Maiores do que os motivos que fizeram rebentar a contestação são os motivos que a devem sustentar. Termos de estar continuamente a explicar a importância da Cultura para um país é um exercício interessante mas torna-se cansativo. Preferíamos que se percebesse à primeira.
É por isso que vamos estar na rua. Para explicar, mais uma vez.
Pedir um por cento para a Cultura é apenas pedir um número - eles percebem melhor quando se fala em números.
É por isso que vamos estar na rua. Os bancos têm pedido números muito mais pesados e recebem logo. Vamos ver se resulta connsoco também.
Temos uma profissão, ela deve estar regulamentada e encarada como tal. O teatro, a dança, a luminotecnia, por exemplo, não são hobbies. Compreenderão que passar dias dentro de uma sala de ensaios seja muito fraca escolha como hobby.
É por isso que vamos estar na rua. Para dizer que profissões que pagam impostos (mais impostos do que outras até) podem e devem ser regulamentadas.
Acima de tudo, que se entenda a Cultura como início e fim de uma democracia.
É por isso que vamos estar na rua. Por uma democracia culta e informada.
(Carlos Alves)
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