O Presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, afirmou, durante o almoço de Reis em Vila Verde, no passado dia 6 de Janeiro, que “a solidariedade é fundamental nos tempos que correm” e viu na concretização desta festa um exemplo disso.
“O povo português de uma maneira geral e os transmontanos e durienses em particular, quando é necessário, quando as dificuldades são maiores, sabem ser solidários, e Vila Verde está, uma vez mais, a dar o exemplo dessa solidariedade”, referiu Artur Cascarejo.
O autarca de Alijó falava de solidariedade para elogiar o empenho da população da aldeia na organização de um evento com a dimensão da tradicional Feira dos Reis.
Esta festa tem já uma longa história e tem sido mantida ano após ano, pela mão do Centro Social e Recreativo Cultural de Vila Verde e de um vasto número de patrocinadores e colaboradores.
Este ano, “o Centro não gastou qualquer verba para que esta festa e feira do Reis se fizesse”, explicou o seu presidente, António Duarte. A instituição atravessa grandes dificuldades e a prioridade é a manutenção da actividade social, pelo que a realização da festa só foi possível com os apoios de algumas empresas e particulares e também da Junta de Freguesia de Vila Verde.
Tradição, festa e chuva
Um dos pontos altos da Feira dos Reis foi o almoço no salão do Centro Social, que mais uma vez se encheu com a população da freguesia e alguns convidados. Estiveram presentes, ao lado do Presidente do Centro e do Presidente da Câmara de Alijó, os vereadores Miguel Rodrigues, Eduarda Sampaio e Goreti Dinis, o Presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde, Domingos Henriques, o Padre Amílcar Sequeira, pároco de Vila Verde. Estiveram também representadas a Federação Distrital de Futebol de Vila Real e a Guarda Nacional Republicana. Os pratos foram os tradicionais, carne de porco, arroz de couve e o sarrabulho para a sobremesa.
Mas a ninguém foi permitido sair do salão sem primeiro ouvir as Janeiras cantadas por um grupo de funcionários do Centro Social.
Quando chegou a hora do almoço, já o dia tinha raiado há muito tempo. Desde cedo, os comerciantes começaram a encher a principal rua da aldeia com as tendas que fizeram a feira ao longo de todo o dia. O tempo não foi uma ajuda ao negócio, pelo contrário. A chuva foi uma constante ao longo do dia, contribuindo até para que os feirantes tivessem começado a preparar a retirada quando a tarde ainda ia a meio.
Mas nada impediu que tudo tivesse seguido como planeado. Nomeadamente, o concurso de gado. Os prémios foram atribuídos aos melhores animais presentes na feira, de acordo com a apreciação de um júri. Ao longo da tarde, a feira continuou e a festa também. Quando a noite chegou, Vila Verde voltou à calma habitual com o sentimento de missão cumprida, porque contra todas as dificuldades, esta pequena aldeia conseguiu, mais uma vez, erguer e perpetuar este grande evento.
(Reportagem publicada no semanário A Voz de Trás-os-Montes, edição de 13 de Janeiro de 2010)
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