves, com foco na actividade artística em Portugal

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES é adormecer com a sensação de sermos incompreendidos

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES é não haver descanso

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES é uma história que porventura vai acabar mal

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES é um repositório de cenários que já não nos importam

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES é um país que preferimos pensar que não existe

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES é feito com muita fundamentação artística

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES é quando a Páscoa parece o Carnaval

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES é sussurrar e haver sempre alguém à espreita

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES é um espectáculo particularmente inovador, já não se via uma coisa assim há muitas décadas




sábado, 25 de janeiro de 2025

Direcção Geral das Artes, uma criação de Carlos Alves

O espectáculo DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES propõe um olhar dramatúrgico sobre contemporaneidade e tradição nas artes performativas. Contando com contributos de muitas pessoas que trabalham em Teatro em Portugal, o texto do espectáculo tenta um olhar sobre as profundezas da nossa contemporaneidade. Fala da(s) nossas(s) identidade(s) e da procura a que ela(s) nos obriga(m). O dispositivo cénico expõe visual e iconograficamente referências ao teatro feito em Portugal nos últimos 20 anos.

DIRECÇÃO GERAL DAS ARTES explora as ansiedades da criação contemporânea, cruzando a pretensão de encaixar nas linhas de programação com uma pesquisa sobre formas identitárias submersas na memória colectiva de um país. Entre possibilidades e impossibilidades, o drama desafia os medos e as tensões humanas, expondo o teatro como um espaço de relação entre o nosso tempo e os ecos do nosso passado.
"A contemporaneidade arruma com tudo a um canto e transforma o teatro numa confusão de livros e papéis, deixando os teatros reduzidos a repositórios de cenários que já não se querem"

AUTORIA E ENCENAÇÃO Carlos Alves
INTERPRETAÇÃO Carlos Alves, Henrique Gomes, João Pires, Mariana Fonseca, Mariana Guarda, Sandra Sousa
ASSISTÊNCIA DE ENCENAÇÃO Lau Robert
PRODUÇÃO Ver Imperfeito
ASSISTÊNCIA DE PRODUÇÃO Lau Robert
CENOGRAFIA Carlos Alves, Silva Henriques
COMUNICAÇÃO E IMAGEM Ana Ferreira, Ver Imperfeito
AGRADECIMENTOS Espaço Imperfeito, Escola Secundária de Camões
APOIO Junta de Freguesia de Carnide, Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, Centro Cultural de Carnide
Projecto financiado por Fundação GDA
Texto do espectáculo escrito no contexto de bolsa literária da DGLAB - Direção-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas

TEATRO MUNICIPAL AMÉLIA REY COLAÇO
28 e 29 de Março
4 e 5 de Abril
21h
CENTRO CULTURAL DE CARNIDE
10 a 13 de Abril
(de quinta a sábado às 21h; domingo às 17h)


Foto: Ana Ferreira (direitos reservados)

sexta-feira, 12 de julho de 2024

Sobre o texto PORTUGAL

No podcast do teatroàfaca, uma conversa sobre o texto para cena PORTUGAL (autoria: Carlos Alves, 2023). O texto teve leitura encenada, no dia 1 de Junho de 2024, no Avenidas - Um teatro em cada bairro, por Afonso Molinar, Maria Jorge, José Leite e Rita Silvestre.

 
Este texto foi criado no âmbito dos Encontros de Dramaturgia com Patrícia Portela, promovidos por Mickael de Oliveira no Teatro Oficina, em Guimarães, ao longo de 2023. Ele é resultado de uma pesquisa feita em torno das mitologias nacionais e de várias ideias de patriotismo e nacionalismo. A obra de Alexandre Herculano, nomeadamente a sua História de Portugal e consequentes polémicas documentadas, o livro O Meu País de Maria Filomena Mónica e o ensaio Pessimismo Nacional de Manuel Laranjeira foram textos muito relevantes no processo de investigação. À literatura acresceu um conjunto de conversas com várias pessoas sobre as suas visões do patriotismo e da ideia que têm de Nação e de Pátria. A identidade nacional e as ficções a ela associadas são o mote para a construcção desta nova ficção. A estruturação formal em cinco actos e um epílogo, o Coro, as características atribuídas às personagens são elementos que procuram levar a peça para um anacronismo forçado. É dessa visão anacrónica sobre um país, a sua dramaturgia (mais ou menos existente) e as suas mitologias que parto. Reconheço os riscos de escrever sobre sentimentos irracionais, e temo que patriotismo seja um dos mais representativos desse tipo de sentimentos. Talvez este texto e este espectáculo possam desiludir quem dele esperar uma exaltação da pátria portuguesa ou possam ferir quem acha que não se brinca com sentimentos tão nobres. Aqui, as ideias de identidade nacional reportam muito mais ao passado do que ao futuro. Elas estão alicerçadas numa história mais ou menos lendária, mais ou menos heróica; mas o futuro é sempre de incerteza, de medo e de nevoeiro. “Enquanto se espera o dia último, ninguém deve dizer que nenhum país foi feliz. O início, a existência e a morte de qualquer um foi, é e será sempre apenas uma ficção. Assim também Portugal” (excerto do texto).

Escrever teatro em português

É uma falsa percepção esta de que o teatro português não tem quem o escreva. As falsas percepções, por norma, têm origem em falta de atenção. Então, é melhor tomarmos mais atenção.


Crónica publicada no jornal Público - P3, em 17 de Janeiro de 2024. Para ler, na íntegra, aqui.



quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Síntese "Para Acabar de Vez com o Humor" - apresentações em Lisboa (Dezembro 2023)


PARA ACABAR DE VEZ COM O HUMOR é a minha promessa para o ano novo.

Estreado em Lisboa, Dezembro de 2023, na Escola do Largo. Circulação nacional a começar em 2024.



 

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

PARA ACABAR DE VEZ COM O HUMOR

 PARA ACABAR DE VEZ COM O HUMOR

uma criação de Carlos Alves

Estreia

Escola do Largo - Lisboa

8, 9 e 10 de Dezembro

Sexta-feira e sábado, 21 horas

Domingo, 17 horas


Um actor fez apresentações de stand up comedy em bares e clubes durante quatro anos e um mês. Depois, prometeu a si próprio que nunca mais faria; as razões para essa promessa vão sendo conhecidas ao longo do espectáculo. Agora, está novamente sozinho num palco em frente a um público. Como fugir de uma prática quando se começa tão próximo dela? Tudo o que o intérprete rejeita na stand up comedy (e rejeita quase tudo) teima perigosamente em aparecer na cena. Passo a passo será necessário impedir o humor de entrar mas, na comédia, as coisas que não se quer que aconteçam acabam sempre por acontecer. E no drama também. Poderá estar aqui o ponto de comunhão entre os dois géneros. 

Com autoria, pesquisa e interpretação de Carlos Alves, este é um trabalho artístico sobre as questões do humor, da liberdade, realizado a partir de um trabalho de campo e de experimentação no mundo da stand up comedy em Portugal. O espectáculo fala de um período de quatro anos e um mês em que o autor e intérprete se envolveu na escrita e actuação em comédia, para uma reflexão sobre as direcções que o humor pode tomar. "Em algum momento deste processo me devo ter perdido dos verdadeiros propósitos do humor", diz-se a dado momento do espectáculo. Ou então usar o humor como uma arma pode também ser uma forma mais eficaz de acabar com ele.

FICHA TÉCNICA

Pesquisa, dramaturgia e interpretação: Carlos Alves

Sonoplastia e Espaço Cénico: Carlos Alves

Operação de Luz e Som: Laura Robert

Produção e Comunicação: Ver Imperfeito

Assistência de Produção: Laura Robert

Fotografia: Ana Ferreira

Ensaios: Espaço Imperfeito

Apoios: Escola do Largo, Espaço Imperfeito, Ver Imperfeito


BILHETES/ RESERVAS:

reservas.verimperfeito@gmail.com


segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Lançamento do livro PALCO INTERIOR

No passado dia 30 de Setembro, na Sala Peripécia, em Benagouro (Vila Real), juntamente com a estreia do documentário Palco Interior, foi lançado o livro com o mesmo nome. As duas obras são complementares enquanto resultado deste processo de pesquisa, experimentação, filmagens, escrita e edição.

Por se complementarem, elas estão agora unidas: o livro traz consigo um QR code que permite aceder ao documentário online.

O livro inclui ainda a versão integral do texto para cena "Regresso a Casa", escrito durante e a partir desta pesquisa, iniciada em Julho de 2022 e terminada em Agosto de 2023.

Livro e documentário apresentam um retrato da realidade teatral na região de Vila Real, reflectindo sobre as questões da interioridade geográfica no nosso país, o trabalho artístico que ali se promove e concretiza, as principais companhias de teatro profissional a actuar no território, os seus desejos, ânsias e projectos.

No sábado passado, dia 30, tivemos oportunidade de assistir e conversar sobre tudo isto, numa plateia lotada e muito atenta a este olhar sobre a sua própria realidade.

Quanto ao livro, ele está disponível. Pode ser encomendado aqui.






sábado, 16 de setembro de 2023

Estreia do documentário PALCO INTERIOR em Vila Real

 

PALCO INTERIOR fala da realidade artística e teatral da cidade e região de Vila Real. Realizado por Carlos Alves (dramaturgo, encenador e actor) e apoiado pela Direção-Geral das Artes, conta com a participação de actores, actrizes, encenadores/as e directores artísticos das principais companhias de teatro de Vila Real e também do Teatro de Vila Real. É um retrato das vivências artísticas no interior norte português.

PALCO INTERIOR é o resultado de um processo de investigação que durou um ano e resultou num documento único até ao momento sobre o período actual e a história recente do teatro em Vila Real.

Envolve actrizes, actores, encenadores, directores artísticos, todos têm em comum viverem e trabalharem numa região do interior do país. Este documentário trilha os caminhos do teatro que é feito na região transmontana do distrito de Vila Real. É nos percursos da itinerância, na relação com os públicos, na ligação entre a região e o resto do país que as conversas se encontram. Esta é uma oportunidade para ouvir na primeira pessoa as histórias, as sensibilidades, os desejos, as lamentações, as alegrias, as concretizações e os sonhos e ambições de gentes que fazem de um território o seu palco e do teatro o seu modo de vida.

Este documentário também é sobre estar e regressar. Para o seu autor, foi um regresso a casa. Este lado autobiográfico impôs-se no processo e deixámo-lo entrar.


Pesquisa, Registo e Edição: Carlos Alves

Intervenientes: Bibiana Mota, Carlos Alves, David Carvalho, Débora Ribeiro, Fábio Timor, Glória de Sousa, Helena Vital Leitão, Noelia Domínguez, Rui A. Araújo, Sérgio Agostinho

Produção: Carlos Alves e Ver Imperfeito

Design gráfico cartaz: Alexandra Teixeira

Apoios: República Portuguesa – Cultura | Direção-Geral das Artes, Teatro Municipal de Vila Real, Filandorra – Teatro do Nordeste, Peripécia Teatro, Urze Teatro




quarta-feira, 19 de julho de 2023

PALCO INTERIOR - estreia em Setembro

 PALCO INTERIOR fala de teatro no interior do país e de teatro no resto do mundo; fala de sonhos e de beleza; de utopias e épocas magnânimes; fala de crises financeiras e épocas turbulentas; fala de prestígio e orgulho; fala de preconceito e de estreias; fala dos primeiros espectáculos e dos espectáculos que estão por acontecer; fala de uma cidade e do seu público; fala de uma região e de um país. Tem história, tem actualidade, tem memória, tem autobiografia, tem crítica, tem emoção e tem razão.

Este documentário de uma hora e meia que consegui realizar só funciona porque as pessoas que nele participam dizem realmente coisas interessantes. Se algum mérito tenho foi o de as querer ouvir.
Não me apetece lançar este trabalho para o meio de um mês de Agosto pleno de praia, festas e distrações. Então esperamos por Setembro para que se possa fazer uma apresentação cuidada e feliz.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

PALCO INTERIOR (teaser #2)

 


um documentário de Carlos Alves
Em Vila Real, um estudo sobre a nossa interioridade.
Produção: Ver Imperfeito
Apoios: República Portuguesa | Direção-Geral das Artes Filandorra - Teatro do Nordeste Teatro de Vila Real Urze Teatro

(No vídeo: Débora Ribeiro, Carlos Alves, Bibiana Mota, Helena Vital e David Carvalho - Director Artístico da Filandorra - Teatro do Nordeste)

PALCO INTERIOR - um documentário de Carlos Alves (teaser #1)

Esta é a primeira amostra do documentário PALCO INTERIOR.

Resultado de um longo processo de investigação em artes performativas, a decorrer em Vila Real, promovido por Carlos Alves, com o apoio do Ministério da Cultura - Direção-Geral das Artes e de algumas instituições culturais daquela cidade, nomeadamente o Teatro Municipal de Vila Real e as companhias de teatro Filandorra e Urze, o documentário será apresentado nos próximos meses.

O processo de pesquisa e filmagens ainda decorre.


domingo, 5 de setembro de 2021

"13 de Maio" premiado na Galiza


O júri destacou, no texto 13 de Maio, "uma proposta que sugere, mais do que indica, uma analogia entre a festividade da Virgem de Fátima, a origem simbólica das personagens com nomes bíblicos e uma aproximação ao conflito de género a partir de uma posição original e poética" (tradução minha, que pode ser lida, no original, na notícia sobre a atribuição do III Prémio PLATTA).

O prémio é atribuído pela Erregueté - Revista Galega de Teatro. O texto será agora traduzido para galego e castelhano.

 

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Não se reinventa o que já está inventado

Também porque há um Ministério que não tem respostas nem as procura dar; também porque há uma ministra que desconhece o que tutela e trata-o com desdém e propaganda; também porque o desinteresse político pela Cultura em Portugal é sistémico; e ainda porque a relação da sociedade civil com a Cultura é deficiente; porque, por exemplo, as artes não fazem parte dos currículos escolares obrigatórios; porque os trabalhadores da Cultura são vistos com maus olhos por comentadores de sofá; porque ainda somos tratados como subsídio dependentes, quando, na verdade, contribuímos como os outros para a riqueza nacional, para as finanças públicas e para o sistema de Segurança Social (nunca me passaria pela cabeça achar que um professor ou um médico é um subsídio dependente mas quando toca aos profissionais da Cultura parece que há quem ache que temos de pedir desculpa por existir); porque quando passamos por dificuldades somos chamados de choramingas; porque, numa democracia, reivindicar alguma coisa nunca pode ser sinónimo de choramingar, ou então há qualquer coisa que está a falhar na percepção dessa democracia; porque nos pedem que nos reinventemos quando ainda temos tanto para fazer de coisas que já estão inventadas; a reinvenção que nos propõem é fazer directos no instagram?!, a sério que querem ver directos no instagram para o resto da vossa vida?! E os técnicos e os frentes de sala e as pessoas das bilheteiras e os produtores e os cenógrafos, figurinistas, directores de cena, sonoplastas, pintores, escultores, escritores, arqueólogos, bibliotecários, investigadores e tantos, tantos mais, vão todos fazer directos para o instagram?! É a isso que se chama reinvenção? Não, isso não é reinvenção. A reinvenção acontece todos os dias na vida de quem trabalha nas Artes e na Cultura, todos os dias em que escreve, pesquisa, ensaia, desanima e volta a tentar, ultrapassa obstáculos enormes para criar, a reinvenção acontece todos os dias e não é no instagram, é na vida. O texto já vai longo, achou eu, mas estou só a reinventar-me. A grande reinvenção era, de repente, acordar num país em que estas pessoas todas que referi tinham um espaço e que não precisassem, como estou, na prática, a fazer agora, de mendigar pela valorização do seu trabalho. Quando nos pedem reinvenção, não sabem o que estão a pedir porque passam a maior parte do tempo distraídos do que nós fazemos.

Por tudo isto e pela reinvenção de tudo isto, amanhã as trabalhadoras e os trabalhadores da Cultura e das Artes estão na rua! Não podemos estar todos, a protecção da saúde e o distanciamento social não favorecem a união, mas estamos unidos e unidas na mesma, entre os que vão à rua e os que darão suporte a partir das suas casas. Por todos os colegas que estão a passar graves necessidades mas também porque o futuro não pode ser mais igual ao que fomos até agora, o futuro da Cultura não pode ser desprezo, desespero e súplica. Portugal vale muito mais do que isso enquanto país e enquanto povo.

quinta-feira, 30 de abril de 2020

Que as Vozes se Façam Ouvir


  • A existência de um sector cultural no país depois da pandemia é tão crucial como era a sua existência antes;
  • não precaver a manutenção desse sector agora é declarar-lhe uma morte anunciada;
  • assegurar a Cultura às populações é uma das funções do Estado, salvá-la em tempo de emergência é uma obrigação;
  • é importante preparar o futuro mas é urgente resolver o presente;
  • não há regime de teletrabalho para os artistas nem linhas de crédito os podem socorrer; linhas de crédito não se aplicam a uma actividade que não é, nem tem de ser, lucrativa; os seres humanos não têm todos de dar lucro ou nem só de pão vive o homem;
  • não peçam aos artistas que façam vídeos em casa para passar o tempo e criar conteúdo; eu também não vos peço que me façam bolos sem sequer vos oferecer um saco de farinha;
  • o presente precisa de medidas urgentes para manter a classe artística e os profissionais do espectáculo a salvo; só assim poderão dizer “presente” quando finalmente os deixarem entrar em cena, depois de todas as outras pessoas;
  • essas medidas podem ser profícuas, podem ajudar a definir um modelo novo, assim houvesse vontade de arriscar uma vida nova sem os mesmos formulários de sempre, os mesmos conceitos tecnocráticos de sempre, os mesmos de sempre;
  • preparar o depois é construir o que não havia antes;
  • se os artistas agora estão gravemente afectados é porque antes não estavam mais seguros;
  • a criação cultural é o que nos separa da barbárie, da ignorância e da submissão;
  • um país afirmativo é aquele que valoriza os seus artistas mais reconhecidos, dá lugar aos menos reconhecidos e deixa ouvir a voz dos novos criadores;
  • um país afirmativo não se afirma com meia dúzia, afirma-se com todos;
  • a Direcção Geral das Artes não pode ser só a direcção geral dos concursos;
  • a arte não é um concurso, na arte todos podem ir a jogo e ficar em jogo;
  • por estes dias, nós estamos a trabalhar, mesmo que vocês não vejam, e se não veem é porque não podemos mostrar.

Um país afirmativo não deixaria que, no futuro, tal como no passado, nas artes muitas vozes não se façam ouvir. E afinal os artistas só estão a pedir aquilo que qualquer cidadão pede, que lhes sejam atribuídos direitos. Porque os nossos deveres nós conhecemos e fazemos por cumpri-los. Assim nos deixem cumprir ainda mais.