Gustavo Santos, estou seriamente preocupado contigo. As
redes sociais hoje falam muito de ti, Gustavo. O que aconteceu, Gustavo?
Pessoas morreram ontem, Gustavo, e hoje é a ti que te atacam. Também não
entendo, Gustavo. Eu sei que nada tens a ver com os hediondos crimes em França.
Mas então porque é que as pessoas não gostam de ti, Gustavo? Talvez tenhas
usado esta situação trágica para vingar os teus fantasmas, para enviar uma
mensagem de alerta aos que um dia te caricaturizaram. É isso, não é, Gustavo? E
todos perceberam isso e por isso estão chateados contigo, Gustavo. Mas,
Gustavo, as pessoas são más! As pessoas encontram no dia a dia coisas para
fazer piada, encontram motivos para rir, para lançar olhares irónicos sobre os
assuntos que mexem connosco e, no teu caso, o assunto que mexe contigo és tu
porque tu estás acima... ou no centro, tu és o mais importante da tua vida, e
isso que, com clarividência, ensinavas nos teus vídeos. Obrigado, Gustavo!
Obrigado também por nos quereres fazer perceber que o humor é coisa má e leva à
morte. Ou, no mínimo, a um bom par de estalos. Cada pessoa devia estar
quietinha no seu sítio, calada na sua vidinha, que já não teria pouco com que
se ocupar, pagar os impostos e ir à Feira Popular ao domingo. Assim ninguém se
chateava, Gustavo, e todos os dias amanheceriam tranquilos, inclusivamente para
ti, que não te verias obrigado a publicar pensamentos radicais, proto-fascistas
e ameaças encapuçadas. Eu sei que o fizeste só para os assustar, fizeste-o com
sentido pedagógico, fizeste-o com um paternalismo terno que, ingratos!, não
reconhecem e ainda desprezam. Perdoa-lhes se puderes, Gustavo!
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