segunda-feira, 30 de maio de 2011

Globos de Ouro

Apenas algumas notas breves e soltas sobre a Gala dos Globos de Ouro de ontem.
Como muito positivo, a entrega do Globo para Melhor Actor a Miguel Guilherme pelo seu trabalho em "O Senhor Puntila e o seu Criado Mati". Uma consagração merecida e das mais justas da noite.
Como positivo, a presença de representantes das três estações televisivas. Para além da SIC, que transmitiu a gala, estavam representadas a RTP e a TVI, o que contribui para o alcance mais alargado e integrado destes prémios, que sendo desde sempre uma festa da SIC, devem homenagear toda a classe artística e cultural da sociedade portuguesa.
Como menos positivo, as tentativas humorísticas por parte de Bárbara Guimarães. Normalmente falharam e não eram necessárias, já que o humor na gala estava garantido por outros momentos bem assegurados pelo João Ricardo, Custódia Gallego, Marco Horácio, os Homens da Luta e Paulo Futre, que também entrou nesse registo, já que antes da célebre "conferência do chinês" o ex-futebolista não entregava Globos de Ouro.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA na Moita

Continuamos em digressão com a peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA. Uma produção da Ditirambus. Esta semana estaremos dois dias na Baixa da Banheira - Moita, para dois espectáculos no Fórum José Manuel Figueiredo. Sexta-feira e sábado às 21h30 passem por lá. O preço dos bilhetes não é muito elevado e, pelo feedback que vamos tendo do público, vale a pena.
Se quiserem fazer reservas, podem fazê-lo através dos contactos que estão no nosso site e também podem falar connosco na nossa página no Facebook.

Venham ver Teatro!

domingo, 15 de maio de 2011

O Último a Servir



O programa da RTP "O Último a Sair" estreou no domingo passado e já motivou dezenas de queixas tanto ao Provedor da estação como à Entidade Reguladora para a Comunicação. Queixam-se os telespectadores de que o formato do programa não encaixa no cumprimento de serviço público.
Vamos ver, então. "O Último a Sair" é um programa de humor. E se há coisa em que a RTP às vezes dá um ar da sua graça é nos programas de amor que emite. Portanto, um programa de humor não cabe no conceito de serviço público? A BBC diria que sim, e com bons resultados.
Além disso, o programa promove uma visão crítica sobre a própria televisão actual e, nomeadamente, sobre a reality TV. Não pode o Serviço Público fazer isso?
Então vamos lá ver o que é realmente serviço público feito pela RTP e que não incomoda os telespectadores.
Programas extremamente barulhentos em que pessoas têm que adivinhar preços de coisas, no meio de alheiras, chouriças, presuntos, garrafas de vinho e sabe-se lá que mais oferecidos ao apresentador. Entra bem como serviço público?
Um horário nobre preenchido com concursos que na verdade não enriquecem ninguém, nem material nem intelectualmente. Entra bem como serviço público?
Noticiários exactamente iguais aos das estações privadas, quando acontece não serem mais fracos. Entram bem como serviço público?
Filmes de acção norte-americanos dos anos 90, com Steven Seagal e outros que tais, que toda a gente já viu ou, se não viu, é porque não quer ver, em horário nobre. Entram bem como serviço público?
E, já agora, apostemos na comparação. O que é que "Quem Tramou Peter Pan?", programa de Catarina Furtado e mais uns miúdos, tem de serviço público que "O Último a Sair" não tenha? Eu tenho uma resposta. Não sei se é certa, mas eu também não sou Provedor nem trabalho na ERC. O programa dos miúdos não chateia ninguém. É bom para amorfos. Nada melhor do que estar no sofá e ver o riso das crianças dos outros na televisão sem que nada nos afecte.
Já um programa de humor tende a dizer alguma coisa, a tocar em alguns sacrários ou em simplesmente reproduzir aqueles que não tocam em nada e com isso mostrar a sua insignificância. Os telespectadores não gostam disso. Não gostam que lhes digam que têm andado a ver porcaria, e quando lhes mostram a porcaria que têm andado a ver ficam chateados e acham que não têm de pagar isso.
Se chorassem mais o dinheiro que é gasto em coisas intragáveis, sem qualidade nenhuma e que envergonhariam qualquer televisão da Europa, talvez tivessem menos ressabiamento agora e estivessem mais preparados para distinguir entre qualidade e o que lhes têm servido.
Os telespectadores não têm culpa. Eles só clamam por um serviço público. Mas será que eles sabem o que isso é? É que nunca ninguém lhes mostrou bem.

domingo, 24 de abril de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA em digressão - Pinhal Novo

Esta semana continua a digressão da peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA. Desta vez, vamos estar no Pinhal Novo, nos dias 29 e 30 (sexta-feira e sábado), no Auditório Municipal. Os espectáculos vão acontecer nos dois dias às 21h30. É a primeira vez que levamos O FRIO QUE FAZ NA CAMA à margem sul do Tejo, depois de termos já passado pela zona Oeste do país e por Lisboa.

Para conhecerem tudo sobre este espectáculo, visitem o site da Ditirambus - Pesquisa Teatral ou a página oficial no Facebook.

domingo, 27 de março de 2011

Dia Mundial do Teatro

Celebramos também aqui hoje o Dia Mundial do Teatro, transcrevendo a Mensagem para o Dia Mundial do Teatro. Este ano, a mensagem foi escrita pela dramaturga e actriz Jessica Atwooki Kaahwa, do Uganda. Para além do trabalho no teatro, Kaahwa é reconhecida pela acção humanitária que defende e promove. Na sua mensagem para o dia de hoje, ela aponta exactamente o Teatro como um veículo de reconciliação, resolução de conflitos e instrumento para a construção de uma paz mundial. Exalta o Teatro como uma ferramenta de diálogo universal a ser melhor aproveitada pela Humanidade.

MENSAGEM DO DIA INTERNACIONAL DO TEATRO DE 2011
«Este é o momento exacto para uma reflexão sobre o imenso potencial que o Teatro tem para mobilizar as comunidades e criar pontes entre as suas diferenças. Já, alguma vez, imaginaram que o Teatro pode ser uma ferramenta poderosa para a reconciliação e para a paz mundial? Enquanto as nações consomem enormes quantidades de dinheiro em missões de paz nas mais diversas áreas de conflitos violentos no mundo, dá-se pouca atenção ao Teatro como alternativa para a mediação e transformação de conflitos. Como podem todos os cidadãos da Terra alcançar a paz universal quando os instrumentos que se deveriam usar para tal são, aparentemente, usados para adquirir poderes externos e repressores? O Teatro, subtilmente, permeia a alma do Homem dominado pelo medo e desconfiança, alterando a imagem que têm de si mesmos e abrindo um mundo de alternativas para o indivíduo e, por consequência, para a comunidade. Ele pode dar um sentido à realidade de hoje, evitando um futuro incerto. O Teatro pode intervir de forma simples e directa na política. Ao ser incluído, o Teatro pode conter experiências capazes de transcender conceitos falsos e pré-concebidos. Além disso, o Teatro é um meio, comprovado, para defender e apresentar ideias que sustentamos colectivamente e que, por elas, teremos de lutar quando são violadas. Na previsão de um futuro de paz, deveremos começar por usar meios pacíficos na procura de nos compreendermos melhor, de nos respeitarmos e de reconhecer as contribuições de cada ser humano no processo do caminho da paz. O Teatro é uma linguagem universal, através da qual podemos usar mensagens de paz e de reconciliação.Com o envolvimento activo de todos os participantes, o Teatro pode fazer com que muitas consciências reconstruam os seus conceitos pré-estabelecidos e, desta forma, dê ao indivíduo a oportunidade de renascer para fazer escolhas baseadas no conhecimento e nas realidades redescobertas. Para que o Teatro prospere entre as outras formas de arte, deveremos dar um passo firme no futuro, incorporando-o na vida quotidiana, através da abordagem de questões prementes de conflito e de paz. Na procura da transformação social e na reforma das comunidades, o Teatro já se manifesta em zonas devastadas pela guerra, entre comunidades que sofrem com a pobreza ou com a doença crónica. Existe um número crescente de casos de sucesso onde o Teatro conseguiu mobilizar públicos para promover a conscientização no apoio às vítimas de traumas pós-guerra. Faz sentido existirem plataformas culturais, como o [ITI] Instituto Internacional de Teatro, que visam consolidar a paz e a amizade entre as nações. Conhecendo o poder que o Teatro tem é, então, uma farsa manter o silêncio em tempos como este e deixar que sejam "guardiães" da paz no nosso mundo os que empunham armas e lançam bombas. Como podem os instrumentos de alienação serem, ao mesmo tempo instrumentos de paz e reconciliação? Exorto-vos, neste Dia Mundial do Teatro, a pensar nesta perspectiva e a divulgar o Teatro, como uma ferramenta universal de diálogo, para a transformação social e para a reforma das comunidades. Enquanto as Nações Unidas gastam somas colossais em missões de paz com o uso de armas por todo o mundo, o Teatro é uma alternativa espontânea e humana, menos dispendiosa e muito mais potente. Não será a única forma de conseguir a paz, mas o Teatro, certamente, deverá ser utilizado como uma ferramenta eficaz nas missões de paz.» Jessica Atwooki Kaahwa

sábado, 12 de março de 2011

Porque é que tenho de ir protestar hoje?

Muito simples. Porque faço parte da agora chamada mas há muito assumida Geração à Rasca. Porque nasci nos anos 80, sem culpa nenhuma disso. Porque a minha geração parece ser um problema para a geração que me antecedeu enquanto eu acho que não devia ser. Enquanto eu acho, aliás, que devia ser aproveitada como solução. Não se pode dizer que a geração que nasceu antes da minha e que agora dirige este país tenha sido um sucesso. Julgo que não têm assim tanto de que se orgulhar. Conquistaram muitos direitos para si, é verdade, foram bem sucedidos nesse aspecto, mas perderam-se neles. Contentaram-se em ganhá-los e em usufruir deles, com direito exclusivo de uso e propriedade. Recusam-se a passá-los aos outros ou então fazem-no a conta-gotas. Só isso explica que se ache normal pedir a um jovem que trabalhe e não lhe pagar por isso. Qualquer pessoa no mundo diria que isto é escravatura mas em Portugal não podemos dizer isso porque os mais velhos não gostam e, por respeito à idade, não o vou dizer.
Também só uma interpretação senhorial dos direitos conquistados pode explicar que os jovens que têm trabalho, devidamente remunerado, estejam todos os dias na iminência de ficar sem ele e todos os dias saibam que, se isso acontecer, não vão ter qualquer cobertura. Não vão ter, no fundo, nenhuma segurança social, a mesma que quando lhes sente algum dinheiro no bolso, lhes leva um quarto dos rendimentos.

Não vou usar, para este protesto, o argumento de sermos a geração mais qualificada de sempre. A gabarolice não ajuda o país. Mas a qualificação ajudaria.
Não vou usar, para este protesto, a cantiga do coitadinho que não consegue arranjar emprego ou que passa a vida a ser despedido ou que trabalha mais e melhor que os outros e, não só não ganha quase nada por isso como ainda tem de contribuir para as garantias sociais dos outros.
Não vou usar, para este protesto, a ameaça de que a qualquer altura, nós jovens, poderemos ir embora para muitos sítios que não se importariam de nos receber e deixar um país, mal gerido e desqualificado, abandonado e a envelhecer cada vez mais triste e mais pobre.
Na verdade, nem sequer vou usar, para este protesto, o protesto.

Esta não é, para mim, uma manifestação contra ninguém em particular. Não é uma manifestação contra o Governo, não é uma manifestação contra os patrões, não é uma manifestação contra os sindicatos, que tanto bradam por direitos mas apenas para aqueles que já os têm, nem mesmo é uma manifestação contra as gerações que nos antecederam.
É uma manifestação de alerta. Queremos dizer aos portugueses que não estarão hoje connosco e até a alguns que nos olham com notório mal-estar e crítica afiada, que estão equivocados. Que estão a ver mal o futuro. Queremos dizer-lhes que o mundo como o conheceram mudou, que os estilos de vida que construíram acabaram, que os direitos que conseguiram têm de ser repartidos e adaptados aos novos tempos e que provavelmente todos vamos ficar com menos mas o país vai ganhar mais.
Queremos dizer, neste protesto, que acabou o tempo do carro melhor que o do vizinho e do emprego para toda a vida mas pode começar um tempo de coisas novas e, se quisermos, melhores. Basta que saibamos aproveitar a iniciativa, a criatividade, a inovação que as novas gerações têm para dar.
Queremos dizer que podem espernear e gritar à vontade mas vão ter que mudar de vida. Connosco ou sem nós, vão ter que mudar de vida. Uma crise é isso, uma oportunidade e uma ordem para mudar. E queremos assegurar que connosco vai ser mais fácil.
Queremos, hoje, afirmar que estamos aqui para ajudar, para criar, para desenvolver um país, para trabalhar por um futuro feliz.

Não contem comigo na Avenida da Liberdade para carpir lágrimas de amargura, para lamentar a sorte ou para cuspir raiva contra quem quer que seja. Só lá estarei para dizer que vou ficar cá, não vou para o estrangeiro, vou ficar e retribuir o meu país pelo que ele também já me deu. Mas também lá estarei para ratificar a ideia de toda a minha geração de que já não somos parvos, ainda que o tenhamos sido até aqui. Não estamos aqui para servir ninguém, estamos aqui para jogar as regras de todos e mudá-las, porque têm de ser mudadas. A alternativa é a desgraça.

Quero que o Protesto da Geração à Rasca marque o fim da "geração parva" que os Deolinda cantaram. A partir de hoje, contem com a minha geração para reerguer o país da lama de má gestão, de corrupção, de atraso cultural que sujou as últimas décadas, mas não contem com ela para abafar o futuro na alcofa dos direitos adquiridos e do comodismo. A partir de hoje, saibam todos que não estamos contentes com aquilo que nos fazem e que há formas de fazer diferente e vamos lutar por elas. Acreditem que pode doer um pouco ter que mudar algumas coisas na nossa vida mas também pode valer a pena.

Porque é que vou protestar hoje? Não é para pedir mais do que a sociedade pode dar. Afinal acho que a sociedade tem condições para respeitar os jovens, dar-lhes espaço para crescer e contribuir, estar aberta à sua energia. E acho também que a minha geração não merece ser explorada, subaproveitada e quase escorraçada em nome de falsas razões. Como vêem, não pedimos mais do que é possível fazer.
Mas basta de desprezo, basta de criar dificuldades, basta de viver como se os outros não precisassem de comer, basta de desvalorizar o mérito, basta de assumir como ponto assente que a minha geração é que está mal. É disso que basta!

sábado, 5 de março de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA

Depois de uma boa estreia nas Caldas da Rainha, a peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA vai continuar o seu percurso e alguns dos espectáculos confirmados e agendados já foram anunciados. Estão todos na nossa página oficial no Facebook, mas adianto já que os próximos serão em Lisboa, no Auditório do IPJ (Instituto Português da Juventude), no Parque das Nações, nos dias 25 e 26 de Março.
Reservem já um destes dias na vossa agenda para não perderem a oportunidade de ver este espectáculo. Será às 21h30 em ambos os dias e também já e possível reservar bilhetes através dos contactos, telefone ou e-mail, disponíveis no site da Ditirambus - Associação de Pesquisa Teatral.
Façam-no porque só faremos dois espectáculos. Depois temos de ir para outro lado.

Bom Teatro!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Na Luta

Fui um pouco apanhado na Luta. Estava no hotel errado à hora errada, ou nem tanto. De qualquer forma, daqui em diante vou tentar não estar nos mesmos hotéis onde vai o primeiro-ministro.


domingo, 30 de janeiro de 2011

Portugueses pelo Mundo

O "Portugueses Pelo Mundo" é o melhor programa que a RTP tem em grelha neste momento. É bem produzido, tem dinamismo e tem conteúdo. No fundo, é um programa de viagens que se apega àquilo que os portugueses melhor do que ninguém podem dar, a sua diáspora. Se é verdade que há portugueses espalhados por todo o mundo, nada mais inteligente do que mostrar o mundo através dos portugueses. Além disso, é protagonizado por uma geração de jovens activos, aventureiros e abertos à multiculturalidade e à novidade. Afinal, os melhores protagonistas que se podem ter num bom programa de televisão.
As pessoas que conduzem o telespectador ao longo de cada emissão tornam-se anfitriãs nas cidades que as acolheram. Elas representam uma nova geração de emigrantes. A daqueles que saíram para estudar, para investigar ou para alargar as bases de uma carreira. Uma geração ambiciosa e aberta a novas possibilidades. Uma geração assim só pode fazer um bom programa. E o mérito é de quem se lembrou de os procurar, de quem foi ter com eles e de quem soube retratá-los e aos meios onde vivem.
O "Portugueses pelo Mundo" é um dois em um absolutamente bem conseguido. Se para haver produções destas é preciso um serviço público de televisão, então a televisão pública tem de continuar a existir. E é bom quando a RTP mostra que é necessária.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O FRIO QUE FAZ NA CAMA já está no Facebook

A partir de hoje, a peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA tem uma página no Facebook. Vão até lá, tornem-se "fãs"  e sigam todos os passos desta produção até à estreia, no dia 25 de Fevereiro, no Teatro "Os Pimpões", nas Caldas da Rainha e vão ficando a conhecer todas as actuações que vamos fazer, as datas, os locais e tudo o que precisam de saber sobre este novo espectáculo da Ditirambus - Associação Cultural de Pesquisa Teatral. O texto é da autoria de António Manuel Revez, a encenação de Marco Mascarenhas, com interpretações de Carlos Alves, Onivaldo Dutra, Célia Figueira e Joana Lourenço.

Cliquem aqui para conhecer a página de O FRIO QUE FAZ NA CAMA no Facebook.



sábado, 22 de janeiro de 2011

Nova peça!

Já foi anunciada a data de estreia da peça O FRIO QUE FAZ NA CAMA. Remeto-vos para o site da Ditirambus, onde encontram toda a informação sobre este espectáculo. De qualquer forma, adianto que vamos começar nas Caldas da Rainha, no dia 25 de Fevereiro.

Por razões óbvias, o Teleponto vai estar sempre informado sobre os passos desta peça nos próximos meses e pode servir como uma banca de informações. Quando precisarem, estará cá sempre uma menina bonita e simpática para vos atender. Ou então estará o ecrã do vosso computador, que também é bonito.

Sugestão

O grupo de Teatro EnsaiArte está hoje em cena, no Cine-Teatro S. João, em Palmela, com a peça "Nós Somos Aqueles de quem os Nossos Pais nos Haviam Prevenido". Com encenação de Célia Figueira.

"Quanto a nós...
Já sabem...Somos a geração do futuro...
Sentamo-nos...
À espera de crescer...
Se calhar...
Somos um bocado...
Incultos...
Analfabetos...
Desligados...
Ordinários...
É a nossa maneira de estarmos vivos...".


O espectáculo começa às 21h30.

A forma como nos tratamos

A presença dos media nas redes sociais está marcada por uma linguagem sempre mais informal e também mais próxima dos seus públicos. Houve uma adequação da comunicação ao ambiente em que ela se desenvolve. Nem todos fizeram isso mas muitos optaram por fazê-lo. Especialmente nos casos das rádios e das televisões. O discurso utilizado pelas estações em redes como o Facebook ou o Twitter é bem diferente do que é oficialmente utilizado nas respectivas emissões. E isto é claro sobretudo na forma de tratamento. As televisões e a maioria das rádios tratam os espectadores ou ouvintes por "você". É a forma de tratamento tradicional. Mas não nas redes sociais. Aqui, o tratamento generalizado é "vocês". Qual a diferença? É uma forma mais jovem de se relacionar com o público. Aliás, esta forma de tratamento é também utilizada em antena quando se tem um público-alvo mais jovem.
O que parece demonstrar que os media vêem o seu público nas redes sociais como um público mais jovem do que aquele que os segue nas emissões regulares. Mas nada impede que o público seja o mesmo. Então porquê a diferença de tratamento?

A questão essencial é: obrigará a comunicação online a uma forma diferente de tratamento entre emissor e receptor? Se sim, porquê?
A questão da juventude não explica tudo. A Internet já não é e será cada vez menos um espaço de jovens. A questão da proximidade é relevante. A forma de tratamento é um importante factor indicativo de distanciamento ou afinidade entre as pessoas. Mas será imperativo que, por estar mais próximo, também tenha de se aumentar a afinidade?

A alteração na forma de tratamento é uma opção que deve ter em conta o alvo, o receptor e não o ambiente, o canal da comunicação. E isto não é apenas relativo às redes sociais, até porque estas são um caso específico em que supostamente as pessoas estão ligadas entre si e também às marcas, empresas e órgãos de media numa lógica de afinidade, bem traduzida pelo termo "amigo" que é aí aplicado. Mas já se discute muitas vezes se sites de informação, por exemplo, devem tratar os seus visitantes por "tu". Neste caso, já estamos perante uma alteração radical da relação entre um meio de comunicação social e o seu público, alteração essa que só acontece pela presença no online e tendo esta como única justificação.

Mas pode acontecer que esta seja uma justificação muito forte. Se a Internet mudou a forma como nos relacionamos porque não poderá mudar a forma como nos tratamos?

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Curso Permanente de Teatro

Arranca este mês mais uma fase do Curso Permanente de Teatro do Teatro Ibérico. O início é já dia 30. As inscrições vão manter-se abertas até ao dia 29.
Para mais informações, contactar o Teatro Ibérico:
Telefone: 218682531 ou 913202005

sábado, 15 de janeiro de 2011

SOLIDARIEDADE FOI PALAVRA-CHAVE NA FESTA DE REIS EM VILA VERDE

“Os transmontanos e durienses sabem ser solidários quando é preciso”


O Presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, afirmou, durante o almoço de Reis em Vila Verde, no passado dia 6 de Janeiro, que “a solidariedade é fundamental nos tempos que correm” e viu na concretização desta festa um exemplo disso.
“O povo português de uma maneira geral e os transmontanos e durienses em particular, quando é necessário, quando as dificuldades são maiores, sabem ser solidários, e Vila Verde está, uma vez mais, a dar o exemplo dessa solidariedade”, referiu Artur Cascarejo.
O autarca de Alijó falava de solidariedade para elogiar o empenho da população da aldeia na organização de um evento com a dimensão da tradicional Feira dos Reis.
Esta festa tem já uma longa história e tem sido mantida ano após ano, pela mão do Centro Social e Recreativo Cultural de Vila Verde e de um vasto número de patrocinadores e colaboradores.
Este ano, “o Centro não gastou qualquer verba para que esta festa e feira do Reis se fizesse”, explicou o seu presidente, António Duarte. A instituição atravessa grandes dificuldades e a prioridade é a manutenção da actividade social, pelo que a realização da festa só foi possível com os apoios de algumas empresas e particulares e também da Junta de Freguesia de Vila Verde.

Tradição, festa e chuva

Um dos pontos altos da Feira dos Reis foi o almoço no salão do Centro Social, que mais uma vez se encheu com a população da freguesia e alguns convidados. Estiveram presentes, ao lado do Presidente do Centro e do Presidente da Câmara de Alijó, os vereadores Miguel Rodrigues, Eduarda Sampaio e Goreti Dinis, o Presidente da Junta de Freguesia de Vila Verde, Domingos Henriques, o Padre Amílcar Sequeira, pároco de Vila Verde. Estiveram também representadas a Federação Distrital de Futebol de Vila Real e a Guarda Nacional Republicana. Os pratos foram os tradicionais, carne de porco, arroz de couve e o sarrabulho para a sobremesa.
Mas a ninguém foi permitido sair do salão sem primeiro ouvir as Janeiras cantadas por um grupo de funcionários do Centro Social.
Quando chegou a hora do almoço, já o dia tinha raiado há muito tempo. Desde cedo, os comerciantes começaram a encher a principal rua da aldeia com as tendas que fizeram a feira ao longo de todo o dia. O tempo não foi uma ajuda ao negócio, pelo contrário. A chuva foi uma constante ao longo do dia, contribuindo até para que os feirantes tivessem começado a preparar a retirada quando a tarde ainda ia a meio.
Mas nada impediu que tudo tivesse seguido como planeado. Nomeadamente, o concurso de gado. Os prémios foram atribuídos aos melhores animais presentes na feira, de acordo com a apreciação de um júri. Ao longo da tarde, a feira continuou e a festa também. Quando a noite chegou, Vila Verde voltou à calma habitual com o sentimento de missão cumprida, porque contra todas as dificuldades, esta pequena aldeia conseguiu, mais uma vez, erguer e perpetuar este grande evento.

(Reportagem publicada no semanário A Voz de Trás-os-Montes, edição de 13 de Janeiro de 2010)