quinta-feira, 25 de abril de 2013

Stand Up Comedy - próximos espetáculos

Quinta-feira, 25 de abril
  


Sexta-feira, 26 de abril



Terça-feira, 30 de abril




A partir de 2 de maio

terça-feira, 9 de abril de 2013

GOSTO DE MULHERES QUE MASCAM DE BOCA ABERTA

Gosto de mulheres que mascam pastilha com a boca aberta.
As mulheres que mascam de boca fechada não se sabe até se já engoliram. As que mascam de boca aberta não só mantêm na boca como mostram a toda a gente que não engolem.
Mulheres que mascam de boca fechada acham que pastilha deve ser discreta. As que a mascam de boca aberta consideram que é uma consulta dentária.
Se a pastilha pode provocar cáries, mulheres que a mascam de boca aberta querem mostrar que isso é assim.
Mascar de boca fechada é manifesto de boa educação, mascar de boca aberta é mostra de personalidade.
Mascar de boca aberta é mexer no cabelo ao mesmo tempo.
Mascar de boca aberta é andar de mão dada com o namorado.
Mascar de boca aberta é arte mandibular.
Mascar de boca aberta é ter um ar despreocupado.
Mulheres que mascam de boca aberta não sabem ter a boca fechada. Mulheres que fecham a boca para mascar só a abrem quando já estão cansadas.
Mulheres que mascam de boca aberta têm medo de sufocar, têm medo que ninguém veja que elas estão a mastigar.
Mastigam ao telefone, mastigam frente ao professor, o pai vê-as mastigar, mastigam junto ao doutor; mastigam no autocarro, no centro comercial, mastigam ao fazer sexo muito mais do que o normal.
Retire-se o açúcar todo para que não faça engordar, acrescente-se borracha para que dê mais esforço mastigar, ponham-se várias na boca até à razão de sete mas que nunca acabem, nunca, as meninas da chiclete.


25-03-2013

II Festival de Stand Up Comedy de Queluz (inscrições abertas)

Em maio vamos ter o II Festival de Stand up comedy em Queluz. Vão ser cinco semanas, cinco quintas-feiras com muitos participantes e com cinco painéis de jurados de grande nível. Quero que a malta que queira ir mostrar a sua arte se inscreva já. O prémio? É uma participação de honra e remunerada num espetáculo nos Recreios da Amadora. Estou aqui para vos aceitar. Digam alguma coisa. Até já!

Mais informações aqui.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Mensagem Oficial do Dia Mundial do Teatro

Como é hábito aqui no Teleponto, faço questão de transcrever a Mensagem Anual para o Dia Mundial do Teatro. Este ano ela está assinada por Dario Fo, ator, encenador, dramaturgo, Prémio Nobel italiano. O seu trabalho teatral está muito ligado à Commedia Dell' Arte e de um estilo popular, marcadamente interventivo. Estes aspetos não terão sido alheios à escolha do Institut International du Théâtre para o autor da mensagem deste ano, num período crítico da Europa que afeta sobremaneira as companhias, atores e toda a classe teatral do continente.
De resto, Dario Fo é autor de uma peça chamada "Não Se Paga, Não Se Paga", o que também não diz mal com os tempos modernos, um tempo de caloteiros arrasados e credores monstruosos.

Aqui fica a mensagem na íntegra:


"Há uns anos atrás, o PODER, no máximo da sua intolerância, escorraçou os 
artistas dos seus países. Hoje em dia, os atores e as companhias sofrem com a 
dificuldade de encontrar espaços, teatros e público; tudo por conta da crise.
Os governantes já não se preocupam em controlar quem os cita com ironia e 
sarcasmo, uma vez que os atores não têm espaços nem publico que os veja.
Contrariamente ao que acontece hoje, no período da Renascença em Itália, os 
governantes tiveram enormes dificuldades em controlar os atores e comediantes que 
conseguiam mobilizar a sociedade para assistirem aos seus espetáculos.
É sabido que o grande êxodo dos comediantes aconteceu no século da ContraReforma, quando foi decretado o desmantelamento de todos os espaços teatrais, 
especialmente em Roma, por serem acusados de desrespeito à cidade santa. O Papa 
Inocêncio XII, pressionado pela ala mais conservadora da burguesia e dos altos 
representantes do clero, ordenou em 1697 o encerramento do Teatro de Tordinona por 
se considerar que, neste local, diziam os mais moralistas, se faziam espetáculos 
considerados obscenos. Na época da Contra-Reforma, o Cardeal Charles Borromée, no 
norte de Itália, divulgou a consagração da redenção das “crianças milanesas” 
estabelecendo uma clara distinção dos nascidos na arte, como expressão máxima de 
educação espiritual, e o teatro, manifestação de profanação e leviandade. Numa carta 
endereçada aos seus colaboradores, que cito de memória, o Cardeal Charles Borromée 
exprime-se mais ou menos nos seguintes termos: “Nós que estamos empenhados em 
exterminar a planta maligna, tentaremos, lançando fogo aos textos e discursos infames, 
fazer com que estes se apaguem da memória dos homens, do mesmo modo que 
perseguiremos todos aqueles que teimem em divulgar os textos impressos. Sabemos 
que, enquanto nós dormirmos, o diabo estará atento, com atenção redobrada. Então, o 
que será mais premente, o que os olhos vêem ou o que se pode ler nos livros? O que 
será mais devastador para as mentes dos adolescentes e crianças, a palavra proferida 
com gestos apropriados, ou a palavra morta, impressa nos livros? É urgente expulsar das 
nossas cidades as gentes do teatro, tal como já fizemos com os espíritos indesejáveis”.
Logo, a única solução para a crise reside na esperança de uma grande caça às 
bruxas que estão contra nós, e sobretudo contra os jovens que querem aprender a arte do 
Teatro: só assim nascerá uma nova geração de comediantes que aproveitará desta nossa 
experiência e dela tirará benefícios inimagináveis na procura de novas formas de 
representação".

(Dario Fo)

quinta-feira, 21 de março de 2013

Cenário Móvel

Os protestos são caseiros
As portas estão na rua
Os criados gritam ordens
A tropa anda nua
As pontes nunca ligam
Portagens pagam pessoas
E há mendigos que recusam
Cigarros por duas coroas
Crianças ensinam pais
A comer com duas mãos
O avô já era tio, solteiro e sem irmãos

A herdade pegou fogo
Sopraram para o apagar
A vizinha escorregou, partiu o dedo anelar
O Carnaval acabou
Depois da Páscoa começar
Rejeitaram o cordeiro
Os cardeais foram ao mar
A rádio sintonizada transmitia em inglês
Foram à missa gritar cada um na sua vez

O vinho sabia a água
Um Canãa que correu mal
Trocaram bodas da moda
Por suor e pão integral
Correram dias a fio
Em horas contabilizadas
Acharam que valeu a pena
Por não engordarem quase nada

Enquanto a terra tremia
E já ardia o corrimão
Um homem pedia
Que lhe passassem o sabão

sexta-feira, 15 de março de 2013

Crónicas de Carlos Alves em página no Facebook

Já está disponível, desde ontem, a página Dias em Crónica, no Facebook. Sugiro que passem por lá e deixem o vosso "Gosto" para terem direito à Crónica dos Dias.
Desde 2010 fui reunindo uma coleção considerável de registos audio, um trabalho que continuarei a desenvolver mas agora num novo suporte de difusão que, espero, seja do agrado de todos os que me têm acompanhado.
A página terá sempre conteúdo novo e oportunidade para recordar gravações mais antigas.
A partir de agora, tudo o que se passar vai ser crónico.

Sejam bem-vindos!


Queres fazer Stand up comedy?


 Queres fazer stand up comedy?
     
Tendo em consideração o sucesso e as boas surpresas dos últimos dois meses, o Qlub 71 (Rua Adriano Correia de Oliveira, Queluz (junto à PSP) decidiu prolongar um pouco mais a oportunidade de novos talentos e pessoas que queiram experimentar-se a fazer comédia virem atuar no nosso habitual espetáculo nas últimas quintas de cada mês. Se tens ideias que gostavas de apresentar em público, se gostavas de atuar mas ainda não tiveste essa oportunidade ou se nunca pensaste nisso mas agora, bem vistas as coisas, até era algo que te apetecia fazer, entra em contacto connosco e nós recebemos-te com pompa e circunstância nas nossas noites de comédia em Queluz.

- Quando é que posso ir atuar?
- No próximo dia 28 de março, às 22 horas.

- Como é que eu posso participar?
- É muito fácil. Só tens que inscrever-te enviando, para o mail carloalves@hotmail.com o teu nome, idade e contacto telefónico, com o assunto: "Quero ir atuar ao Qlub 71". Depois disso, entramos em contacto contigo e acertamos todos os pormenores da tua atuação.
Em alternativa ao mail, podes simplesmente ir até à página http://facebook.com/carloalves e publicar a mesma frase: "Quero ir atuar no Qlub 71". A partir daí também estabeleceremos contacto.

- O que se pretende é uma atuação de stand up comedy de, no máximo, 10 minutos de duração. As atuações selecionadas serão inseridas numa noite de comédia moderada pelo animador habitual do Qlub71.
Queremos proporcionar ao nosso público coisas novas e caras novas e dar espaço a novos talentos.

Se isto te interessou, inscreve-te e vamos falar desta ideia!

terça-feira, 5 de março de 2013

"Resgatados" - parece que foi ontem e ainda é hoje


Ainda não vos tinha falado deste livro. Devo fazê-lo. É só o retrato mais alucinante dos alucinantes anos 2010 e 2011 em Portugal. Até termos levado com a tripla dose de tranquilizante, acompanhada de 78 mil milhões de euros, a política portuguesa foi assim. Um belíssimo trabalho de jornalismo reconstitutivo... lá está o Carlos a inventar nomes... não, mas é isso que os dois autores do livro fazem, numa narrativa recheada de adrenalina, intriga e traição, num país à beira do precipício.
Uma história a quente que nos mostra os bastidores dos momentos que antecederam o pedido de ajuda externa.

Naquele dia, descrito a partir da página 187, chorei lágrimas de carpideira e celebrei com estranha euforia. Ali pelo final da página 197, eu lançava este vídeo que aqui deixo, porque as recordações são o melhor que guardamos nesta vida, mesmo aquelas que são para esquecer.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Nosso Espaço para Gente Nova

Desde o início do ano, no Qlub 71, temos estado a receber estreantes na comédia e alguns convidados nas noites de stand up comedy. O espetáculo de hoje contará também com algumas caras novas. Se continuar a haver interessados em participar, continuaremos a dar-lhes espaço. Por mim, é com alegria que trabalho com pessoas novas. Proponham-se a vir!

Têm a minha página e o meu mail - carloalves@hotmail.com - disponíveis para eventuais questões. Ou usem a caixa de comentários abaixo para deixar as vossas mensagens. As respostas serão sempre breves.


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O Homem Que Mordeu o Cão


Era ainda muito jovem quando ouvia o Homem Que Mordeu o Cão. Agora sou apenas jovem (jovem adulto para efeitos fiscais) e continuo a ouvir o Homem Que Mordeu o Cão com o mesmo entusiasmo de há mais de 10 anos. Foi por essa altura que comecei a desenvolver um gosto especial pela rádio; foi por essa altura que transformei um trabalho de grupo na escola numa emissão de rádio; foi por essa altura que decidi que queria estudar Comunicação Social. O Homem Que Mordeu o Cão acompanhou-me nesse período, todas as manhãs, duas vezes por manhã.

Por tudo isso continua a ser muito especial agora ouvir O Homem todas as manhãs e sentir que o espírito da rubrica continua o mesmo e o humor também. Por tudo isto, o regresso de O Homem Que Mordeu o Cão é o acontecimento radiofónico do ano (ainda só estamos em fevereiro mas eu arrisco dizê-lo).

Não tenho nada a ver com isso mas assim é merecido ser-se líder.


terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Podemos Cantar Todos?

A tentativa de Miguel Relvas cantar o "Grândola, Vila Morena" foi o maior e mais estrondoso falhanço deste Governo até hoje e "podemos cantar todos" a frase menos gratificante alguma vez dita por um político. Teve consequências arrasadoras. Não, Miguel, há coisas que não podemos fazer todos.

Mas eu gosto do arranjo novo que aqui foi feito. Dá uma nova roupagem à canção, onde encaixa bem a gargalhada a puxar o estilo Quim Barreiros.

Miguel Relvas não sabe a letra do "Grândola, Vila Morena", isso pareceu-me evidente. Mas também não sabe cantar, isso soou-me claro. Os manifestantes talvez soubessem a letra, não percebi, a dicção era péssima, mas cantar também não sabiam.

Não saber a letra do "Grândola" é normal, ninguém tem de saber o reportório da música portuguesa todo de cor. Mesmo que seja um tema com a relevância histórica deste. Relevância que, com a palhaçada a que tem sido sujeita nos últimos dias, está definitivamente abandalhada.

De manhã, as notícias diziam "Miguel Relvas também cantou". A isto é que se chama ter boa imprensa.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Bento XVI renunciou



Esta foi a vez que estive mais próximo de Bento XVI. O Papa renunciou. Largar o Poder é das coisas mais difíceis para um Ser Humano. Perceber que não se tem condições para continuar nele é o maior sinal de clarividência e bom senso.

Os quase oito anos do pontificado de Bento XVI não foram fáceis, com escândalos de pedofilia dentro da Igreja, contas mal explicadas no Estado do Vaticano, fugas de informação e uma camisola do Benfica dada por Rui Costa.

Porém, Bento XVI contrariou algumas impressões e confirmou outras. Continuou a entusiasmar os jovens católicos e a ter os banhos de multidão do antecessor (Jornadas Mundiais da Juventude, em Madrid, por exemplo). Mas também se mostrou um académico e um racionalista (a polémica com o Islão na sequência de uma conferência numa Universidade mostrou o perfil académico a dominar o diplomático). Enquanto Papa, deixou alguns textos belíssimos (a primeira encíclica, Deus Caritas Est - "Deus é Amor" é um texto de uma grande beleza espiritual e humana).

Uma instituição como a Igreja Católica precisa de quem saiba assumir a sua liderança mas também de quem perceba que já não a pode assumir mais. A carga da Igreja é forte demais para ser fácil.



DISCURSO DA RESIGNAÇÃO:

“Caríssimos Irmãos,
Convoquei-vos para este Consistório não só por causa das três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, já não são idóneas para exercer adequadamente o ministério petrino.
Estou bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando. Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de grande relevância para a vida 
da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este, que, nos últimos meses, foi diminuindo de 
tal modo em mim que tenho de reconhecer a minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado.
Por isso, bem consciente da gravidade deste acto, com plena liberdade, declaro que renuncio ao ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às 20h00, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo Pontífice.
Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão por todos os meus defeitos.
Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que assista, com a sua bondade materna, os 
Padres Cardeais na eleição do novo Sumo Pontífice. 
Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo 
o coração, com uma vida consagrada 
à oração, a Santa Igreja de Deus.

Vaticano, 10 de Fevereiro de 2013.
BENEDICTUS PP. XVI”

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

No final será sempre o Teletexto


Num mundo que é feito de mudança, o teletexto é a árvore que ficou depois da devastação. É igual desde o primeiro dia, não sei se alguém o usa mas ele está lá. Não permite fazer nada que não se possa fazer em qualquer outro lugar, mas resiste teimosamente.
É como se alguém o tivesse largado aqui e fugido.

Hoje tive saudades do teletexto e liguei-o para sentir que há cores, letras e números que persistem como se fossem importantes. Sem questionar.

Porém, se questionamos o mundo, temos de questionar também o teletexto.