Foi no final da atuação, ontem, na Sala do Senado da Assembleia da
República, no encerramento das Jornadas Europeias do Património 2014, após
pedidos de "mais uma" por parte da audiência, que os Boémia cantaram
uma sua versão do "Grândola, Vila Morena". Aos primeiros acordes de
piano, o público sentado na Sala foi-se levantando e acompanhando a banda em
coro.
Sob o tema "Património, sempre uma descoberta", as
Jornadas Europeias do Património encerraram este domingo, ao som dos Boémia e
dos temas do seu último disco, "Os Peregrinos do Mar". O álbum narra
as aventuras e desventuras do povo Português no tempo dos descobrimentos, em
paralelismo com os dias de hoje, quando tantos Portugueses deixam o país para
tentar melhor sorte. Esta é a verdadeira matriz subjacente às líricas deste
trabalho que prestam uma homenagem intemporal à força de vontade de um povo e à
sonoridade incorporada na Moderna Música Popular Portuguesa.
Foi depois de cantar "A Canção para um Infante"
que, acedendo ao pedido de "encore" do público, a banda entoou o
"Grândola, Vila Morena", acabando acompanhada por toda a plateia, em
pé.
O estilo dos Boémia surge como evolução natural da música
popular portuguesa e como reflexo de um conjunto de influências tais como
Fausto Bordalo Dias, Zeca Afonso, Amélia Muge, José Mário Branco, Trovante,
Jorge Palma, Sérgio Godinho, Tom Jobim, Chico Buarque, entre outros.
Como o próprio Fausto teve a oportunidade de dizer, “(...)
os Boémia pertencem já a uma nova geração, que parte na senda da música popular
portuguesa e que nesta altura já se pode chamar Moderna Música Popular
Portuguesa.
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