sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Duas peças num palco só. E em simultâneo


Duas peças a decorrer em simultâneo no mesmo palco. É a encenação de Marco Mascarenhas, a estrear no próximo dia 3 de dezembro, no Teatro Turim, em Lisboa. "Jogo d' Enganos", assim se chama o espetáculo, resulta de uma adaptação de duas peças de Anton Tchekhov ("Pedido de Casamento") e George Feydeau ("A Sogra de Luís XIV"). Os dois textos têm como ponto comum a exploração crítica do embaraço dos seres humanos nas relações interpessoais. Um espetáculo bem disposto e que permite um acompanhamento gradual da evolução das duas histórias a serem contadas em paralelo. Uma proposta arrojada e nova de abordagem destes dois autores num espetáculo único!
Serão apenas seis espetáculos (duas semanas, de quinta a sábado, às 21h30), imperdíveis para quem gosta de Teatro, para quem gosta de rir e para quem gosta de clássicos. Para quem gosta de rir com clássicos no Teatro, então é fundamental.

Joana Lourenço e Carlos Alves
Uma produção da Ditirambus - Pesquisa Teatral, no ano em que comemora 20 anos de existência, com acolhimento do Teatro Turim. Onivaldo Dutra, Manuela Gomes, Célia Figueira, Joana Lourenço, Ana Campaniço, Rúben Silva e Carlos Alves constituem o elenco dirigido por Marco Mascarenhas.

Manuela Gomes e Onivaldo Dutra
Manuela Gomes e Ana Campaniço
Célia Figueira e Joana Lourenço
Carlos Alves e Joana Lourenço

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Um pouco de "Caídas em Desgraça"

São as primeiras imagens de CAÍDAS EM DESGRAÇA. Um excelente trabalho de Cristina Delgado. Só vou aqui disponibilizar três fotografias. No facebook e no instagram terão acesso a mais, agora e ao longo dos próximos dias.

Ana Campaniço e Carlos Alves

Florbela Tibúrcio e Carlos Alves

Carlos Alves e Inês Moita

O espetáculo vai ficar em cena apenas durante duas semanas em Lisboa. Estamos a preparar uma digressão nacional para realizar durante o ano 2016. Mas há duas coisas muito difíceis neste momento: a primeira é manter um espetáculo em cartaz por mais tempo, a segunda é que as estruturas de fora de Lisboa aceitem propostas.
Quanto à primeira, apenas posso sugerir que aproveitem os dias disponíveis para assistir a esta peça. A corrida às reservas foi grande mas ainda há alguns disponíveis. É fácil garantir ingressos acedendo ao site http://accaproducoes.wix.com/teatro
Quanto à segunda, vamos continuar a insistir por levar o nosso trabalho a mais gente e por fazer com que os equipamentos existentes por todo o país acedam a mostrar o que se está a fazer neste momento no Teatro português.


Outras leituras recomendadas:

Blogue "Viver de Tanto Rir" - Conversa com os atores Carlos Alves e Ana Campaniço: "Caídas em Desgraça"

Semanário Oje: “Caídas em Desgraça” no Auditório Carlos Paredes

sábado, 7 de novembro de 2015

Juntei uma história à crise

A próxima é uma semana de estreia no teatro. Chega ao público o espetáculo "Caídas em Desgraça", um texto que compus procurando seguir os moldes da chamada Alta Comédia, em 3 atos, e um desfecho inesperado. O motivo? Esse foi a crise financeira contemporânea. Esta causou-nos a todos muitos sobressaltos, preocupações, indignações... fez-nos mal, em suma. Então, é altura de brincar com ela, achei eu, altura de pegar nessa crise e acrescentar-lhe uma história, mais uma história.
Surge assim "Caídas em Desgraça", um enredo no seio de uma família de banqueiros a quem a crise (?), a má gestão (?), a especulação (?), as más práticas (?)... bom, seja o que for - infelizmente sabemos muito sobre isto, sabemos bem a quem atribuir responsabilidades e sabemos bem quem não as assume e quem não as faz assumir -, atirou para a desgraça, numa casa sem bens, sem comida e, cada vez mais, sem harmonia.
Quem pagou a crise? Os ricos ou os pobres? É uma questão premente. Nesta comédia eu quis que fossem os ricos (caprichos de um autor). Numa altura em que o fosso entre ricos e pobres voltou a estar em evidência, quis atirar para o palco a desgraça de uma família rica e fazer disso uma risada. Não é nada pessoal, é uma perspetiva diferente sobre quem me apetece rir.

Estamos muito satisfeitos com a corrida aos bilhetes que tem havido desde que o espetáculo foi anunciado. Ainda há dias com bilhete disponível e reservar é muito simples - basta seguir este link, preencher o formulário e enviar. O levantamento e pagamento dos bilhetes é feito na bilheteira do Auditório Carlos Paredes, no dia do espetáculo. Mais prático não podia ser!

Termino esta minha curta divagação, dando a palavra ao elenco. Vejam o vídeo:




Peça "Caídas em Desgraça" estreia dia 12 de novembro no Carlos Paredes em Benfica e vai estar em cena dia 12,13,14,19,20,21 às 21h30. Reservas para ac.caproducoes@gmail.com. O e-mail deve conter o seu nome o dia que pretende e o número de bilhetes que quer.Corra porque está a esgotar!
Publicado por Ana Campaniço em Sexta-feira, 6 de Novembro de 2015

domingo, 25 de outubro de 2015

Reflexão com a carga de um dia (e alguns anos)

A noite é um espaço para ter tempo. E tempo para assimilar a carga de um dia passado. A escrita surge sempre de uma carga pesada que trazemos nos ombros. Não somos capazes de escrever bons textos com o corpo leve; de ânimo leve há muito quem o tente fazer mas a leveza é inimiga da boa escrita, independentemente dos best sellers ou dos blogues mais seguidos serem tantas vezes esses mesmos, os usuários da leveza, os inimigos da boa escrita. Não importa. Importa ler (com sentido crítico), refletir (com sentido elevado) e escrever (por necessidade).

Neste espaço que reservei na noite para ter tempo de escrever com a carga pesada de um fim de dia, cabe o Teatro, sempre o Teatro, princípio e fim de muitas coisas depois de quase trinta anos de vida. Não gosto de falar exageradamente da minha profissão. Não gosto de parecer glorificá-la com qualitativos e intenções hiperbólicas. Ainda assim, se quero - e poucas vezes quero - falar dela, terei necessariamente de assumir o que ela me representa. Foi o que fiz nas últimas linhas.

Neste momento, estou com a mente e o corpo disponíveis para dois projetos, dois personagens, duas peças. Dois trabalhos que me fazem tocar limites e a explorar a flexibilidade que sou capaz de alcançar. É uma felicidade e um privilégio poder fazer isso, não é um sacrifício. A divulgação destes espetáculos está a ser feita por canais próprios, não é minha intenção reforçá-la aqui. Importa-me apenas transportar a carga desse trabalho para a escrita de uma reflexão que me ocupa a mente em todas as horas destes dias. É uma partilha íntima de um ator, só isso. Desde a procura de um registo cómico e overact mas consistente, até ao regresso a uma interioridade e uma profundidade na construção de uma personagem. É um desafio necessário, impreterível e, mais do que tudo, exigível a um ator. Daí a sorte e o privilégio. Mas também a angústia e a ansiedade.

É hora de deixar a carga e voltar a pegar nela amanhã. Se estas preocupações interessam a muita gente, não sei. Não estou a escrever um best seller nem este é um blogue dos mais seguidos. Ainda assim, tudo isto é um trabalho que é meu mas que não é feito para mim.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Mil Palavras

Falamos muito
E muito pouco com palavras

As imagens absorvem, subvertem, deslizam
Por uma atenção disparatada

Uma imagem vale mais acompanhada por mil palavras

Carlos Alves, 21.09.2015

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

"Filho da Mãe" - episódio 5, T1

Ainda aqui não tinha colocado a minha participação na série "Filho da Mãe" do Canal Q, com autoria de Rui Maria Pêgo.
Nunca é tarde. Se não viram ainda, podem aproveitar agora. E podem também continuar a ver aos domingos à noite no Canal Q.
Por aqui fica o 5º episódio desta primeira temporada.

domingo, 18 de outubro de 2015

CAÍDAS EM DESGRAÇA estreia em novembro

Estreia a 12 de novembro!

CAÍDAS EM DESGRAÇA
Comédia sobre a decadência.
Uma antiga família de muitas posses caída em desgraça. As contas estão a zero, as dívidas acumulam-se, os bens foram penhorados, incluindo os móveis da casa e até as pessoas já são poucas, umas porque morreram, outras porque sempre tiveram uma amizade proporcional aos zeros dos extractos bancários. Desta família só resta a matriarca, viúva há mais de cinco anos; a filha, de 20 anos; a nora, divorciada do marido - o filho, que abandonou a família após a morte do pai e agora vive no Dubai -, mas que nunca deixou a casa da família; e o mordomo, que a mãe se recusou sempre a dispensar. Uma perspetiva cómica da crise financeira atual no seio de uma família rica mas “caída em desgraça”.

Autoria: Carlos Alves Encenação: Carlos Alves e Ana Campaniço
Elenco: Carlos Alves, Ana Campaniço, Inês Moita, Florbela Tiburcio
Som e Iluminação: Soraia Monteiro
Fotografia: Cristina Delgado
Design gráfico: FLC
Apoios: EKA Palace, RDS Rádio, A.C.A.M - Associação Cristã de Acolhimento Milénio, OCCI - Instituto da Visão

De 12 a 21 de Novembro (5ª a sábado) - 21h30, no Auditório Carlos Paredes - Benfica

Pré-reservas para o email: ac.caproducoes@gmail.com



sexta-feira, 25 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 6

1. O Partido Unido dos Reformados e Pensionistas entrou nos espaços de tempo de antena e com vigor. Quer dizer, com algum reumatismo mas ativo. Um pouco mortiço, na verdade. Enfim, não é certo que os candidatos do partido sobrevivam mais quatro anos, pelo que talvez não valha a pena votar.
2. Durante o fim de semana não farei o «Vamos ver os Direitos de Antena». Não fiquem assim porque vocês não os veem nunca.

Até segunda!

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 5

1. Finalmente o "Juntos pelo Povo" apresentou o seu tempo de antena. É um vídeo em que narram a história da sua fundação e tentam explicar mais ou menos o que são. Portanto, o "Juntos pelo Povo" não apela ao voto, para eles já é bom se as pessoas souberem que eles existem. Um pouco na linha de alguém que aceita fazer um estágio não remunerado. Ela não quer ganhar dinheiro, chega-lhe apanhar o transporte público de manhã para se deslocar a uma empresa.
2. O PAN voltou à carga com sete medidas ditas essenciais. Todas elas relevantes. Escolho a de conferir direitos à Natureza como a minha preferida. A Natureza também está eufórica com esta.
3. Por fim, o PNR. Ah, o PNR! É o único partido em cujos programas de direito de antena aparece a polícia. Não porque o PNR apresente uma solução de alto nível para o estatuto das forças de segurança. Acontece é que sempre que há pessoas do PNR juntas convém estarem acompanhadas pela polícia, para evitar espancamentos e isso.

Por hoje é tudo. Até amanhã!

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 4

1. Quando iniciei esta tarefa épica de analisar os tempos de antena, não imaginava que fosse tão árdua. É extremamente aborrecido assistir aos espaços reservados aos partidos políticos. Tenho a certeza que nunca ninguém decidiu o seu voto com base nos tempos de antena. Se sim, essa pessoa é doente.
2. Preciso de alguma coragem para entrar na análise dos tempos de direito de antena do PNR. Lá irei. Eles não ficarão magoados por os fazer esperar, julgo eu. Não tenho ideia de no PNR haver pessoas sensíveis.

 Boa campanha para todos e uma palavra amiga para o cabelo do Garcia Pereira!

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 3

1. E, ao terceiro dia de campanha eleitoral, não notei nenhuma falta na entrega de material para os tempos de direito de antena. Joana Amaral Dias também não apareceu de faca na mão. Uf!
2. O PAN - Pessoas, Animais e Natureza proporcionou a xaropada do dia. Um avião de papel sobrevoava algo que podia ser um mapa mundi ou um pedaço de papel de parede ilustrado aqui e acolá com belos cãezinhos e outras imagens com aspeto tumblr. Uma voz feminina de quem está sob efeitos de antidepressivos apelava ao sonho, ao são convívio entre os vários reinos animais e a uma felicidade suprema. Conclui o PAN que tal não é utopia, pode ser realidade.
3. Ficou por esclarecer o regime fiscal que se propões para as baratas, bem como as propostas para sustentabilidade da Segurança Social, se é que ela faz falta. Os gatos vivem sem Segurança Social desde sempre e muitos conseguem ter whiskas à mesa.
4. O PAN não apresentou qualquer pessoa, perdão, qualquer animal no seu tempo de antena, pelo que desconheço as individualidades que se candidatam. O Inspetor Max já não tem capital político, na minha opinião, e as sardinhas do Atlântico estão mais preocupadas em não desaparecer todas antes dos próximos Santos Populares. Se optarem por uma pessoa (enfim, é uma ideia...), pode ser qualquer uma menos a que faz a voz do programa. Até o António Costa fazia melhor.

Divirtam-se, assistam a marketing político rudimentar!

terça-feira, 22 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 2 (hoje com vídeo)

1. Prometi falar hoje do "Juntos pelo Povo". Nasceu na Madeira e concorre agora em 14 círculos eleitorais - nos quais os Açores não estão incluídos - sob o lema "Para Portugal, Contamos Todos". Aparentemente, Todos os que se encontram nesses 14 círculos; os outros não podem contar lá grande coisa para o "Juntos pelo Povo".
2. Mas voltando aos tempos de antena propriamente ditos, hoje foi o Partido Unido dos Reformados e Pensionistas a faltar à escola e a não entregar o programa às televisões. É normal, são reformados, querem é estar sossegados. Ainda não vi nenhuma ação de campanha do Reformados e Pensionistas mas também não tenho andado muito pelos jardins de Lisboa.
3. O destaque de hoje, porém, vai para o trabalho do Agir - PTP/ MAS. Joana Amaral Dias aparece, surpreendentemente nesta campanha, com bastante roupa mas com uma faca na mão. "Os Portugueses têm a FACA e têm o queijo na mão". Foi esta a frase que me fez ter medo de Joana Amaral Dias. A forma como a candidata diz FACA faz crer que ela está prestes a espetá-la em qualquer coisa menos no queijo que tem ao lado. Fiquei arrepiado e receio que Joana Amaral Dias possa não estar bem.

Até amanhã!

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

«Vamos ver os Direitos de Antena» - Dia 1

1. Já assisti aos primeiros "direitos de antena" desta campanha eleitoral - os "direitos de antena" são o meu vinil na política. Gostei especialmente do grito de guerra "Morte aos traidores!" por parte do PCTP-MRPP. Apelar à morte na televisão é corajoso, eriçou-me os pelinhos dos braços (e acho que os do ânus também) mas é muito 1974, sem cravo nem agravo.
Boa sorte para o MRPP, espero que possam rever essa parte da morte no programa!
2. O "Juntos pelo Povo" não facultou o respetivo programa. O que é o "Juntos pelo Povo? Já que eles não facultam programas para os direitos de antena, eu vou, com os meus recursos, descobrir o que é o "Juntos pelo Povo" e amanhã trarei os resultados da investigação.
Devo fazer notar que só soube da existência do "Juntos pelo Povo" pelo facto de o "Juntos pelo Povo" não ter entregue o programa para o espaço de emissão nas televisões. Como estratégia, está bem visto não entregar.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

"Caídas em Desgraça" estreia em novembro

Nova produção a estrear em novembro. "Caídas em Desgraça" é uma comédia inédita, no seio de uma família a quem a crise não poupou. A partir de 12 de novembro no Auditório Carlos Paredes.



terça-feira, 4 de agosto de 2015

OS CÃES LADRAM E A CARAVANA EMPANCA

1. Já há muito tempo que tenho na memória a expressão “Agarrem-me senão vou-me a ele”. Trata-se de uma derivação de “cão que ladra não morde” numa versão mais ativa. Naquela, o cão não só não morde como brada para que o impeçam de morder. Tenho essa expressão na minha memória há muito tempo mas não gosto dela, acho-a cobarde, e também desde há muito tempo me repugna a cobardia. Seja como for, “agarrem-me senão vou-me a ele” é a melhor expressão que define todos os apoiantes à distância do Syriza. As forças políticas, associações, coletividades, mesas de café ou cabecinhas pensadoras que, a partir de Portugal, apoiam o Syriza com veemência, não desejavam ter os bancos fechados nem serem impedidos de levantar dinheiro, no entanto aplaudem a garra de um governo que já deixou o seu povo nesse estado. Em apenas meio ano.
A razão porque o Syriza nunca ganharia eleições em Portugal é que, por cá, essa área ideológica está cheia de cães que ladram mas não mordem. É extremamente fácil aplaudir a desgraça de um país inteiro, chamando-lhe resistência. Já resistir até à desgraça não é para fala-baratos.
Nós vamos ter eleições ainda este ano e vamos ter mini-Syrizas também. Vão ladrar mas não vão morder. Ninguém aqui vai desejar que o Estado lhe diga quanto dinheiro é que pode levantar, em nome de uma guerrilha barulhenta e visivelmente desastrosa. A mim, interessa-me muito acabar com o poderio dos funcionários de Bruxelas e meter uma pala sonora à arrogância dos países do Norte. No entanto, não desejo passar fome nessa luta. Estarei a ser cobarde? Talvez. Mas quando espetaram com Portugal na CEE, eu tinha acabado de nascer; quando o atiraram para o euro, eu mal sabia fazer contas; bom, eu só de há poucos anos para cá me estou a inteirar do que fizeram a este país. E está a sair-me do pelo todos os dias. É essa a minha resistência, bem diferente de aplausos e manifestações de apoio a governos de extrema-esquerda, bem contrária ao muito palavreado e pouco resultado dessas campanhas mediáticas e espetaculosas de Syrizas e derivados.

2. Por estar muito tempo fora de Vila Real, acompanho o que vai acontecendo à distância. Assim, vi recentemente imagens da Alameda de Grasse (entre o Teatro e o Centro Comercial) depois das obras. Ficou vermelhinha! Provavelmente estariam já a pensar nas tendências outono/ inverno e então fizeram isso.

Por cá, donde vos escrevo, um vereador da Câmara de Lisboa propôs há dias que se atirasse abaixo uma das principais estações de comboios do país, a de Santa Apolónia, para ali criar um enorme espaço verde com vista para o Barreiro – logo para o Barreiro que nem tem nada para ver. Em Vila Real, tinham um pequeno espaço verde e acharam que era demais. Os espaços verdes são sempre objeto do exagero. 

(Crónica publicada no semanário A Voz de Trás-os-Montes, edição de 9 de julho de 2015)