quarta-feira, 7 de abril de 2010

A RELÍQUIA vai ficar em cena por mais tempo

As primeiras semanas de cartaz de A RELÍQUIA foram um agradável sucesso. Razão que justifica a decisão do Teatro Ibérico prolongar o espectáculo por mais tempo. Caso contrário, a última representação aconteceria já no próximo dia 11. Achou-se por bem, em nome do público que ainda não teve a oportunidade de assistir e que desta forma já não o poderia fazer, prolongar-se a temporada por todo o mês de Abril, até 2 de Maio.
É com muita felicidade que vemos esta continuação do espectáculo em cena e esperamos que um maior número de pessoas consiga disfrutar desta grande história da nossa literatura levada ao teatro.
É, por isso, importante fazer as devidas reservas e garantir lugar na plateia do Ibérico nas próximas semanas, de quinta a domingo, sempre às 21h30. Aqui ficam os contactos do Teatro: 218682531 / 913202005.

Saudações!

terça-feira, 6 de abril de 2010

Notícias em 2º Horário

O programa "Notícias em 2ª Mão" da SIC, apresentado pela dupla Marco Horácio/ Eduardo Madeira mudou de horário. A partir de ontem, passa a ser transmitido depois das duas novelas, a fechar o horário nobre. Uma mudança drástica, já que antes estava no pico do prime-time. O 24 Horas lançou a polémica e mereceu a atenção dos apresentadores na emissão de ontem, que preencheram boa parte do programa a "malhar" naquele jornal. Mas dedicaram também algumas indirectas para a direcção da SIC. "Talvez haja programa amanhã", disseram na despedida.
Mais uma vez, a SIC lança uma aposta para o horário nobre, mais uma vez a aposta falha. Desta vez até tinha o capital de sucesso que Marco Horácio trazia do "Salve-se Quem Puder", um inegável sucesso dos últimos tempos de Carnaxide. Mas o formato agora era outra coisa. Já não entusiasmava as classes etárias mais jovens como o outro e isso era um problema para a telenovela que se lhe seguia na programação e que, para competir, precisa desse público não adulto, que a TVI granjeia com os Morangos com Açúcar e que duvido que a SIC consiga com a transmissão ao fim-de-semana da série de vampiros Lua Vermelha.
Mas qualquer programa precisa de ser bem tratado para ter sucesso. O "Notícias em 2ª Mão" não é um formato fácil para ser suportado por uma televisão comercial. Ainda para mais àquela hora. A TVI não o faz. Por aí, o novo horário é mais apropriado. Por outro lado, aquele não é programa para início de late night. Todos os formatos deste género (sketches, comédia de costumes e sátira de actualidade) experimentados naquela faixa da programação - e muitos pela SIC - falharam. Não vai ser diferente. Até porque a concorrência não deixa.
A promoção ao programa, antes da estreia, foi boa e intensa. Não faltou publicidade na imprensa e nas ruas nem autopromoções no canal. Mas logo na semana de estreia, houve dias sem emissão, por outras necessidades de programação. Para um programa novo pode ser fatal esta descontinuidade, que dificulta a habituação e a rotina das audiências. Algum tempo depois apareceu o "Sinais do Tempo" de Miguel Sousa Tavares que retirou Marco Horácio e Eduardo Madeira mais um dia da programação. O novo programa começou a servir para as novas vagas e também isso não é bom para um produto novo.
Se o objectivo era ganhar o pós-telejornal e transportar audiência para a novela, o ponta-de-lança devia ter sido tratado com outras pinças. Com a certeza de que não é fácil, como disse, alimentar um formato nestes num clima concorrencial tão forte. A SIC sempre vai fazendo apostas alternativas. Não é mau, mas por serem alternativas tendem a falhar. Porque programar cada vez menos se liga com criatividade, está quase tudo inventado. E a TVI sabe.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Sexta-Feira Santa

O Cristianismo não se impôs pela força nem pelo Poder; manifestou-se através do sofrimento e da humilhação.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Os dias centrais na história da Humanidade

Com a chamada Quinta-feira Santa, hoje, começa o período das festividades pascais que se estende até ao próximo domingo. Estes quatro dias, para além de permitirem a muita gente ir de férias, representam os momentos decisivos na formação de uma religião, o Cristianismo, e de uma instituição com mais de dois milénios de existência, a Igreja Católica. Não há muitas instituições no mundo com mais de mil anos de vida - nem o Benfica. A Igreja de Roma tem mais de dois mil. Porque é que digo que estes dias, convidativos a uma fuga para as praias ou a uns retiros no campo, são centrais na história desses dois mil anos?
Jesus de Nazaré aparece no seu tempo como um salvador do povo judeu. Muitos o viram como um messias político, capaz de os libertar do colonialismo romano, das garras do império. Cedo perceberam que o discurso de Jesus não se coadunava com a batalha que era preciso travar. O povo ansiava um líder para enfrentar um imperador e Jesus falava de perdão, amor, de dar a outra face, de "dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Deixou de fazer sentido para eles, não era o que queriam. Porém, pese embora a rejeição, a mensagem de Cristo instalou-se, os apóstolos que escolhera deram-lhe seguimento e o Cristianismo chegou até aqui. Foi com a célebre distribuição do pão e do vinho na Última Ceia que se instituiu a Eucaristia, momento central na vida cristã, sacramento da presença de Cristo entre os seus seguidores. É essa última refeição antes da morte, perpetuada para sempre, que os católicos celebram hoje.
Depois, Jesus foi condenado e crucificado, com mais ou menos sangue que no filme de Mel Gibson, e foi sepultado, como qualquer homem, qualquer judeu castigado com a morte. Até aqui, pareceria uma vida decepcionante. O homem que vinha libertar a Judeia, ficou-se por uns discursos bonitos e profundos, umas acções espantosas e depois morreu de forma humilhante. Tudo isto é História, nada tem a ver com fé. Mas há um fenómeno que vem depois e que, esse sim, só pode ser aceite à luz da fé, como só à luz da fé faz sentido a celebração da Páscoa. A quem falte essa fé resta aproveitar as mini-férias o melhor que possa. Esse fenómeno é a Ressureição. É possível prová-la? O corpo de Jesus desapareceu mesmo do sepulcro? Como? Após a morte de Cristo, os seus homens mais próximos desapareceram todos e mantiveram-se longe durante muitos dias. Não foi só o medo de também serem perseguidos, foi também o desânimo que sentiram com a morte daquele em quem confiavam e de quem não esperavam aquele fim tão pouco heróico. No entanto, algo deve ter acontecido para, mais tarde, todos eles regressarem e voltarem a assumir a missão de falar por Jesus e de instituir a sua Igreja. Também eles acabaram por ser perseguidos, presos e mortos. Mas a Igreja que ergueram nunca mais cairia.
E muitos foram os problemas que a assolaram. Muitas foram as pessoas que no seu interior, ao longo dos séculos, estiveram longe da mensagem e das regras cristãs. As pessoas passaram, a mensagem e a instituição ficaram. Se a Igreja Católica foi fundada pelo Filho de Deus, agora ela é governada e constituída por homens. Assim, ela é imperfeita. As críticas e ataques que se fazem à Igreja são sempre provocados pelas acções dos homens que a formam, sejam eles clérigos ou leigos, e nunca pelos valores que a mensagem de Cristo inspira. Há uma certa falácia em atacar uma instituição pelas atitudes de pessoas que a integram, assumindo que essas pessoas deviam estar imunes ao erro e à fraqueza humanas. Hoje, a Igreja volta a viver momentos difíceis. Os casos de pedofilia envergonham-na, nada têm a ver com Jesus Cristo e, no entanto, são a pólvora perfeita para incendiar os ódios primários e a crítica fácil do todo pela parte. Já muito se disse sobre estas misérias dos nossos tempos, não me interessa emitir opinião para juntar às colecções. Mas há coisas que são dos homens, os homens devem resolvê-las. E, na Igreja, há coisas que são de Cristo e, das duas uma, ou os homens as assumem como tal ou então retiram-se. Poluir uma mensagem, que é afinal uma apologia do Amor e uma nova visão sobre o transcendente, com aberrações humanas é bem pior do que vomitar críticas sobre uma Igreja de que não sabemos nada ou uma Bíblia que nunca lemos. Tristemente, tanto uma como outra têm obreiros por todo o lado.

Hoje é dia da mentira e os outros são todos da verdade?

1 de Abril - dia da mentira. É engraçada a importância que damos à mentira, ao ponto de lhe dedicarmos um dia. E utilizamos esse dia para dizer pequenas mentiras e pregar algumas partidas. É uma forma "legal" de fazer aquilo que na verdade sabemos não dever fazer. Mas a importância da mentira nas nossas vidas é tão grande que não só lhe dedicamos um dia como não conseguimos viver sem ela. Não vivemos sem mentir nem havemos de chegar ao fim dos nossos dias sem os ouvidos abarrotados de grandes aldrabices. Agora até vamos ter uma comissão de inquérito para apurar da mentira ou da verdade. Mentiu o primeiro-ministro ao Parlamento? Mentiu ele aos portugueses? Mentiu. E mais do que uma vez. Mas tantos outros primeiro-ministros de tantos outros países também o fizeram. George Bush até conseguiu mais. Mentindo aos seus governados, mentiu ao mundo inteiro e essa mentira teve realmente importância. Os iraquianos que o digam, e os afegãos também, e Durão Barroso, que também caiu na peta.

Publicidade. Mentira! Resposta simplista, mas a publicidade não pode ser verdadeira, não faria sentido gastar milhares de euros para transmitir uma verdade. Seria, contudo, arriscado gastá-los para dizer uma enorme mentira. Não, as marcas gastam dinheiro para exagerar uma verdade, disfarçar outra e omitir algumas coisas. Ora, o resultado não é uma mentira pegada mas também não é uma verdade verdadinha. De facto, não é fácil viver só da verdade.

No jornalismo. Sim, jornalismo e verdade. Tem de ser. O jornalismo, para mim que sou jornalista, quer-se a profissão da Verdade, a luta em nome da Verdade. Ainda acredito que assim seja. Mas não duvido que não seja só assim. Não é possível pegar num jornal e acreditar que está ali verdade. É essencial para a verdade mas o jornalismo não vive só com a verdade. Se mentir não é só apresentar argumentos falsos, mas é também enquadrar, omitir, subjectivar factos, então o jornalismo também não vive sem mentira.

No dia 1 de Abril preparo sempre uma aldrabice, só uma mas em larga escala, com um alvo abrangente. Nesta altura em que escrevo, a fantasia deste ano já está em marcha. Por isso não posso falar já disso. Aproveito então para me divertir com uma mentira que não vai ter consequências, espero. Amanhã se verá. Se fizesse aquilo que estou a fazer hoje ou o que fiz no ano passado num outro dia qualquer, perderia toda a credibilidade a partir daí. Como o faço a 1 de Abril, conto não a perder. Até porque o meu problema com a mentira é mesmo o medo de deixar de ser credível. Gosto que acreditem em mim quando digo alguma coisa. Mesmo que seja no primeiro dia de Abril.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Pinto da Costa vence Luis Filipe Vieira na audimetria

No duelo televisivo de ontem à noite ganhou o FC Porto. A entrevista com Pinto da Costa teve 12,8% de audiência média, representando cerca de 32% do auditório televisivo àquela hora. Já Luis Filipe Vieira frente ao portista Miguel Sousa Tavares ficou-se pelos 19,8% de share, para uma audiência média de 7,9%. As duas entrevistas começaram à mesma hora e tiveram a mesma duração. Mas a de Judite de Sousa ao presidente dos dragões foi claramente mais animada, empolgada, clima ao qual não foi alheia a personalidade controversa, directa e cáustica de Pinto da Costa. O presidente do Benfica, por seu lado, tem uma presença televisiva muito mais apagada e um discurso menos fluido. Além disso, o embate com Sousa Tavares decorreu num tom bastante morno. Os telespectadores preferiram ouvir o líder portista, a contas com uma época menos conseguida, em alta rivalidade com o Benfica e Filipe Vieira, protagonista de processos recentes como o Apito Dourado, em detrimento do presidente do clube com mais apoiantes em Portugal, que está prestes a ser campeão e joga amanhã nos quartos-de-final da Liga Europa.

sábado, 27 de março de 2010

Viver o Dia do Teatro

De que serve o Dia do Teatro se nele não vivermos o Teatro? Podemos até organizar muitos eventos, debates e reflexões sobre o Teatro mas a magia desta arte só se sente verdadeiramente quando estamos num a plateia á frente do palco. Ou então em cima do palco. A minha celebração de hoje será nesta última modalidade. Estarei em cena a partir das 21h30 na peça A RELÍQUIA, no Teatro Ibérico (Lisboa). E convido todos a estarem presentes, desfrutarem desta história, sentirem o ambiente do teatro, o abrir do pano, o surgimento de umas e depois outras personagens, o embrenhar-se na história e a magia de ter assistido a algo que por momentos foi verdade e agora já só o é na nossa memória e na nossa mente. Isto, sim, será aproveitar o facto de haver um Dia Mundial do Teatro.

E, no Teatro Ibérico, a noite continua depois de A RELÍQUIA com um espectáculo no bar do teatro, o PANCAKES SHOW. Uma proposta mais descontraída também para comemorar esta arte.



Bom teatro para todos!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Uma estreia muito feliz. Parabéns Teatro Ibérico!

Escrevo depois de uma grande noite no Teatro Ibérico. Uma plateia repleta assistiu à estreia de A RELÍQUIA. Foram absolutamente indescritíveis as reacções do público ao trabalho que estávamos a fazer, a energia que chegava da plateia até ao palco, os aplausos ainda antes do espectáculo terminar, a felicidade dos meus colegas e de toda a equipa quando regressámos aos bastidores, os elogios e as apreciações sinceras, o clima de festa que pairou naquele teatro com tanta gente ali reunida e o sabor da tranquilidade e satisfação por termos conseguido. Trabalhámos muito, porque queríamos oferecer ao público algo que valesse a pena. Com os meios que existem, dobrando as dificuldades que surgem quando se faz Cultura, com muito empenho e amor ao Teatro criámos um espectáculo que a todos nos orgulha e que, ao longo das próximas semanas, vamos mostrar ao nosso público. Trabalhámos muito e ainda bem. Não lamento um único segundo desse esforço. Valeu a pena.
Temos connosco a genialidade de um escritor como Eça de Queirós e a brilhante adaptação de Filomena Oliveira. Estamos a dar vida a uma história mirabolante e a um grupo de personangens delirantes nos seus defeitos humanos e culturais. Estamos a levar as pessoas a rir, mais do que de uma comédia, de toda uma sociedade.
A Companhia do Teatro Ibérico é feita de pessoas que vestem a camisola, orgulham-se dela e não fazem menos do que deviam, fazem mais do que podem. Assim, perseguem sonhos e não descansam até os materializar e assumem essa luta por sua conta e risco. Não vejo outra razão para o fazerem, é porque acreditam que podem criar coisas que façam sentido para quem as recebe, os espectadores. A RELÍQUIA é o filho mais novo dessa crença e dessa perseverança. Por tudo isto, pelo esforço investido, pela exigência mantida, pelos sonhos feitos vida, o Teatro Ibérico, em cada um dos seus obreiros, está de parabéns.
Pela minha parte, agradeço a todos os que acreditaram em mim e serei feliz sempre que corresponder em pleno a essa confiança, a eles que não merecem que eu seja menos.

sábado, 20 de março de 2010

É Eça mesmo

Sim, sou um aficcionado da obra de Eça de Queirós. Sim, considero Os Maias um dos grandes livros da minha vida - embora Os Maias seja a resposta pronta de quem não lê muito quando interrogado sobre livros, no meu caso não tenho medo de dar essa resposta. Sim, o meu exame final de Português do 12º ano foi sobre Os Maias. E, sim, sou capaz de reler com prazer todos os livros do Eça de Queirós. Desde a super história de Carlos da Maia e Maria Eduarda até à Cidade e as Serras, este menos corrosivo mas com um humor de grande nível e subtileza. E, claro, A Relíquia. Uma história notável, arrasadora da hipocrisia social e dos brandos costumes, que são afinal mais fundamentalistas do que brandos. Com A Relíquia, Eça não cria uma grande história, como faz nos Maias. Apresenta, pelo contrário, uma caminhada patética como patéticos são os seus intervenientes. E são os defeitos dessas pesonagens que as guiam para uma grande aventura. É uma viagem de fanatismo, mentira, hipocrisia, reveladora de instintos primários sufocados por uma capa social e religiosa, tão frágil quanto superficial. Olhamos para eles e rimo-nos, mas não teremos algures nas nossas vidas comportamentos e atitudes assim? É esta a força do humor queirosiano. As alegrias e as tragédias das personagens são provocadas por elas próprias, por aquilo que elas têm de condenável. São tipos sociais, dão a cara pelo ridículo de toda uma sociedade, de todo um país.

É esta obra que agora é levada à cena pelo Teatro Ibérico, numa adaptação de Filomena Oliveira e encenação de Onivaldo Dutra. A Relíquia transportada para o palco resulta numa comédia divertidíssima e numa sucessão de acontecimentos absolutamente delirante. São as vicissitudes de quem finge um papel que não é o seu e sobre quem a verdade pode desabar a qualquer momento como um estrondo e destruir todos os planos e ambições. E está lá tudo retratado, a fé de uma irracionalidade desmedida, o aproveitamento dessa fé para todos e quaisquer proveitos, a hipocrisia de não ser o que se parece e querer parecer o que não se é. A mentira, a traição, a ignorância e o desfile dos anseios mais primários estão todos lá e só estão porque Eça os decalcou da sociedade. E a sociedade, mudou muito desde o século XIX? Vale a pena pensar nisso ao assistir a este espectáculo. E o chico-espertismo não é uma moda do Portugal moderno? Se é, podemos bem olhar-nos ao espelho ao ver A Relíquia.

Os responsáveis por este espectáculo quiseram ser fiéis não só ao espírito da obra como também ao da época, com as dificuldades que isso traz, ainda para mais a uma produção independente. Quando não é possível ter a ambiência do século XIX ali toda em cima do palco, criou-se um simbolismo que a define.

Já agora, e porque esta reflexão foi feita em nome pessoal e independentemente das tentativas de promover o espectáculo - nas quais me empenharei nos próximos tempos, por considerar que o público que gosta de teatro, o que gosta de Eça de Queirós, o que gosta de cultura, merecem conhecer esta peça e devem vê-la - menciono aqui cada um dos elementos da equipa da Relíquia, com os quais tenho a alegria de poder trabalhar neste projecto que muito acarinho: Onivaldo Dutra - encenador; Marco Mascarenhas - director artístico do Teatro Ibérico; os colegas actores - Manuela Gomes, Naná Rebelo, Miguel Ferraria, Pedro Conde, Tânia Alves, João Almeida, Carlos Catarino e Sérgio Coragem; os técnicos de luz e som - Rita Almeida, Mário Inácio e Céu Neves; e o figurinista Paulo Miranda. E também todos os que de uma forma ou de outra deram e dão o seu apoio na realização desta aventura. Um forte abraço para todos! Vamos trabalhar! O público aguarda-nos.


quinta-feira, 18 de março de 2010

Um escândalo na família

Esta foi uma história que eu encontrei e que foi contada pelo Manuel Halpern numa das suas participações no Indigente da Antena 3. Não resisti a partilhá-la, gravando-a com a minha voz.

Singapura_Casamentos Conjuntos



Esta peça foi produzida no Curso de Televisão do Cenjor.
Autor: Carlos Alves
2009

quinta-feira, 11 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Mais sobre o PANCAKES

O PANCAKES SHOW já estreou a um mês e meio mas ainda temos outro tanto pela frente. Continuamos assiduamente no Teatro Ibérico todas as sextas e sábados, às 23h30. Não é um horário comum para se ver teatro, dir-me-ão. Pois não, e só por isso vale a pena arriscar. Porque não é comum. E ao fim-de-semana podem fazer-se coisas menos comuns. Temos vindo a produzir vídeos sobre o espectáculo, mas não podemos revelar muita coisa, porque só tem piada se for visto no bar do teatro. Vejam o vídeo e se ganharem curiosidade e vontade, vão ao teatro no próximo fim-de-semana. Contactos para reservas de bilhetes ou quaisquer informações, encontram-nos facilmente clicando aqui.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Óscares na TVI

A TVI tansmitiu mais uma vez a cerimónia de entrega dos Óscares, comentada por Vítor Moura e José Vieira Mendes. Optaram por dar primazia aos sons da festa, sem interrupções nem tradução. Pareceu-me uma boa opção. Não creio que fosse importante repetir em português as palavras dos intervenientes, ainda que por vezes se pudesse ter aproveitado certas pausas ou os aplausos para uma curta explicação do que se tinha dito e não ficar pelo comentário "foi um agradecimento original" ou outras referências assim, várias vezes repetidas, de forma algo inócua. O papel dos dois comentadores restringiu-se a preencher os pequenos intervalos ao longo da gala. E aí, pecaram por quase nunca acrescentarem mais valia à transmissão. Os comentários foram bastante redundantes e inconsequentes. Valeu a terceira intervenção, de Maria João Rosa, a partir de Los Angeles, que essa sim marcou a sua participação com informações e curiosidades apropriadas e relevantes para quem estava a acompanhar aquela noite. Foi uma boa aposta a integração deste terceiro elemento, que, sem dúvida, acrescentou valor à emissão portuguesa.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Sinais de Fogo

Foi hoje para o ar o segundo programa de Miguel Sousa Tavares na SIC. Dando-se o respectivo benefício da dúvida à estreia na semana passada, agora já se podem tecer alguns comentários. Sousa Tavares apareceu hoje com mais bonomia na apresentação do programa, depois de no primeiro ter mostrado uma certa agressividade e rosto fechado, que, podendo combinar com um espaço de comentários num telejornal, não funciona quando se é pivot de uma emissão. Melhor, portanto, a primeira parte. Já a entrevista foi muito pior do que a da semana passada (com José Sócrates). O convidado, Gonçalo Amaral, mal teve tempo para falar e nem sei mesmo se chegou a terminar algum raciocínio. Da enrevista só me lembro das perguntas, das "teses", "crenças" e "opiniões" do entrevistador. Gonçalo Amaral, entre a limitação imposta pela providência cautelar a que está sujeito e as investidas de Sousa Tavares, limitou-se a contradizer o interlocutor mas dizer, não disse nada.
No final, já com o plano geral do estúdio mas antes do genérico entrar, ainda se ouviu Miguel Sousa Tavares lamentar que "25 minutos é curto". Até pode ser curto de tempo mas o papel do entrevistado é geri-lo e falar mais do que o entrevistado não ajuda.
O estilo do programa é interessante, directo, incisivo mas, exactamente por isso, exige um certo controlo para que não aconteça o que aconteceu esta noite e apareça mais ruído do que substância e esclarecimento.