Estive esta manhã num júri de avaliação das provas de aptidão profissional de alunos finalistas do curso de Artes do Espetáculo, numa escola secundária de Lisboa. Avaliar estas provas é sempre observar o resultado de três anos de aprendizagens, de desenvolvimento de competências profissionais e artísticas.
Contudo, mais do que os domínios práticos e teóricos, aqueles alunos demonstram ter adquirido um profundo conhecimento de si próprios, do que são e do que querem ser, do valor do trabalho em equipa e do relacionamento interpessoal. Noutras áreas, por certo teriam adquirido conhecimentos técnicos e científicos importantes para poderem vir a ser médicos, engenheiros, gestores, e bem, porque todas essas funções são de grande importância. Com o Teatro, para além dos conceitos, aprenderam-se a si próprios. É um grande desígnio da Educação este de levar ao auto-conhecimento.
Se há alguém com dúvidas sobre o papel do ensino de Artes nas escolas, tem aqui a solução para essas dúvidas; se existe alguém que ache esse ensino menos prioritário, saiba que está a desprezar uma missão importante da Escola, a de formar homens e mulheres e não apenas técnicos e executores.
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