O Papa exprimiu numa entrevista, que agora saiu em livro, aquela que é a posição da Igreja sobre o preservativo há já muitos anos. Os jornais, as televisões, os que não podem com a palavra Vaticano e até a ministra da Saúde de Portugal (veja-se!) não cabem em si de excitação. Porque pensam que a Igreja mudou de opinião.
Ora, antes eram ignorantes porque não conheciam realmente a opinião da Igreja, não se coibindo mesmo assim de a atacar (e daqui tiro a sra. ministra, que nunca vi a atacar nada a não ser o vírus H1N1). Agora, continuam a ser ignorantes porque julgam que essa opinião mudou, quando na verdade é igual só que explicada... lá está, para ignorantes.
O que Bento XVI diz, no tal livro, é um resumo fiel do que a Igreja sempre defendeu em relação ao preservativo. Não é mais nem menos, não é melhor nem pior, é igual. Pelo que certas manchetes de jornais só têm uma explicação: precipitação acompanhada de mau aprofundamento dos temas.
Já a explicação para que os que antes criticavam e agora aplaudem é que faziam tanto barulho a criticar que não eram capazes de ouvir. Muito menos sentar-se frente a um computador e ler na Internet os textos da Igreja sobre o preservativo. Dizer o que nos vem à cabeça dá muito menos trabalho e faz-nos parecer mais intelectuais. Até ao dia em que passamos a demonstrar publicamente que o nosso pensamento flutua ao sabor das primeiras páginas, por exemplo, do Jornal de Notícias.
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