quinta-feira, 31 de maio de 2012

DEITA O BABICO NO LIXO

A Ditirambus estreia amanhã, Dia Mundial da Criança, um novo espetáculo infantil para 2012. A peça alemã "Deita o Babico no Lixo" de Volker Ludwig narra a história de um grupo de amigos, colegas de escola, filhos de operários de uma fábrica de brinquedos. Eles convivem também com o filho do dono da fábrica que produz Babico, um robô inútil mas que começa por agradar às crianças. Quando a mãe de um dos meninos é despedida pelo dono da fábrica dos brinquedos, eles tudo vão fazer para que ela volte a ser readmitida.

Este é um espetáculo que leva à reflexão sobre injustiças sociais dos nossos tempos, numa linguagem divertida e acessível para as crianças.
Com Carlos Catarino; Carlos Alves; Íris Lopes; Maureth António; Cláudia Vieira; Catarina Monteiro; Carlos Pires.
Encenação de Marco Mascarenhas.
Direção Musical de Rita Almeida.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Só lendo sem dó nem piedade

Alberto Gonçalves dedicou uma parte da sua crónica na última edição da revista Sábado ao filme "Aquele Querido Mês de Agosto", do Miguel Gomes.
Eu gosto dos textos do Alberto Gonçalves. Gosto do radicalismo assumido, do exagero mordaz, do humor refinado, do politicamente incorreto e do reacionarismo (não necessariamente negativo) da abordagem aos temas e alvos escolhidos. Leio essas crónicas com prazer - a escrita é boa - mas sempre com a convicção de que não podem ser demasiadamente levadas a sério. Digo "a sério" no sentido de uma análise rigorosa dos temas. Essa Alberto Gonçalves não faz e, porventura, nem quer fazer. Aquilo que o autor escolhe para criticar, apontar e maldizer é criticado, apontado e maldito com toda a força que a semântica pode ter. E, pelo caminho, não olha a pormenores nem possibilidades. Pelo contrário, exagera os defeitos para fortalecer o ataque. O resultado é, como disse, um texto bem feito, com piada e normalmente arrasador.
Foi o que fez com o filme do premiado realizador português. Reduziu o "Aquele Querido Mês de Agosto" a uma tentativa falhada de cinema e nem perdeu muito tempo a explicar porquê. Tudo para criticar os cineastas que, com Miguel Gomes à cabeça, se queixam dos cortes nos subsídios para o cinema português. Alberto Gonçalves arrasou uma obra para justificar o seu ponto de vista em relação aos apoios do Estado à Cultura.
Mais uma vez o texto está bem escrito, é divertido e "mortal". Porém, os fundamentos são maus. O autor conta que, enquanto via o filme, metade das pessoas que estavam com ele adormeceram, outras desejavam a morte (já que, diz ele, invejavam um porco que aparece a ser morto) e que acabou por cortar relações com o amigo que propôs o visionamento do DVD. Parece-me um relato exagerado do que se terá passado, mesmo que o filme fosse assim tão mau. Mas não é. É um dos melhores filmes portugueses das últimas décadas (e estou certo de que exagero menos do que Alberto Gonçalves). Já agora, meu caro Alberto, a protagonista não é bombeira. É estudante e vigia florestas no verão, o que é diferente de ser bombeira. Já que queremos entrar a matar, vamos também ser rigorosos. Mas percebo que o que interessava não era a profissão das personagens, era arrasar os clamores por apoios ao Cinema e "bombeira" sempre é um termo mais eficaz para efeitos humorísticos do que "vigilante de florestas". Afinal é isso que importa nas crónicas de Alberto Gonçalves, o efeito e não o substrato. Se o efeito arrasar o substrato melhor ainda.
Por tudo isto, digo que não podem ser levadas muito a sério. Mas eu vou continuar a lê-las. Gosto de as ler, mesmo quando discordo profundamente. Prefiro ler alguma coisa que me desconforte e que choque contra as minhas opiniões de forma até bárbara mas que esteja bem escrita do que olhar para reflexos das minhas opiniões numa prosa que mete medo.

Esta cena é para si, Alberto Gonçalves!

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Tempo de Mágoa

Em cena. Consultar datas aqui.


Stand Up Comedy com Carlos Alves no Qlub71

Os meus espetáculos de stand up comedy no Bar Qlub71, em Queluz, acontecem todas as primeiras quintas-feiras de cada mês. O de maio já lá vai (e foi bom, disseram-me). O próximo é dia 7 de junho (quinta-feira, lá está... a primeira de junho, lá está). A coisa começa pelas 22h30 e vai por aí fora.

Posso prometer coisas novas todos os meses e nada para baixo de surpreendente.

Caso queiram perguntar-me alguma coisa sobre este assunto, podem contactar-me no Facebook, que eu respondo, em http://facebook.com/carloalves. Também podem deixar mensagem/ comentário aqui na sede, que também será respondido.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Teaser Espetáculo de Stand Up Comedy

Acompanhem o ritmo a que corre a preparação da grande estreia do Espetáculo de Comédia com Carlos Alves e Rúben Silva, esta 5ª feira, no Bar Qlub71, em Queluz.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Novo Espetáculo de Comédia de Carlos Alves

Vai ser apresentado ao público, pela primeira vez, na próxima quinta-feira, dia 3 de maio, no Bar Qlub71, em Queluz. O espetáculo conta com a participação do Rúben Silva e o apoio oficial da Ditirambus - Pesquisa Teatral.


domingo, 22 de abril de 2012

Explicação de um Amor Falhado

Pediste-me jóias
Eu não tive dinheiro
Até gostavas de andar com um ator
Mas preferias que fosse brasileiro.
Achavas foleiro
O meu casaco xadrez
Pediste-me um jantar romântico
Eu levei-te ao chinês.

Sonhavas cruzar o atlântico
Comigo a teu lado
E também que depois do ato
Eu continuasse acordado.
Bastava, sei agora, para tua satisfação
Sexo pela noite fora;
Que eu te teria dado
Se não fosse a disfunção.

Foste o meu amor falhado
O meu romance perdido
Trouxe-te um postalinho
Quando esperavas um vestido.
Eu escrevia beijinho
Tu só escrevias bj
Tu eras muito fofinha
Eu era um idiota.
Mas a vida é assim mesmo
Depois de tudo percebi.
Não podia funcionar
Eu era demais para ti.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Tempo de Mágoa

TEMPO DE MÁGOA, anos de uma República Portuguesa esquecida, onde repousa a "Pátria de Salazar" - país do medo e da guerra, da repressão e censura, dos delitos de opinião e prisões políticas com torturas tão mecanicamente perfeitas e infligidas em seres humanos em farrapos, do analfabetismo e miséria, dos "pés descalços" massacrados pelas pedras e gelo, das crianças sem pão e sem nome.
TEMPO DE MÁGOA é uma breve passagem por estes 80 anos de um Povo que chora sem lágrimas.

Uma produção do grupo Ensaiarte. Com texto e encenação de Célia Figueira.

É a peça que estou a fazer e que estreou a 13 de abril deste ano, no Auditório do Pinhal Novo.
As datas dos próximos espetáculos estão aqui.


terça-feira, 10 de abril de 2012

Rádio do Lugarejo

Esta é mais uma das minhas sátiras ao mundo da Rádio, no fundo a sequela de A Rádio das rádios. Desta vez, foram as rádios locais que inspiraram este momento. Só as coisas boas inspiram a criação e o Rádio do Lugarejo é uma brincadeira produzida com profundo respeito por esse meio maravilhoso que é a Rádio.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Nativos Digitais - Compreender os media é educar para a cidadania

Nativos Digitais é um programa da RTP 2 sobre media, jornalismo e tecnologias da comunicação social. Para quem estudou jornalismo, o programa não tem novidade nenhuma e é até bastante básico na abordagem dos temas. Porém, a maioria da população não estudou jornalismo e, para esses, o que é dito naquele programa não é assim tão senso comum, é, aliás, essencial para compreender o mundo da produção e difusão de informação no mundo contemporâneo.
Esta é, de resto, a grande qualidade do Nativos Digitais. É um programa que fala de jornalismo e comunicação social de uma forma que todos percebem e mostra coisas em que o público não pensa habitualmente, mas que nem por isso devem ser ignoradas.
A RTP 2 presta um verdadeiro serviço público com este programa e está a contribuir para uma educação para os media, que é, no fundo, uma educação para a cidadania.

Por tudo isto, recomendo a página do programa no Facebook, em http://www.facebook.com/nativosdigitais.
O programa é transmitido às terças, às 19h45 e repete de madrugada.


Mensagem para o Dia Mundial do Teatro 2012

Partilho aqui a Mensagem para o Dia Mundial do Teatro. Anualmente, o Instituto Internacional de Teatro da UNESCO, convida alguém ligado a esta arte para escrever essa mensagem. Este ano, a tarefa coube a John Malkovich, que disse assim:

"Que o vosso trabalho seja convincente e genuíno. Que seja profundo, tocante, comunicativo e incomparável. Que nos ajude a refletir sobre a questão do que significa ser humano e que essa reflexão seja conduzida pelo coração, pela sinceridade e pela bondade. Que superem a adversidade, a censura e a escassez algo que, na verdade, muitos de vocês são forçados a confrontar. Que sejam abençoados com talento e rigor necessários para ensinarem, em toda a sua complexidade, as causas pelas quais deve bater o coração Humano, tendo em conta a humildade e a curiosidade para fazer dessa tarefa a obra da vossa vida. E que seja o vosso melhor – porque o melhor que derem, mesmo assim, só acontecerá nos momentos únicos e efémeros – Em consonância com a pergunta mais elementar de todas:
“Porque vivemos?”
Merda!!!"

segunda-feira, 26 de março de 2012

O FRIO QUE FAZ NA CAMA conquista Sete Nomeações em Festival Internacional

A peça "O Frio que Faz na Cama" (produção da Ditirambus - Associação Cultural e Pesquisa Teatral) obteve sete nomeações no Festival Internacional de Teatro de Vila Nova de Gaia:

- Melhor Peça;
- Melhor Encenador (Marco Mascarenhas);
- Melhor Ator (Carlos Alves);
- Melhor Atriz (Célia Figueira);
- Melhor Iluminação (Tiago Fonseca);
- Melhor Cenário (Marco Mascarenhas);
- Melhor Guarda-Roupa.


quarta-feira, 21 de março de 2012

Pessoas Que Não Me Servem

Pessoas que dizem "Vamos indo"
Pessoas para quem tudo é ruim
A chuva, a seca, o Benfica
Tudo é desgosto e nada está bem assim.
Pessoas que sabem quem fica
Que dizem que o autocarro não vem
Que veem sorte em toda a gente
Só a elas nada corre bem.
Que têm um ar doente
O leite está frio, o café quente
Sabem sempre quem saiu
E não lhes escapa alguém que entre.

São pessoas que não me servem
E a culpa não é minha
Mas de facto não me servem
Nem que lhes façam bainha.

Aturar estas pessoas
É penitência cristã.
São pessoas que veem o mundo
Pelo Correio da Manhã
Ou pessoas que ofendem, insultam
E coisas que tais
Tratam-te abaixo de cão
Por não gostares de animais.
Se na honestidade cais e vens a ser menos sensato
Vais meter-te em sarilhos
Elas vivem para o gato!
Mas jamais teriam filhos.

São pessoas como estas
Que não me servem para nada
Mas que me fizeram escrever
Esta coisa apalermada.

21-03-2012

terça-feira, 20 de março de 2012

Personagem Tó, em O Frio que Faz na Cama


Peça "O Frio que Faz na Cama", de António Manuel Revez; Encenação de Marco Mascarenhas. Produção: Ditirambus (2011)