sábado, 27 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Assim é que está bem!
O Papa exprimiu numa entrevista, que agora saiu em livro, aquela que é a posição da Igreja sobre o preservativo há já muitos anos. Os jornais, as televisões, os que não podem com a palavra Vaticano e até a ministra da Saúde de Portugal (veja-se!) não cabem em si de excitação. Porque pensam que a Igreja mudou de opinião.
Ora, antes eram ignorantes porque não conheciam realmente a opinião da Igreja, não se coibindo mesmo assim de a atacar (e daqui tiro a sra. ministra, que nunca vi a atacar nada a não ser o vírus H1N1). Agora, continuam a ser ignorantes porque julgam que essa opinião mudou, quando na verdade é igual só que explicada... lá está, para ignorantes.
O que Bento XVI diz, no tal livro, é um resumo fiel do que a Igreja sempre defendeu em relação ao preservativo. Não é mais nem menos, não é melhor nem pior, é igual. Pelo que certas manchetes de jornais só têm uma explicação: precipitação acompanhada de mau aprofundamento dos temas.
Já a explicação para que os que antes criticavam e agora aplaudem é que faziam tanto barulho a criticar que não eram capazes de ouvir. Muito menos sentar-se frente a um computador e ler na Internet os textos da Igreja sobre o preservativo. Dizer o que nos vem à cabeça dá muito menos trabalho e faz-nos parecer mais intelectuais. Até ao dia em que passamos a demonstrar publicamente que o nosso pensamento flutua ao sabor das primeiras páginas, por exemplo, do Jornal de Notícias.
Ora, antes eram ignorantes porque não conheciam realmente a opinião da Igreja, não se coibindo mesmo assim de a atacar (e daqui tiro a sra. ministra, que nunca vi a atacar nada a não ser o vírus H1N1). Agora, continuam a ser ignorantes porque julgam que essa opinião mudou, quando na verdade é igual só que explicada... lá está, para ignorantes.
O que Bento XVI diz, no tal livro, é um resumo fiel do que a Igreja sempre defendeu em relação ao preservativo. Não é mais nem menos, não é melhor nem pior, é igual. Pelo que certas manchetes de jornais só têm uma explicação: precipitação acompanhada de mau aprofundamento dos temas.
Já a explicação para que os que antes criticavam e agora aplaudem é que faziam tanto barulho a criticar que não eram capazes de ouvir. Muito menos sentar-se frente a um computador e ler na Internet os textos da Igreja sobre o preservativo. Dizer o que nos vem à cabeça dá muito menos trabalho e faz-nos parecer mais intelectuais. Até ao dia em que passamos a demonstrar publicamente que o nosso pensamento flutua ao sabor das primeiras páginas, por exemplo, do Jornal de Notícias.
domingo, 7 de novembro de 2010
Anúncio Teleponto para Rádios Locais
Inauguro hoje o novo spot publicitário deste estabelecimento, desta vez em versão para rádios locais. Aqui está ele:
sábado, 16 de outubro de 2010
Televisão Gourmet
A RTP estreia hoje a série A Noite do Fim do Mundo. É mais um dos projectos produzidos no âmbito das comemorações do Centenário da República. Teremos de esperar por logo à noite para apreciar a qualidade do trabalho mas a expectativa é boa, depois da exibição de O Segredo de Miguel Zuzarte, uma das boas coisas que a televisão pública apresentou este ano.
Ainda assim continuo a achar que é pena que as televisões e sobretudo a RTP façam deste tipo de produções uma excepção, quase como se fosse televisão gourmet. Mas na verdade era por aqui que o serviço público devia caminhar. Fazer televisão de qualidade independentemente de celebrações históricas ou datas especiais. Não estou a sugerir que a RTP produza séries destas todos os dias, mas seria óptimo se equiparasse toda a programação a este nível de exigência. Não peço isto às privadas, mas à RTP, para que a existência de um serviço público de televisão continue a fazer sentido, acho que não isto não é pedir de mais.
Ainda assim continuo a achar que é pena que as televisões e sobretudo a RTP façam deste tipo de produções uma excepção, quase como se fosse televisão gourmet. Mas na verdade era por aqui que o serviço público devia caminhar. Fazer televisão de qualidade independentemente de celebrações históricas ou datas especiais. Não estou a sugerir que a RTP produza séries destas todos os dias, mas seria óptimo se equiparasse toda a programação a este nível de exigência. Não peço isto às privadas, mas à RTP, para que a existência de um serviço público de televisão continue a fazer sentido, acho que não isto não é pedir de mais.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Curso de TV - Cenjor 2009
Trabalho final de apresentação de telejornal, no Curso de Televisão do Cenjor.
Carlos Alves
2009
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Informação
O Teatro Ibérico está a promover um Workshop de Voz.
É uma oportunidade para aprender técnicas que favorecem uma melhor utilização deste instrumento e um curso muito útil para profissionais que dependem do seu trabalho de voz, desde actores a professores, empresários, cantores e outros.
Este workshop também pode ser bastante importante para resolver certos problemas de fala, como sejam a dificuldade na emissão de consoantes.
O workshop decorrerá no Teatro Ibérico, de 20 de Outubro a 6 de Novembro, com duração de 18 horas.
Mais informações, aqui.
É uma oportunidade para aprender técnicas que favorecem uma melhor utilização deste instrumento e um curso muito útil para profissionais que dependem do seu trabalho de voz, desde actores a professores, empresários, cantores e outros.
Este workshop também pode ser bastante importante para resolver certos problemas de fala, como sejam a dificuldade na emissão de consoantes.
O workshop decorrerá no Teatro Ibérico, de 20 de Outubro a 6 de Novembro, com duração de 18 horas.
Mais informações, aqui.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Orçamento Participativo de Lisboa. Eu votei no Teatro Ibérico.
Durante este mês de Outubro decorrem as votações para o Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Lisboa. Trata-se de uma verba a ser destinada a projectos escolhidos pelos munícipes. Estão vários projectos a concurso. Eu já votei e não tive dúvidas sobre qual escolher.
Dediquei o meu voto ao projecto de recuperação do Teatro Ibérico, na esperança firme de que consiga a votação suficiente para receber a quantia que o Orçamento Participativo lhe destinar. Isso seria muito importante para a manutenção em funcionamento daquele espaço e seria muito mau que Lisboa perdesse um teatro com tantos espectáculos e tantos prémios ganhos.
Actualmente a IGAC (Inspecção Geral das Actividades Culturais) de acordo com as actuais leis que regem os espaços cénicos e, por razões de segurança, exige modificações estruturais no Teatro Ibérico, entre elas estão:
- a substituição de toda a madeira que reveste a plateia por material anti-fogo;
- alteração e substituição do tecto da plateia;
- alteração e substituição de todo equipamento e material eléctrico do palco e régie;
- reconstrução da teia do palco com guarda-corpos;
- reforma do bar.
Sem essas obras a IGAC fechará as portas do Teatro Ibérico.
Desde o ano 2000 que o Ministério da Cultura deixou de contemplar o Teatro Ibérico no que toca à atribuição de apoios. Não obstante, a Companhia do Teatro Ibérico tem prosseguido com uma programação regular de produções teatrais, sobrevivendo apenas com as receitas das bilheteiras.
Mas, para realizar estas obras extremamente necessárias, essas receitas não chegam. Por isso, o Ibérico se candidatou ao Orçamento Participativo.
No ano passado, dos 12 projectos mais votados e contemplados, o Teatro Ibérico ficou colocado em 13º lugar com uma diferença de apenas 4 votos, portanto, com mais um pouco de força será possível evitar o encerramento do Teatro Ibérico, que é um dos espaços teatrais mais belos de Portugal.
É fácil votar e não custa nada.
Pode fazer-se online, no site do orçamento participativo. Basta registar-se no site, é muito simples. O projecto do Teatro Ibérico é nº 548.
Seguindo estes passos é muito fácil e rápido chegar lá:
1) no campo "Palavra-Chave" escreva Teatro Ibérico
2) no campo "Áreas" escolha Cultura
3) no campo "Freguesia" escolha Beato
4) mais abaixo basta clicar em "VOTAR PROJECTO"
E já está. A votação começa hoje e irá até 31 de Outubro.
Para que possamos acompanhar a votação, seria interessante que as pessoas que votarem, enviem uma confirmação do voto a dizer "VOTEI" para o seguinte e-mail: teatroiberico@sapo.pt.
Se estão interessados em apoiar uma casa que tem trabalho feito e que necessita realmente de algum dinheiro para poder continuar a trabalhar, a bem da Cultura em Lisboa, vote na recuperação do Teatro Ibérico. Eu já o fiz.
Dediquei o meu voto ao projecto de recuperação do Teatro Ibérico, na esperança firme de que consiga a votação suficiente para receber a quantia que o Orçamento Participativo lhe destinar. Isso seria muito importante para a manutenção em funcionamento daquele espaço e seria muito mau que Lisboa perdesse um teatro com tantos espectáculos e tantos prémios ganhos.
Actualmente a IGAC (Inspecção Geral das Actividades Culturais) de acordo com as actuais leis que regem os espaços cénicos e, por razões de segurança, exige modificações estruturais no Teatro Ibérico, entre elas estão:
- a substituição de toda a madeira que reveste a plateia por material anti-fogo;
- alteração e substituição do tecto da plateia;
- alteração e substituição de todo equipamento e material eléctrico do palco e régie;
- reconstrução da teia do palco com guarda-corpos;
- reforma do bar.
Sem essas obras a IGAC fechará as portas do Teatro Ibérico.
Desde o ano 2000 que o Ministério da Cultura deixou de contemplar o Teatro Ibérico no que toca à atribuição de apoios. Não obstante, a Companhia do Teatro Ibérico tem prosseguido com uma programação regular de produções teatrais, sobrevivendo apenas com as receitas das bilheteiras.
Mas, para realizar estas obras extremamente necessárias, essas receitas não chegam. Por isso, o Ibérico se candidatou ao Orçamento Participativo.
No ano passado, dos 12 projectos mais votados e contemplados, o Teatro Ibérico ficou colocado em 13º lugar com uma diferença de apenas 4 votos, portanto, com mais um pouco de força será possível evitar o encerramento do Teatro Ibérico, que é um dos espaços teatrais mais belos de Portugal.
É fácil votar e não custa nada.
Pode fazer-se online, no site do orçamento participativo. Basta registar-se no site, é muito simples. O projecto do Teatro Ibérico é nº 548.
Seguindo estes passos é muito fácil e rápido chegar lá:
1) no campo "Palavra-Chave" escreva Teatro Ibérico
2) no campo "Áreas" escolha Cultura
3) no campo "Freguesia" escolha Beato
4) mais abaixo basta clicar em "VOTAR PROJECTO"
E já está. A votação começa hoje e irá até 31 de Outubro.
Para que possamos acompanhar a votação, seria interessante que as pessoas que votarem, enviem uma confirmação do voto a dizer "VOTEI" para o seguinte e-mail: teatroiberico@sapo.pt.
Se estão interessados em apoiar uma casa que tem trabalho feito e que necessita realmente de algum dinheiro para poder continuar a trabalhar, a bem da Cultura em Lisboa, vote na recuperação do Teatro Ibérico. Eu já o fiz.
domingo, 12 de setembro de 2010
Setembro
Tenho uma paixão pelo mês de Setembro. É rigorosamente uma paixão, porque os sintomas são exactamente os mesmos que se sentem quando estamos apaixonados, por alguém, não por um mês. Mas eu também me apaixono por meses. E Setembro tem, para mim, uma magia especial; e eu trocava o mês de Fevereiro, que é coxo, inútil e ainda por cima tem o Carnaval, por mais um como Setembro. Mas aos calcanhares de Setembro só talvez Dezembro seja capaz de chegar, ainda assim de uma forma muito diferente. Eu não estou nem nunca estive apaixonado por Dezembro. Tenho quando muito uma amizade colorida, talvez potenciada pelas luzinhas de Natal.
Mas Setembro é diferente. Sentimo-nos esvaziar, a nós e aos outros, da pitoresca e estupidificante euforia do mês de Agosto, que, aliás, começa a provocar tonturas logo a partir de Julho (dois meses pelos quais nunca me apaixonaria). Setembro devolve doses de sensatez à alegria do Verão. Por outro lado, é o mês das coisas novas. Em Setembro começa sempre um novo ciclo. É verdade que é a passagem de ano que celebramos com pompa e circunstância, convictos do "ano novo, vida nova" que sabemos que não é assim. Janeiro chega e não traz mudança nenhuma. Quando muito, em Janeiro, aumentam os preços e os impostos. Mas nós, com um governo socialista, podemos ter aumento de impostos a qualquer altura, pelo que já nem essa tradição se mantém. Em última análise, dir-se-ia que até Janeiro é uma vítima de governos socialistas. Porque, de facto, ficou sem nada para mostrar. Apanha meio mundo (ou mais) alcoolizado, instala-se e quando damos por ele voltamos à nossa vida normal, aos nossos projectos que já vêm do ano passado e, afinal, não se iniciou nenhum ciclo, só tivemos que comprar um calendário e uma agenda novos.
Com Setembro é outra coisa. Porque a nossa sociedade gere o ano em função do Verão. Não vale a pena fingir. Festeja a chegada do novo ano mas é no Verão que está sempre a pensar. Portanto, é depois do Verão que tudo começa ou recomeça. Então, o ciclo abre-se em Setembro. A conclusão é esta. É ao nono mês do ano que o ano começa para nós. É em Setembro que pensamos quando em Janeiro falamos de vida nova.
Está assim explicada a minha predilecção por este mês. Mas não é só. Setembro está impregnado de nostalgia. É normal. Porque muitos momentos importantes da nossa vida aconteceram ou começaram a acontecer em Setembro. Não pensamos nisso. Mas sentimo-lo... quando Setembro vem.
Mas Setembro é diferente. Sentimo-nos esvaziar, a nós e aos outros, da pitoresca e estupidificante euforia do mês de Agosto, que, aliás, começa a provocar tonturas logo a partir de Julho (dois meses pelos quais nunca me apaixonaria). Setembro devolve doses de sensatez à alegria do Verão. Por outro lado, é o mês das coisas novas. Em Setembro começa sempre um novo ciclo. É verdade que é a passagem de ano que celebramos com pompa e circunstância, convictos do "ano novo, vida nova" que sabemos que não é assim. Janeiro chega e não traz mudança nenhuma. Quando muito, em Janeiro, aumentam os preços e os impostos. Mas nós, com um governo socialista, podemos ter aumento de impostos a qualquer altura, pelo que já nem essa tradição se mantém. Em última análise, dir-se-ia que até Janeiro é uma vítima de governos socialistas. Porque, de facto, ficou sem nada para mostrar. Apanha meio mundo (ou mais) alcoolizado, instala-se e quando damos por ele voltamos à nossa vida normal, aos nossos projectos que já vêm do ano passado e, afinal, não se iniciou nenhum ciclo, só tivemos que comprar um calendário e uma agenda novos.
Com Setembro é outra coisa. Porque a nossa sociedade gere o ano em função do Verão. Não vale a pena fingir. Festeja a chegada do novo ano mas é no Verão que está sempre a pensar. Portanto, é depois do Verão que tudo começa ou recomeça. Então, o ciclo abre-se em Setembro. A conclusão é esta. É ao nono mês do ano que o ano começa para nós. É em Setembro que pensamos quando em Janeiro falamos de vida nova.
Está assim explicada a minha predilecção por este mês. Mas não é só. Setembro está impregnado de nostalgia. É normal. Porque muitos momentos importantes da nossa vida aconteceram ou começaram a acontecer em Setembro. Não pensamos nisso. Mas sentimo-lo... quando Setembro vem.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
O Rodrigo estava a pedi-las
Como espectador, não percebo o interesse da entrevista de ontem a Luís Filipe Vieira na SIC. E entendo ainda menos o destaque e a análise pormenorizada que as outras televisões, nomeadamente a RTP, lhe estão a dar. Não me chocaria se hoje ninguém falasse daquela entrevista, uma vez que ela de relevante nada teve. Choca-me, sim, que hoje ainda se perca um minuto que seja de noticiário com ela.
O facto de as televisões pegarem naquele assunto só comprova que estão a funcionar como um rebanho. Para onde uma vai, vão todas. Se a SIC entrevista Luís Filipe Vieira, por mais inconsequente que seja a entrevista, todas vão atrás e conseguem, por estranho que pareça, preencher dois minutos de telejornal com uma súmula da dita. É preciso imaginação!
Se a RTP ainda conservasse os "Contemporâneos" na sua grelha seria compreensível que Vieira ocupasse não dois mas pelo menos dez minutos. Mas o acto - absolutamente terceiro mundista e ridículo para o presidente de um clube que aspira a voltar a ter dimensão europeia - de levar camisolas para oferecer a um jornalista é só uma consequência de más escolhas editoriais.
Talk shows à parte, aquele era um programa de informação, e se é lamentável que se ocupe espaço de um telejornal com falta de actualidade e de assunto, ainda é mais deplorável que no dia seguinte se perca tempo a tentar gerar notícia. Objectivamente, não houve.
O embaraço que Rodrigo Guedes de Carvalho sentiu ao ver ser-lhe entregue uma camisola do Benfica em pleno Jornal da Noite é merecido. Ao convidar aquela personalidade não podia estar à espera de uma entrevista séria e oportuna. Assunto não havia, relevância também não, só podia sobrar folclore.
O facto de as televisões pegarem naquele assunto só comprova que estão a funcionar como um rebanho. Para onde uma vai, vão todas. Se a SIC entrevista Luís Filipe Vieira, por mais inconsequente que seja a entrevista, todas vão atrás e conseguem, por estranho que pareça, preencher dois minutos de telejornal com uma súmula da dita. É preciso imaginação!
Se a RTP ainda conservasse os "Contemporâneos" na sua grelha seria compreensível que Vieira ocupasse não dois mas pelo menos dez minutos. Mas o acto - absolutamente terceiro mundista e ridículo para o presidente de um clube que aspira a voltar a ter dimensão europeia - de levar camisolas para oferecer a um jornalista é só uma consequência de más escolhas editoriais.
Talk shows à parte, aquele era um programa de informação, e se é lamentável que se ocupe espaço de um telejornal com falta de actualidade e de assunto, ainda é mais deplorável que no dia seguinte se perca tempo a tentar gerar notícia. Objectivamente, não houve.
O embaraço que Rodrigo Guedes de Carvalho sentiu ao ver ser-lhe entregue uma camisola do Benfica em pleno Jornal da Noite é merecido. Ao convidar aquela personalidade não podia estar à espera de uma entrevista séria e oportuna. Assunto não havia, relevância também não, só podia sobrar folclore.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Tenho uma pronúncia tão boa que até sei estragar a dos outros
Um dos passatempos preferidos de muitas pessoas de Lisboa é imitar aquilo que dizem ser a pronúncia transmontana. Limitam-se a carregar (demais) nas sibilantes e a entoar os ditongos «ao» e «oes» com mau sotaque do Porto (porque para elas é tudo a mesma coisa). O resultado é confrangedor. Não sei onde é que elas ouviram isso mas não se fala assim nem em Trás-os-Montes nem na Alemanha nem em lado nenhum. Porque é que insistem? Não sei. Mas se soubessem a figura ridícula e a aproximação ao mongloidismo que atingem, desistiam. Se virem alguém nesses propósitos, avisem-no.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Corte e Cultura
Excelente crónica de Vítor Belanciano no P2 de hoje sobre a Cultura em tempo de crise. Ele explica de forma breve porque é que a actividade cultural não é só para os períodos de prosperidade. Os políticos, de resto, também o sabem. José Sócrates apontou o fraco apoio dado à Cultura como a principal falha do seu último mandato, Cavaco Silva ainda há poucos dias exaltava a importância (mesmo económica) das indústrias culturais e até Passos Coelho recentemente lembrava que estas indústrias são as que mais contribuem para o PIB, tanto em Portugal como no resto da Europa. No entanto, ainda deixamos que a Cultura seja vista como a parte inútil do nosso "desenvolvimento" económico, o lado fútil da nossa sociedade. É um erro. Ricos nunca vamos ser, evitemos ao menos ser estúpidos!
sábado, 26 de junho de 2010
"Vamos ou não vamos ou vamos esperar"
Continua em cena no Ibérico a peça ASSIM QUE PASSEM CINCO ANOS, um dos textos do surrealismo de Federico Garcia Lorca. Pouquíssimas vezes representado em Portugal, é uma oportunidade para conhecer esta história e uma peça de grande beleza.
Aqui ficam algumas imagens, só para ver o ambiente:
Aqui ficam algumas imagens, só para ver o ambiente:
segunda-feira, 14 de junho de 2010
ASSIM QUE PASSEM CINCO ANOS
O Teatro Ibérico estreia esta semana (quinta-feira) uma nova peça, um texto de Federico Garcia Lorca, ASSIM QUE PASSEM CINCO ANOS.
Um jovem espera cinco anos pela noiva. Passado esse tempo é rejeitado por ela. Agora, ele tem na sua dactilógrafa, a mulher que sempre o amou e que ele rejeitou, a última oportunidade de chegar ao noivado e satisfazer o desejo da paternidade.
ASSIM QUE PASSEM CINCO ANOS é uma reflexão sobre a passagem do tempo e os efeitos que provoca.
Nesta peça temos uma história de amor e de rejeição, para afinal o amor ser sempre um amor adiado. Talvez tudo vá acontecer assim que passem cinco anos; talvez os cinco anos não cheguem a passar. A inevitabilidade do tempo que avança é igual à vontade de que ele recue. Nos avanços e recuos acaba sempre por faltar tempo ou adiar-se tudo por tempo demais. O amor é adiado; e a morte, também pode ser? E o adiamento do amor não será, para este jovem, uma morte da sua juventude, um caminho irreversível para as rugas no rosto?
Estará em cena a partir de quinta-feira, dia 17, até 4 de Julho, de quinta a domingo, sempre às 21h30.
Encenação: Onivaldo Dutra e Marco Mascarenhas
Elenco: Marco Mascarenhas, Miguel Ferraria, Sérgio Coragem, Rita d’Almeida, Joana Lourenço, Joana Purificação, Carlos Alves, Ana Paula Mota, Carolina Duarte, João d’Almeida, Carlos Catarino, Tânia Alves, Helena Miranda, Isabel Trole, Eurides Lopes e Fernando Alves.
Teatro Ibérico - Rua de Xabregas, 54
Telefone: 218 682 531
Um jovem espera cinco anos pela noiva. Passado esse tempo é rejeitado por ela. Agora, ele tem na sua dactilógrafa, a mulher que sempre o amou e que ele rejeitou, a última oportunidade de chegar ao noivado e satisfazer o desejo da paternidade.
ASSIM QUE PASSEM CINCO ANOS é uma reflexão sobre a passagem do tempo e os efeitos que provoca.
Nesta peça temos uma história de amor e de rejeição, para afinal o amor ser sempre um amor adiado. Talvez tudo vá acontecer assim que passem cinco anos; talvez os cinco anos não cheguem a passar. A inevitabilidade do tempo que avança é igual à vontade de que ele recue. Nos avanços e recuos acaba sempre por faltar tempo ou adiar-se tudo por tempo demais. O amor é adiado; e a morte, também pode ser? E o adiamento do amor não será, para este jovem, uma morte da sua juventude, um caminho irreversível para as rugas no rosto?
Estará em cena a partir de quinta-feira, dia 17, até 4 de Julho, de quinta a domingo, sempre às 21h30.
Encenação: Onivaldo Dutra e Marco Mascarenhas
Elenco: Marco Mascarenhas, Miguel Ferraria, Sérgio Coragem, Rita d’Almeida, Joana Lourenço, Joana Purificação, Carlos Alves, Ana Paula Mota, Carolina Duarte, João d’Almeida, Carlos Catarino, Tânia Alves, Helena Miranda, Isabel Trole, Eurides Lopes e Fernando Alves.
Teatro Ibérico - Rua de Xabregas, 54
Telefone: 218 682 531
segunda-feira, 7 de junho de 2010
"Amor de D.Perlimplim com Belisa em seu Jardim" de Federico Garcia Lorca
O Teatro Ibérico, com a companhia de teatro Candileias del Desierto, da Universidad Autónoma de Ciudad de Juarez México, estão a apresentar o espectáculo "Amor de D. Perlimplim e Belisa em seu Jardim". De quinta a sábado, às 21h30. Termina a 12 de Junho.
"Aleluia erótica em quatro quadros, cuja acção decorre no Séc. XVIII. Esta obra é um dos principais textos dramáticos de Garcia Lorca, devido às suas caracteristicas poéticas e à dimensão humana dos seus personagens.É uma canção de amor impossivel que oscila entre a paixão e a morte, onde D.Perlimplim, um homem inocente envolto pela tristeza da velhice, descobre tardiamente o amor e a paixão na figura da jovem Belisa.E diante da sua incapacidade e impotência de nunca poder corresponder à chama viva da paixão dela, o destino condu-lo por caminhos escabrosos de desespero que o levam à criação de um amante imaginário, que a faz apaixonar-se e a seduz através da paixão. O que leva as personagens ao desencontro, à loucura e à morte".
Encenação de Xosé Manuel Blanco Gil
Interpretação:
José Blanco Gil (México-Portugal)
Virginia Ordoñez (México)
Maria de la Luz Aida Peréz (México)
Manuela Gomes (Portugal)
Sérgio Coragem (Portugal)
Carlos Catarino (Portugal)
Miguel Ferraria (Portugal)
Carlos Alves (Portugal)
João Almeida (Portugal)
José Blanco Gil (México-Portugal)
Virginia Ordoñez (México)
Maria de la Luz Aida Peréz (México)
Manuela Gomes (Portugal)
Sérgio Coragem (Portugal)
Carlos Catarino (Portugal)
Miguel Ferraria (Portugal)
Carlos Alves (Portugal)
João Almeida (Portugal)
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